Capítulo Nove ( Felícia Santos)

1493 Words
 Eu me enganei mais uma vez, o pedido de desculpas de Vasco não mudou nada no nosso relacionamento, o nosso encontro de minutos atrás terminou m*l, mais uma vez, por causa dos ciúmes dele. - Você está louco, se pensa que vou me livrar do meu vestido da Shein - berro assim que ele estaciona o carro em frente da casa dele. A ideia seria de passar a noite na casa dele, mas eu estou me arrependendo amargamente de ter concordo com isso. - Você vai queimar sim, esse vestido, está parecendo uma v*******a, nem acredito que deixei que os meus amigos te vissem nisso - Vasco berra descendo do carro e tentando se aproximar de mim, enquanto eu fujo dele andando para trás. Ele está surtando, por causa do meu pobre vestido que, comprei com tanto sacrifício e que pensei que ele fosse gostar. O vestido é de uma modelo básico e tipico da Shein, um vestido curto com estampa de cerejas, na cor vermelha e com alcinhas, o vestido destaca as minhas curvas e me dá um ar sexy e delicado, não entendo o porquê de ele estar surtando. - Eu estou parecendo uma v*******a? Eu só usei esse vestido porque pensei que fosses gostar dele e você me trata assim? - sussurro com a voz embargada e a garganta seca. A vontade que eu tenho nesse momento é de gritar com ele e terminar tudo, sem me importar com mais nada, eu não mereço esse tipo de tratamento, não mereço o que está acontecendo comigo. - Sim! Estás a parecer uma v*******a carente de atenção, uma v*******a que deseja o olhar faminto de todos - Vasco berra vindo até onde eu estou e aperta o meu braço com toda a sua força, sem se importar se está me machucando ou não. Esse é o meu stopim, para mim chega, eu não vou aceitar esse tipo de tratamento vindo dele. - Chega! Pará! O que você tem nada cabeça, pará! - berro irritada e esgotada, neste momento minhas lágrimas inundam meu vestido - Eu estou cansada de você, eu quero terminar esse namoro - Berro mais alterada que antes, tirando o que há muito tempo está instalado em meu peito. Assim que Vasco escuta essas palavras, ele muda da água para o vinho, seu semblante muda de raivoso a fofo, ele volta a ser o mesmo rapaz que conheci há meses atrás o mesmo por quem me apaixonei. - O quê? terminar? Amor, você não está falando sério está? - ele sussurra desesperado, com medo de me perder. - Sim, terminar, eu estou cansada disso cansada desse namoro, isso só está acabando com a minha vida, esse namoro está me esgotando - sussurro derrotada com as lágrimas voltando a preencher os meus olhos. - Não amor, não faça isso com a gente, eu te amo, não termina com tudo, por causa de uma bobagem - ele fala calmamente, tentando me abraçar, mas eu não quero o abraço dele, eu quero distância dele. Mas alguma coisa no olhar dele me chama atenção e faz com que o meu coração amoleça por uns instantes. - Você jura que vai parar com essas crises de ciúme infundadas? - indago aceitando o abraço dele. - Claro, eu juro, eu te amo princesa, minha Rihanna - eu finalmente cedo ao abraço dele e me deixou embalar em seus braços - Confias em mim, não é? - ele questiona olhando para mim com expectativa. Para falar a verdade eu parei de confiar nele faz tempo, mas sem perceber me vejo respondendo ao que espera. - Eu claro, claro que confio - repito duas vezes para me convencer do que estou falando. Com um sorriso nos lábios, Vasco me carrega até seu quarto, onde fazemos s**o por minutos. Para falar a verdade eu só fiz para agrada-lo, mas para mim foi uma verdadeira tortura, eu não senti o menor prazer se quer, só fiz porque ele quis. Agora sentada na cama de Vasco, depois de uma secção de s**o desagradável , reflito sobre o rumo que a minha vida está tomando, em como eu cheguei a este ponto, em como eu ainda me sujeito a este tipo de tratamento, como eu posso aceitar uma coisa dessas? Vasco não é o que eu esperava, nunca foi, ele simplesmente fingiu ser um príncipe encantado, sendo que na verdade é um sapo da pior espécie. Ele está deitado do meu lado, depois de mais uma vez ter usado o meu corpo e somente ele ter atingido o ápice, para falar a verdade é sempre assim, somente ele se sente satisfeito nas nossas relações sexuais, eu sou uma mera espectadora do show dele. - No que está pensando minha Rihanna? - me assusto com a voz dele ao pé do meu ouvido. - Uhm! Em nada, estava só dando uma volta nas redes sociais - retruco apreensiva, eu sei que uma resposta em falso e a minha tarde estará arruinada. Eu não quero terminar com ele, eu o amo, e na minha opinião o amor supera qualquer coisa, talvez se eu tiver mais paciência, ele vá voltar a ser o que era no início do nosso relacionamento, quem sabe? Eu espero por isso. - Uhm! Não gosto de te ver concentrada nessa máquina, ela rouba toda a sua atenção, não gosto disso, a sua atenção deve estar voltada a mim! - sussurra em meu ouvido como forma de me seduzir. Se fosse no princípio do nosso relacionamento, este acto me causaria arrepios de excitação, mas no estado em que nosso relacionamento está, ele só causou arrepios de medo, medo do que está por vir. - Ah! Eu sou humana, não uma boneca - sussurro me desvencilhando de seu aperto, afasto o meu rosto para o lado, para que o beijo dele seja nas minhas bochechas. - Ah! O que foi? Não quer me beijar? - indaga com o cenho franzido, como se perguntasse o que está a acontecer comigo. Para falar a verdade, desde nossa última discussão, eu não queria mais contacto com ele, o toque dele em minha pele, não era mais o mesmo, para falar a verdade, eu estou cansada dele, mas não sei como terminar o nosso relacionamento, não sei como convencer a mim mesma que ele não vai mudar. - Não é isso, eu só estou pensando no rumo em que o nosso namoro está a levar, eu não acho isso saudável - sussurro nervosa com medo da reação dele. - Como assim no rumo do nosso relacionamento, que merdas são essas? Desde quando você pensa? - ele berra e me ofende, é sempre assim, ele adora me diminuir e humilhar, como se eu fosse um nada. - É isso mesmo que você ouviu, eu penso e muito, muito mais que você, e eu já cansei dessa m***a de namoro, eu já cansei de ser humilhada por você - falo no mesmo tom que ele, ele acha que só ele grita mas eu também sei gritar, se fôr para gritar, vamos gritar os dois estou cansada de ser tratada como lixo. A ideia de ser paciente e o dar mais uma chance, acabou de ir para o lixo agora mesmo. - Olha só para ela, mostrando a v***a adormecida dentro dela, o que foi, o s**o que dei há minutos atrás não foi bom? - berrou irritado se levantando da cama e se colocando em posição de ataque. Para falar a verdade, eu estou muito assustada com o que ele fará, nós estamos sozinhos na casa dele e sinto muito medo do que ele pode fazer comigo. - Bom? Só se fôr para você, eu nem sequer gozei, para mim foi uma verdadeira tortura, eu não via a hora de terminar - grito frustrada e mandando um f**a-se para tudo. - Como é que é? Repete isso v***a! - Vasco berra transtornado. Corta a distância entre nós e me prensa contra a parede do quarto dele, coloca as mãos em meu pescoço, ele me sufoca sem se importar se vai me m***r ou não. - Vas, Vasco, por favor - sussurro com o pouco de ar que me resta nos pulmões, tento arranhar as mãos dele mas parece que não está adiantando. Vasco está transformado, parece um monstro. Ele mantém uma mão em meu pescoço e com a outra me arranca o celular. Ele meche no meu celular e parece que quanto mais meche, mais o aperto piora em meu pescoço. - Então é isso o que você quer v*******a? O branco que chegou na escola? - Vasco me dá um soco na barriga no mesmo momento em que lança o meu celular contra a parede. O soco dele em meu estômago arranca uma lufada de ar de mim que quase me faz desmaiar, como se isso não fosse suficiente, ele dá uma chapada, o que faz que eu caia e perca os sentidos por alguns instantes.
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