Carol ~ Narrando
Depois do susto que levei viemos para o posto e só estava a Vivian cuidando daqui, depois do tiroteio de ontem anoite muitos estão com medo de sair.
Lia está se preparando pra me ajudar no parto, a moça já estava com 9 centímetros de dilatação, e o coitado do marido dela andando de um lado pro outro.
Carol: Então vamos começar, Suzanne. preciso que você empurre assim que a contração chegar - ela acentiu com a cabeça.
Lia: está tudo pronto pra recebermos seu Bebê
Carol: Vamos lá 1...2...3 empurra - ela fez força
Suzanne: eu não vou conseguir, estou com medo - ela estava entrando em desespero.
Lia: Calma Suzanne você vai conseguir sim, você é forte e sua filha vai nascer agora!
Olhei de relance na porta que fica na minha frente e vi Miguel e Leandro.
15 minutos depois
Carol: Aqui está sua menininha Suzanne.
Suzanne: Obrigada Doutora por tudo - acenti com a cabeça e sai da sala.
Leandro: eai Carol, posso bater um papo com você?
Carol: Claro, vou almoçar daqui 20 minutos, bora lá na Dona Ana. - ele riu
Leandro: você gostou do rango dela - eu sorri
Carol: gostei muito.
Leandro: te espero lá fora - acenti e ele saiu.
Miguel~ Narrando
A Carol saiu da sala e o Leandro foi atrás, olhei de novo lá dentro, tava a Suzanne de costas e a Lia com a bebê no colo.
Miguel: Ai Suzanne parabéns - disse erguendo o queixo.
Suzanne: Obrigada Senhor Miguel, mas eu não sabia oque faria se as Doutoras não estivessem aqui, tive sorte - Lia abaixou a cabeça envergonhada.
Lia: faço oque posso pra ajudar, quem teve todo o trabalho foi você.
Miguel: todos nós tivemos sorte em ter elas aqui - sorri, Lia ficou mais vermelha ainda.
Lia: e então, qual vai ser o nome da bebê.
Suzanne: o nome dela é Madalena em homenagem às pessoas que ajudaram a minha família, e sem elas não estaria aqui hoje.
Miguel: Obrigado - sai do quarto com os olhos chei de água.
Lia: Miguel ta tudo bem? - sequei os olhos e virei
Miguel: Ta tudo bem sim, Madalena era o nome da minha mãe- ergui os ombros- ela ajudou a família da Suzanne trazendo eles para o morro.
Lia: sinto muito, eu não fazia ideia - ela me abraçou do nada, e aquele perfume, abracei ela também.
Miguel : vem vamos almoçar comigo - peguei a mão dela e ela acentiu
saímos do posto de mãos dadas, e nessa hora eu vi a p**a da Priscila, que p***a.
Priscila: Ai, quem é essa vagabunda Miguel- senti a Lia aperta minha mão.
Miguel: ela não é nenhuma vagabunda não fia, vaza daqui vai - continuei andando.
Priscila : Deu pra defender c****a agora - ah não p***a, senti a mão da Lia pegar minha arma.
Lia: presta atenção nas coisas que fala , a única vagabunda aqui é você - ela tava apontando a arma na cara da Priscila que ria igual uma retardada.
Miguel: eu acho melhor tu calar a p***a da boca.
Priscila: Você vai deixa essa ai fazer isso comigo. - Lia destravou a arma.
Lia: pra voce é Doutora Leticia - A p***a da priscila gargalhou.
Priscila : Ta subindo de nível hein Miguel - pááh só escutei o tiro
A Lia tinha atirado na parede do lado da priscila, que gritava tapando o ouvido, ela andou na minha direção me deu a arma e subiu na minha moto.
Lia: eai vamos logo, to com fome - subi na moto e deixei ela dirigir, mano essa mina ta fudendo com o meu psicológico.
Fomos almoçar na Dona Ana, quando cheguei lá vi o Leandro e a Carol, esse cara não brinca no serviço não dei risada sozinho.
Lia: oque foi? - ela perguntou me cutucando
Miguel: olha lá dentro - ela olhou eu sorriu também .
Lia: vamos fingir que não vimos, deixa eles conversar - concordei
Miguel: Então daqui a dois dias é o baile aqui no morro, bora ? - falei na lata sem enrolar
Lia: Sério , claro que eu vou, sou doida pra conhecer o baile do morro.
Miguel: você tirou sorte , sabe quem vai vim cantar ao pra nois- falei olhando o brilho nos olhos dela.
Lia: você tá zoando que vai ter Mc, mentira, ja to animada - ela pulou da cadeira- fala logo quem é.
Miguel: A pocah, já conhece? - lógico que ela conhece.
Lia: EU NAO ACREDITO - ela gritou.
Miguel: oh calma ai, não precisa gritar não sou surdo - estava rindo da reação dela.
Lia: Miguel eu poderia te beijar agora - ela arregalou os olhos e tampou a boca.
Miguel: quando você quiser Doutora - ela abaixou a cabeça e ficou vermelha.
meu rádio começou a toca, era do posto.
Miguel: parece que a outra grávida deu entrada lá no posto - ela parou de comer
Gritou a Carol que assustou ao perceber que estávamos aqui, as duas foram em direção a minha moto.
Miguel: ow ow aonde vocês vai com a minha moto.
Lia: pro posto ué, o dever chama, paga a conta ai e depois busca a moto, fuui - ela empinou a minha moto , aonde ela aprendeu isso, essa mina é de outro mundo.
Leandro: estamos fudidos meu parça - ele gargalhou
Miguel: Fi tu não sabe oque ela fez ainda agora com a p***a da priscila - eu passei a mãos nos cabelos.
Leandro : Já posso até imaginar - ele se acabou de rir.
Miguel: bora lá pra boca trampa um pouco - descemos apé.
Leandro: e tua moto? - encolhi os ombros
Miguel: deixa com ela, não vou usar agora.
Leandro: Miguel, quem te viu quem te vê, logo esse morro vai ter uma patroa.
Miguel: se liga fi, ela não pode ser minha fiel não, você acha que a mina vai ficar aqui na favela. - bem que eu queria
Leandro : e se ficasse ? - p***a não sei oque pensar.
Miguel: chega desse assunto , chama os vapor lá pra gente distribuir as drogas pros aviãozinho.
Lia ~ Narrando
Chegamos no posto e fomos pra sala, fizemos mais um parto, um pouco mais tranquilo que o outro.
Me emocionei mais uma vez quando a mãe que já era um pouco mais velha disse que o nome do bebê é Miguel, homenagem ao Dono da comunidade que ajudou ela a tirar o filho mais velho dos roubos.
As pessoas dessa comunidade são muito agradecidas ao Miguel e sua família, por tudo que eles já fizeram por esse lugar.
Acho que estou me apaixonando pelo Dono do morro.
Saímos da sala e fomos pro vestiario
Quando saímos do posto a moto do Miguel ainda tava lá, um dos vapor chegou perto de mim e me deu a chave que deixei com ele mais cedo.
Vapor Kaua: Patrão disse que te espera no barraco - apontou pra moto com o queixo.
Lia: Valeu Kaua - montei na moto e fui pra casa do Miguel.
Chegamos e fui pro meu quarto, precisava dormir um pouco.
Tirei os sapatos, a roupa e tomei um banho, me deitei e dormi, o dia foi longo.