Capitulo 4

1497 Words
Santiago Benites Após um bom banho e já estar vestido adequadamente, me vejo no espelho e só consigo me imaginar na cama, observo-me ainda me perguntando porque estou aqui, essa festa promete ser boa assim como todas as que Gil se propõe a fazer, mas talvez eu não esteja ainda tão no clima quanto eu gostaria. Sorrio e mesmo sem estar à vontade, respiro fundo e dou apenas mais uma olhadela no espelho e saio do quarto. Logo no corredor já dou de cara com duas mulheres muito bonitas, e percebo que talvez essa festa venha a ser a distração que eu precisava para esse final de semana, daí sim, tudo pode não ter sido a pior ideia vir até aqui. Eu estou na verdade bem cansado, mas vim por saber que Gilberto jamais erra na hora de promover suas festas quase que clandestinas, já que ele ainda é casado e a sua esposa por muitas vezes nem mesmo sonha saber por onde ele anda ou o que está fazendo e longe de mim compactuar, mas cada um sabe o que faz da sua vida. Desço a escada em direção ao salão que já está lotado, avisto Gil bem ao lado do bar com uma turminha que parece ser de estudantes, todos bem novinhos. Caminho até eles e me encosto no bar e peço uma dose de Martini, hoje não vou pesar na bebida, talvez essa seja uma noite na qual eu queira curtir cada momentinho dela. - Santiago, meu amigo! Pessoal, esse é Santi, um grande e antigo amigo. - Santiago Benitez, impossível não reconhecer. - Ouço vozes femininas doces e afrodisíacas falarem logo atrás de mim. - Oh sim, o solteirão do momento. - Solteirão? É assim que as pessoas me veem? Viro na direção das meninas, mas pareço parar de escutar o que dizem quando os meus olhos são fisgados por uma mulher linda, aquela que eu já havia visto mais cedo, dos olhos marcantes e do vestido colado ao corpo de forma a mostrar todas as suas belas curvas e não ser vulgar como muitas que estão aqui esse corpo sem dúvidas seria aquele que me faria esquadrinhá-lo por uma noite inteira e mesmo assim não seria possível conhecê-lo por completo. Não posso deixar o gracejo para outro momento que não seja este. Ela caminha junto a outras mulheres para o bar, seu andar tem uma suavidade e uma elegância que deixaria qualquer um de queixo caído, o seu olhar apesar de atrevida tem em si uma grande carga, percebo que ela de tudo não é quem está demonstrando com essa pose toda. Ela encosta no bar, e eu a vejo abrir um sorriso lindo. E que sorriso contagiante... Tento voltar a prestar atenção na conversa e nessa hora percebo que consigo sair sem que deixe alguém falando sozinho, já que nesse momento a minha atenção está totalmente na direção daquela mulher. Pensei em me aproximar, mas a festa está apenas começando e eu resolvo dar uma volta para ver mais pessoas e quem sabe dar um match com alguém com quem eu não tenha o trabalho de chegar na pessoa e tentar algo para talvez ser rejeitado ser rejeitado Santiago? Isso nunca aconteceu antes, mas não vai ser agora que vou dar sopa para o azar. Ando por alguns minutos até que sinto alguém esbarrar em mim, a pessoa claramente cairia no chão se eu não a tivesse segurado, minhas mãos seguram firme pela sua cintura e quando baixo os meus olhos em direção ao rosto da pessoa que por pouco não me jogou no chão, eu vejo os olhos castanhos e grandes mais intrigantes que já pude ver em toda a minha vida, nossos rostos estão próximos e eu nem sei por quê me mantenha a segurando, mas ela tem a língua afiada e logo me faz lembrar de soltá-la. - Você vai se manter me segurando assim? Só ao ouvir aquela voz forte e bonita foi que percebi que estávamos no caminho de outras pessoas e eu paralisado olhando em seus olhos. - Você é abusada, garota! - Falo ajustando nossos corpos para que ninguém venha a cair posteriormente. Assim que termino de falar, eu endireito minha postura e ela sorri com aqueles olhos desafiadores e sai andando com todo aquele corpo perfeito. Mas ela dá somente alguns dois passos e eu a puxo de volta fazendo com que aqueles s***s volumosos batessem no meu peito. - O que você está fazendo? - Ela pergunta toda empertigada, cheia de si e com um olhar que entrega sua curiosidade. - Você esbarrou em mim, derrubou a minha bebida e acha que pode sair assim? – falo sem esboçar nem um sorriso – Você me deve pelo menos uma nova bebida e alguns minutos de conversa, o que acha? - Isso tudo para ter um tempinho comigo? - Abusada, eu gosto disso. - Até mais.... Podemos? Falo isso já dando espaço para que ela me acompanhe até o bar e assim ela faz, caminha a minha frente me dando uma visão totalmente privilegiada da sua b***a redondinha. Meu Deus, o que eu estou pensando? Quando chegamos ao bar ela se senta em um banco e se vira de frente para mim que ainda em pé faço o pedido de um Whisky para mim e ao olhar para ela na intenção de perguntar o que gostaria de beber ela já responde de imediato. - Martini! Eu sorrio e me sento em seguida. - Então, senhorita... como se chama? - Jéssy Davis! Jessica na verdade, mas gosto que me chame de Jéssy. Após falar o seu nome, ela estica sua mão para um aperto e os seus olhos se mantém grudados nos meus, e de todas as mulheres com as quais eu já tive alguma conversa por mais longe que fosse, essa é a única que tem atrevimento suficiente para manter os seus olhos presos aos meus. - Santiago Benitez, é um prazer estar aqui com você agora. - Oh sim, eu sei quem você é senhor Benitez! - Se sabe mesmo quem sou, eu a considero corajosa! - Corajosa? Por qual motivo? Eu observo-a curioso, essa voz grave e ao mesmo tempo melodiosa é instigante o suficiente para me fazer ter vontade de manter a conversa e talvez ir além. Ela me deixou intrigado, ela não me olha como todas as outras mulheres desse lugar parece não entender que eu sou o predador aqui ou talvez não entenda realmente quem eu sou e o que tenho. Apenas sorrio e as nossas bebidas chegam, ela tem lábios carnudos pintados de vermelho da mesma cor do seu vestido, que apesar de ter muitos pontos de transparência não é nada vulgar, apenas a valoriza e eu gosto disso. - Se você me conhece, o pouco que seja, sabe que não sou um homem de muitas palavras e nem mesmo de muito rodeio quando quero algo. - Digo com um tom serio tentando ver até onde ela é consciente. - É, confesso que talvez eu não a conheça tanto assim! Eu tomo um gole do Whisky que a pouco fora deixado sobre o balcão a nossa frente, mas ainda sem tirar os meus olhos de cima dela. Eu não sou e nem nunca fui um homem de muitos rodeios, então vou direto ao ponto. - Me diga, Jéssy, o que procura esta noite? - Pergunto curioso ela é nova e não parecer ser do tipo que frequenta festas como esta. - O que eu espero dessa noite? Curtir, esquecer de tudo e de todos e ser apenas eu mesma. Ou melhor, eu quero mais, eu quero ser quem eu nunca fui, que eu nunca pude ser. - Essa é realmente uma resposta intensa, há muito o qua fazer quando se tem esses pensamentos. Ela volta a me olhar com aqueles olhos grandes e curiosos. São olhos doces como os de uma menina, mas em outras vezes são os olhos de uma mulher que deseja mais da vida e de si mesma. - Você está com sorte então! Esta noite você terá e será tudo o que quiser - m*l sabe ela que tenho os mesmos planos que ela, me permitir ser quem nunca fui. Falo isso pegando-a pela cintura e a vejo me olhando curiosa, suas pupilas dilatam enquanto os seus dentes pressionam os seus lábios. Isso é excitante e me deixa ainda mais tentado a estar com ela essa noite. Eu levo os meus lábios aos dela, e eles se enlaçam como se aquilo fosse uma necessidade, ao sentir o seu toque sinto um arrepio estranho percorrer todo o meu corpo como em um vento frio em meio ao calor. Não sei o que será dessa noite, e isso para mim foge do natural. Eu sempre tenho todos os meus passos premeditados e, diferente dos demais momentos, hoje eu tenho vontade de me deixar levar. O que de tão r**m poderia acontecer em uma única vez?
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