Capitulo Único

3877 Words
Minha mãe era uma mulher admirável e sempre deu seu melhor por mim, éramos só eu e ela desde que meu pai e irmão morreram em um acidente de carro a 10 anos atrás. Mikoto era genial e a melhor mãe que eu poderia ter, mas hoje acho que ela bateu a cabeça em algum lugar ou foi abduzida por algum Estra Terrestre que trocou minha mãe por essa mulher louca que me dizia coisas absurdas. — Não acredito que vai fazer isso. — protestei aquele absurdo. — São apenas três dias. — ela repetiu colocando seus brincos. — Mãe eu não tenho tempo pra ficar de babá de uma garota cega. — É melhor tratar bem a Sakura, ela é uma garota adorável. — Eu faço qualquer coisa mas não faz isso comigo. — implorei. — Você vai ficar bem, Sakura fará companhia pra você e assim os dois não pecisarão ficar sozinhos. — Gosto de ficar sozinho. — Kizashi além de ser meu chefe é meu melhor amigo, ele não quer deixar a filha sozinha e confia em você, faça isso por ele. — me lançou aquele olhar pidão. — Não devo nada a ninguém. — resmunguei virando a cara. — Chega desse assunto, estou indo ou vou perder o voo, Sakura estará esperando você não demore. — Arg. — Se cuida e lembre-se seja legal você não irá morrer por isso. — ela me deu um beijo no rosto e um abraço esmagador antes de sair apressada. Bufei me jogando no sofá, ser legal òtimo. Vou perder três dias das minhas férias com uma garota que eu nunca troquei mais que duas palavrass. Sakura Haruno, o que eu sei sobre ela? se mudou com o pai para a casa vizinha uns cinco anos trás. É um garota cega, sem graça e tagarela, na escola é a queridinha dos professores pela sua grande inteligência. E o que eu acho sobre ela? não perco tempo pensando nisso. Até porque aquela garota não era da minha conta, ao menos até agora. Maldita hora em que Kizashi Haruno resolveu viajar e levar minha mãe cujo era sua nova secretária. Bem que eu falei pra ela que trabalhar como garçonete era melhor. Agora quem está lascado sou eu. (...) Eu não queria estar naquele lugar, deveria estar dormindo ou na praia com os meus amigos, em um campo de futebol talvez. Mas ali estava eu, em frente a Sakura Haruno, uma garota cega e patética que passa a maior parte do tempo rindo e dizendo a todos como o mundo é belo. Hipócrita era a palavra perfeita para descreve-la. Como alguém que vive na escuridão pode dizer que esse balde de imundisse onde vivemos é belo? ela não pode dizer que sabe das coisas quando não pode enxergar nada a sua volta. — Vai ficar só me olhando? — Sakura perguntou me olhando sugestivamente. Encarei seus olhos verdes sem vida. Como ela sabia que eu estava a olhando? essa garota era estranha. — Como sabe que eu estou te olhando? — cruzei os braços observando ela mudar os canais da televisão como se estivesse vendo algo. — Sentidos.  — sorriu dando de ombros. — Quer que eu faça o que? — Sente-se e venha assstir um filme comigo. Bufei com toda aquela palhaçada. — Você não consegue assistir. — respondi o óbvio. — Não preciso enxergar para poder assistir, eu escuto e consigo imaginar a cena. Venha eu deixo você escolher o filme. — disse com toda sua gentileza batendo a mão no espaço ao seu lado. Suspirei rendindo e me aproximei me sentando distante. Fiquei em silêncio enquanto ela me "olhava". — Agora é você que esta me encarando. — retruquei sarcástico. — Você é bem m*l humorado. Revirei os olhos impaciente. — Vai colocar a m***a do filme ou não? Ela não respondeu de imediato, apenas continuou a me olhar sem se afetar com minha grosseria. — Vamos assistir meu filme preferido, acho que assim você muda o seu humor. — ela disse certa. Eu poderia estar fazendo qualquer coisa naquela tarde de sabádo e com certeza estaria menos entedido do que agora. Suportava o máximo para não surtar com o filme que aquela garota havia esolhido. A Bela e a Fera. Paciência Sasuke, Paciência. Fiquei mexendo no celular durante todo aquele filme chato, qualquer jogo era melhor que aquilo — Eu sempre quis dançar assim. — a irritante disse se referindo a cena em que a fera estava dançando com a garota. — Hn. — não dei muita atenção. — É lindo não é? — sorriu emocionada. — Não. Como alguém conseguia assistir algo tão i****a e s*******o? Aquilo era ridículo, tão entediante e improvável de acontecer. — O amor é lindo. — ela continuou a tagarelar. — Não existe essa baboseira. — Quando você sentir irá entender. Ri sem humor. Garota irritante. Não conversamos mais nada pelo resto do dia. A noite Sakura disse que faria o jantar e eu fiquei por perto apenas observando caso ela explodisse a casa. — Espero que goste de lasanha. — É. — respondi simplesmente. Pensei em até ajuda-la a colocar no forno mas ela fez tudo sem nenhuma falha. As vezes até parecia que Sakura não era cega. Ela conseguiu me surpreender, a lasanha dela não superava a da minha mãe mas é a segunda melhor que eu já havia comido. — Você gosta de silêncio não é? — a garota quebrou o silêncio em que se instalou na mesa desde que começamos a comer. — Sim. — Eu gosto de conversar e as vezes não consigo controlar falar muito. — Deu pra perceber, fala mais que maritaca. — retruquei. Sakura riu alto atraindo minha atenção, ela não parava de rir e isso estava me incomodando. — O que ouve? — Você não me trata igual as outras pessoas, elas agem como se eu fosse quebrar a qualquer momento só porque não enxergo. E você me trata como se eu fosse normal. — sua voz saiu admirada. — Você é normal, eu não vou ter pena de você só porque é cega. Sakura continuo a sorrir. — Eu gostei de você Sasuke a gente podia conversar mais vezes. — disse apoiando o rosto nas mãos. — Não tô disponível pra namoro. — Não, não é nada disso, eu só quero um amigo. — disse rapidamente rindo fraco. A observei em silêncio e voltei a comer. — Se me fizer outra lasanha eu posso pensar no seu caso. — Ok. — sorriu abertamente. Por que ela tinha que sorrir tanto? Eu me sentia desconfortável com tanta alegria. (...) Quando acordei no quarto de hospedes na manhã seguinte não vi Sakura em lugar algum. Fui para cozinha e encontrei o café da manhã pronto sobre a mesa. Peguei uma maçã e olhei para a janela aberta encontrando a garota no jardim. Sakura estava plantando flores. Me aproximei da janela a observando cantar para o vento e plantar as rosas com toda sua delicadeza. Ela parecia feliz e por um momento eu me peguei a admirando. — Bom dia Sasuke. — ela se virou para a janela acenando para mim. Me assustei praguejando baixo. Ela ainda vai me deixar doido com esse negócio de sentidos. Sakura ficou no seu jardim o dia inteiro, fui para minha casa nesse pedaço de tempo e a noite recebi uma ligação de Ino me chamando para uma festa em sua casa. — Não sei se vai dar Ino. — Vamos gatinho eu estou com saudades, quase não nos vimos mais. — sua voz estava manhosa.  — Ta legal, daqui a pouco chego ai. O que eu tinha com Ino era casual, algumas ficadas e s**o sem compromisso. A gente até que se entendia e ela não reclamava quando eu ia embora na mesma noite. Eu estava precisando me divertir e não seria Sakura a empatar isso. Por isso que quando me arrumei fui na sua casa a chama-la para ir junto. — Festa? — perguntou pensativa. — Sim na casa da Ino, acho que você conhece. — respondi enfiando as mãos no bolso da calça. — Sim, tudo bem eu vou com você só me dê um minuto para trocar de roupa. — sorriu correndo para o andar de cima. Me sentei no sofá observando a parede a minha frente. Estava cheia de fotos de Sakura com seu pai em vários lugares diferentes. Parece que eles já viajaram pelo mundo todo, diferente de mim que nunca sai Japão. Quinze minutos depois Sakura voltou. — Pronto. Desviei o olhar para a garota a minha frente e minha nossa, ela estava diferente. Acho que é a primeira vez que a vejo dentro de um vestido e estava perfeita — Não vai dizer nada? — se aproximou fazendo os cabelos curtos balançarem. — Você demorou mais que um minuto. — pisquei os olhos tentando parar de olhar para suas pernas. Ela sorriu e passou por mim pegando a chave de casa. — Acho melhor irmos, não vai querer deixar sua amiga esperando. — É. Peguei meu carro na garagem e Sakura foi o caminho inteiro cantando músicas de alguma banda que eu não conhecia. Ao menos ela cantava bem. Eu estava tentando não ficar a encarando mas estava difícil e me irritava profundamente por isso. Não acredito que estava me sentindo atraído por Sakura Haruno. — Não me olhe assim. — ela parou de cantar me encarando séria. Fiquei frustrado e incomodado. — Não estou te olhando. — virei o rosto estacionando o carro em frente a casa de Ino. Bati a porta ao sair caminhando para a entrada da casa sem esperar por Sakura. Não quero me preocupar com essa garota hoje, apenas me divertir. O jardim estava lotado de pessoas, caminhei pela multidão e logo avistei Naruto dançando debilmente. — E ai cara. — dei um t**a em suas costas. — Até que enfim você chegou, Ino não para de perguntar sobre você. — Hn. — Sasuke. — a loira surgiu na multidão sorridente e me deu um abraço apertando. Ela começou a falar que seus pais viajaram e eu olhei em volta procurando um ponto rosa no meio de tanta gente. Estava começando a me arrepender de tê-la deixado sozinha. Em um golpe de sorte consegui avistar Sakura em um canto dançando sozinha. Fiquei a encarando feito um i****a e como se estivesse vendo meu olhar em si ela sorriu em minha direção. Supirei sentindo um desejo enorme de me aproximar mas meu orgulho falava mais alto. — Ei Sasuke olha pra mim. — ouvi a voz manhosa de Ino. — O quê? — Você está me ouvindo? — Estou. — tomei o copo de bebida que estava em suas mãos. Eu precisava beber muito — Eu senti saudades. — ela sorriu maliciosa me abraçando. Balancei a cabeça ao enxergar olhos verdes no lugar dos azuis. Tentei beija-la mas tive que parar ao ouvir a voz de Sakura. Voltei a encara-la, um i****a estava encostando suas mãos sujas nela e não parava quando ela o mandava se afastar. Que m***a eu estava fazendo? Era para eu estar cuidando dela e não deixa-la abandonada no meio de uma multidão de bêbados. Quando percebi já chegava perto o suficiente para puxar o cara pela camisa e o empurra-lo para longe dela. Ele veio pra cima de mim e eu soquei sua cara o derrubando no chão. Sakura olhava a sua volta amedrontada parecendo perdida e eu me senti m*l por isso. — Essa festa foi uma péssima ideia, vamos embora. — a puxei para a saída. Sakura apertou nossas mãos com força me fazendo sentir-me estranho e eu ignorei os gritos de Ino saindo completamente daquela casa. Esse foi o tempo mais curto que fiquei em uma festa. — Me desculpa por ter estragado sua noite. — Sakura murmurou quando já estávamos dentro do carro. — Hn. — não ousei olha-la. Na verdade quem estragou tudo fui eu mesmo. — Será que você pode ir a um lugar comigo? — sua voz doce ecoo pelo carro.  — Onde? — suspirei Quinze minutos depois estávamos andando pela praia. Sakura balançava o corpo enquanto fitava o céu com um olhar fascinado. — Como está o céu hoje? — perguntou me olhando ansiosa. — Escuro. — respondi. — Tem estrelas? — voltou a perguntar. Olhei para o céu estrelado assentindo. — Está cheio delas. — O meu sonho é poder vê-las um dia, eu fico imaginando cada ponto brilhante na escuridão que ronda meus olhos e consigo imaginar meu próprio céu estrelado, mas eu queria ter a certeza de que estou imaginando certo. — disse sorrindo fraco enquanto fazia desenhos na areja com os dedos do pé. Parei de caminhar fitando aquela garota incrível a minha frente, sim eu havia dado outro significado para Sakura Haruno. Ela não era patética, era apenas uma garota incrível que não tinha a possibilidade de poder enxergar e realizar seus sonhos. Me aproximei ficando a suas costas e segurei sua mão guiando seu braço para o céu. — Aponte o dedo. — pedi e ela obedeceu. Observei as estrelas começando a formar desenhos sobre as constelações. — Você está formando um pássaro no céu. — sussurrei em seu ouvido. — Minha nossa, é bonito? — Sim, consegue imaginar? Sakura acentiu e se virou para mim, a soltei encarando instantaneamente sua boca rosada. Ela sorriu levando as mãos ao meu rosto passeando os dedos por toda minha face. Não sei o que ouve mas me senti nervoso e ansioso. — Qual a cor dos seus olhos? — perguntou serenamente. — Pretos. — respondi não conseguindo desviar o olhar do seu. — Seus cabelos são desalinhados. — ela riu bagunçando meus cabelos. — É faz um tempo que eu não passo um pente ai. — Seus cabelos também são pretos? — Sim. — Você deve ser bonito eu escuto as garotas suspirando por você pelos corredores do colégio. — sorriu divertida. — É eu sei eu sou o maior gatão. — tentei faze-la ficar sem graça ou alguma coisa mas Sakura continuava com o mesmo sorriso encantador. Ela se afastou e estranhamente eu senti falta do seu toque suave. — Faz de novo? — ela apontou para o céu se referindo as estrelas. Assenti levando uma mão a sua cintura dessa vez. — Sasuke? — ela chamou depois de um tempo em silêncio. — Hum? — Somos amigos não é? Se eu conseguia andar na praia com uma garota e fazer constelações imaginárias feito um i****a, eu poderia muito bem ser amigo dela — É. (...) No terceiro e o último dia Sakura quis ir em uma soverteria, eu me sentia mais a vontade com ela e pude perceber que ela sentia o mesmo em relação a mim. — Você já nasceu assim ou foi um acidente? — perguntei me referindo a sua cegueira. Ela suspirou sem perder o humor. — Nasci assim, minha mãe teve problemas na gravidez e por consequência disso nasci cega e ela morreu no parto. Eu nunca me senti tão m*l por alguém antes, eu sabia exatamente como era perder alguém que ama. É absolutamente uma d***a. — Como você consegue? — perguntei o que sempre quis saber. — O que? — Passar por tudo isso e ainda sorrir dizendo que o mundo é belo. Sakura passou língua nos lábios limpando o sorvete de morando que sujava-os. Eu internamente senti inveja daquele sorvete. — E não é? Tudo de r**m que acontece são consequência das ações humanas, nós fazemos nossas escolhas e decidimos se queremos ser felizes ou infelizes, mesmo que o mundo seja uma miséria eu aprendi a dar valor nas pequenas coisas maravilhosas da vida, eu sou feliz por poder acordar todos os dias e saber que tenho um mundo inteiro para explorar. Para mim viver na amargura é a mesma coisa que a morte, pra que lamentar por toda desgraça que me ronda se posso gastar meu tempo sendo feliz? Ela tinha razão mas eu não conseguia fazer o mesmo, não era fácil aceitar a injustiça da vida. — Quer mais sorvete? — Sim por favor. Quando saímos da sorveteria fomos passear pelo parque. Sakura amava a natureza e eu me sentia bem vendo-a feliz. Paramos em uma pequena ponte sobre uma lagoa meio distante. Uma música clássica começou a tocar nos altos falantes e não demorou muito para Sakura começar a dançar sozinha. Ri da sua tentativa falha de rodopiar. — Dança comigo. — ela me puxou para o meio da ponte. — A não me faça pagar esse mico. — olhei em volta vendo algumas pessoas caminharem por ali. — Vamos você não deve ser tão r**m assim. — Sou péssimo. — Só se divirta comigo por favor. Não consegui negar e me repreendi mentalmente por isso. Entrelacei nossos dedos e segurei sua cintura engolindo em seco. Ficamos nos encarando enquanto movíamos os corpos naquele ritmo lento da música. Eu já não estava me sentindo bem e agora muito menos, que d***a é essa embolando no meu estômago? Meu coração estava mais acelerado que o normal e minhas mãos soavam, acho que vou pegar uma gripe. Eu não sabia se olhava para seus olhos lindos ou para seu sorriso encantador. E por consequência disso acabei pisando no seu pé. — d***a me desculpa. — Tem razão você é péssimo nisso mas essa foi a melhor dança que já dancei em toda minha vida. — seu olhar era agradecido. — Já tinha dançado antes? — pisquei os olhos tentando me concentrar. — Não. Ta legal eu não sei o que deu em mim, só senti uma imensa vontade de beija-la e o fiz. Sakura espalmou as mãos em meu peito e eu segurei seu rosto me perdendo no gosto da sua boca. Era intenso, vivo, maravilhoso. Acho que eu nunca amei beijar tanto alguém na minha vida. — Não faça isso. — ela ofegou tentando me afastar. — Por que? — segurei seus braços tentando voltar a beija-la. — Eu não quero que se machuque. — resmungou me olhando assustada. — Não tô me machucando. — tentei faze-la parar de relutar. — Eu não posso fazer isso Sasuke. — balançou a cabeça se afastando. — Mas por que não caramba? — suspirei frustrado. — Quando meu pai chegar nós vamos voltar para os Estados Unidos, eu vou fazer uma cirurgia de risco para poder conseguir minha visão. — Você vai embora? — baguncei os cabelos não acreditando nisso. Ela acentiu lentamente. — Meu pai acredita que essa cirurgia pode dar certo mas eu tenho poucas chances e sinto que preciso fazer isso.  Desviei o olhar para o lago a minha frente. Eu estava começando a gostar de Sakura e talvez sentia algo a mais, mas parece que não é o certo, não quando ela vai embora para o outro lado do mundo. — Você vai conseguir, eu sei que vai. — tentei colocar convicção em minha voz. — Obrigada Sasuke. — sorriu grata. Passei as mãos pelos seus cabelos colocando uma mecha atrás da orelha. Eu não merecia alguém como ela, Sakura era especial e merecia tudo de melhor na sua vida. — Espero que você realize todos os seus sonhos. — a abracei apertado me sentindo angustiado — Você é um deles. — sussurrou baixo e eu tive que fingir não ter escutado ou a situação ficaria pior. — Foram 3 longos dias. (...) Fazem exatamente 65 dias, 3 horas e 45 segundos desde que Sakura Haruno se mudou da casa vizinha. Na primeira semana até que eu reagi bem, tentei guardar aqueles três dias ao lado da garota mais maravilhosa que eu havia conhecido como uma lembrança boa. Eu tava legal não era como se eu tivesse me apaixonado e essas coisas, é eu tava de boa. Só surtei umas duas vezes e não estava conseguindo dormir direito pois tinha pesadelos com nossa dança, mas tirando isso eu estava ótimo. Não era como se Sakura tivesse mudado minha vida em apenas três dias, eu continuava sendo o mesmo e velho Sasuke de sempre. — Sasuke Uchiha saia desse quarto agora garoto, eu não estou mais te reconhecendo, o que aconteceu com meu filho? — Mikoto invadiu meu quarto abrindo todas as janelas. — Para com isso mãe. Resmunguei sentindo meus olhos arderem por conta da claridade. — Olha só pra você parece um zumbi, e desde quando você ouve musica clássica? — ela bufou indo desligar o som. Me enrolei nos lençóis cobrindo todo meu corpo. — Não é tão r**m se você parar pra ouvir melhor.  — Vamos Sasuke se sair dai eu faço qualquer coisa com você. — minha mãe me balançou. Tirei a cabeça pra fora do cobertor a olhando. — Assisti a bela e a fera comigo? — perguntei a vendo me olhar horrorizada. — Filho você está doente? — É eu acho que peguei gripe. — resmunguei. Minha mãe suspirou saindo do quarto enquanto reclamava o quanto eu era descuidado. Voltei a me enfiar debaixo dos lençóis me sentido um pedaço de lixo Eu não estava nada bem. Minutos depois eu ouvi passos pelo quarto, fingi que estava dormindo para minha mãe não me atormentar mas quase tive um infarto ao ouvir a voz de Sakura. — Ei saia dessas cobertas o dia está lindo lá fora. Me sentei rapidamente jogando o lençol longe. Sakura estava parada a minha frente me dando seu melhor sorriso, mas algo estava diferente, havia um brilho especial em seus olhos. — Minha nossa é você mesmo? — me levantei tentando não surtar. — Claro que sou eu, ainda não estou morta. Sorri lhe dando um abraço apertado que a ergueu do chão. Sakura gargalhava me abraçando. — Acho que deixei alguém sentindo saudades por aqui. — ela cantarolou. — Nem senti sua falta. — a coloquei de volta no chão. Nos encaramos sorrindo e Sakura tocou meus rosto. — Você é tudo que eu imaginava. Foi minha vez de segurar seu rosto agora. — Deu certo? A cirurgia. Você consegue me ver? — apontei para meu peito e ela acentiu sorrindo. Suspirei aliviado me sentindo feliz por ela, voltei a puxa-la para mim a erguendo em meu colo. Sakura me abraçou e tomou a iniciativa de colar nossas bocas. A apertei contra mim não querendo nunca solta-la e caímos na cama. Rimos do nosso desastre e eu a puxei para meu colo. — O que faz aqui? — perguntei trocando beijos pelo seu rosto e pescoço. Isso parecia um sonho. — Vim realizar meu segundo sonho. — E o que é? Nos encaramos com tanta intensidade que meu coração bateu mais forte. — Você. — sussurrou aproximando nossas bocas. — Sakura. — Você me disse uma vez que não acredita em amor, mas eu vou ensina-lo a amar. — afagou meu rosto me deixando beija-la intensamente. — Só de olhar pra você eu sinto que essa coisa existe. Apenas nunca mais vá embora garota. Só ter aquela garota maravilhosa ao meu lado já era o suficiente. Afinal, Sakura Haruno foi a única capaz de me fazer apaixonar em apenas 3 dias. — Não vou a lugar algum. Acho que minha gripe passou agora.

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