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1638 Words
Pov. Ana – Pra que você vai no shopping Ana? – Não sei se você reparou Kate, mas a minha bolsa de ginástica está em pedaços, de tanto tempo que tenho ela!! Uso essa bolsa desde que eu comecei a minha faculdade, e ela já passou por muita coisa, quase foi roubada, já pegou chuva, está cortada e definitivamente ela tem que ser trocada. – E eu posso ir com você? COMIGO definitivamente NÃO!! – Não Kate, eu vou sozinha. – E por que você não quer que eu vá? Ela realmente está fazendo essa pergunta pra mim? Ela sabe o porquê que ela não vai ao shopping comigo. – Kate, toda vez que você vai ao shopping comigo você quer compra tudo e eu acabo sempre carregando tudo pra você!! Até hoje eu nunca vi uma pessoa ser tão consumista igual a ela, quando saímos pra comprar qualquer coisa, ela sempre quer levar o shopping inteiro, e eu fico como a sua carregadora particular. – Ok, ok já entendi sem shopping pra mim – Ela diz com uma cara de cachorro sem dono. – Talvez na próxima vez! – ela assente e eu saio a caminho do shopping. Pov. Cristian Ontem fui muito duro com minha mãe, toda vez que fico nervoso acabo dizendo coisas que não devo, mas depois que eu me acalmo repenso e vejo que a magoei. Não me recordo que depois do meu acidente eu tenha ido ao shopping, pensando nisso uma lembrança surge, eu, minha mãe, meu pia, Elliot e Mia, viemos Ao shopping para ver o papai Noel, mais como eu tinha acabado de ser adotado eu estava muito fechado para esse tipo de festividades. Sou tirado dos meus pensamentos quando o elevador chega. Empurro a minha cadeira até o elevador e aperto para descer, chegando ao andar as portas e não acredito no que vejo, é ela, Anastásia. Pov. Ana Quando chego ao shopping vou direto para o segundo andar, mas infelizmente não achei nenhuma loja de mochilas, quer dizer eu achei, mas nenhuma delas tinha o que eu queria. Vou para onde tem os elevadores, vou ver se nos andares de baixo eu encontro o que quero, eu e mais três pessoas estava esperando o elevador chegar, quando chega que abre as portas eu não acredito no que vejo, é ele Cristian Grey. As pessoas vão saindo do elevador mais eu não consigo entrar, já que eu estou aqui parecendo uma estátua olhando-o, e então ele olha pra mim. – Anastásia, que surpresa! – ele diz surpreso. Há não é mais senhorita Steele, é Anastásia agora! E o meu nome saindo de sua boca, sai como veludo. – Cristian! As pessoas que esperam o elevador entram o fitam o Cristian, mais obviamente por razões diferentes, não olham como achassem ele bonito. As pessoas contornavam a cadeira como se ela não estivesse ali, um comportamento típico, é como elas tivessem medo de ficar aleijados se estivessem perto demais. Vendo essas pessoas tratando Cristian assim me fez querer soca-los. Comecei a observá-lo, mas não por ele ser um deficiente físico, e sim pela aura positiva e a força que ele tem, isso de certa forma me atrai. O elevador parou no primeiro andar e as portas se abriram e as pessoas foram saindo, mas Cristian parecia apresado e avançou com a cadeira, mas o elevador parou alguns centímetros abaixo do piso criando uma elevação. Para uma pessoa capaz de andar não é problema algum, mas para uma pessoa deficiente sim. Eu vi a determinação no olhos dele, mas a cadeira travou, seus músculos do queixo travaram e ele tentou mais uma vez, mas não deu certo. Olho para Cristian e ele parecia humilhado. – Você quer ajuda? – pergunto – NÃO – diz bravo – Cristian, isso é só questão de equilíbrio. – digo a ele, já que eu ajudei muitas pessoas assim, por que na faculdade tem pessoas deficientes. Cristian suspira derrotado, e acho que para ele é muito duro pedir o que ele me pediu! – Será que você pode me ajudar Anastásia? – Não – ele me olha surpreso para mim, mas eu realmente não vou! – Você é capaz de fazer isso sem a minha ajuda Cristian! – O que? – Eu disse que você é capaz de fazer isso Cristian! – RS que merda – Ele diz irritado – Eu peço de ajuda e o que eu consigo é uma sargento! – diz ele sarcasticamente. – Esse sarcasmo não vai levar você a lugar algum Cristian, você alguma vez já ergueu a cadeira para passar em tapetes altos? – Claro! – Bo, aqui é a mesma coisa só que um pouco mais alto. Veja se as rodas estão alinhadas, e então as erga com um impulso, assim você conseguira subir! – Só isso? – Diz com sarcasmo. – Sim só isso – respondo da mesma forma. Dou um sorriso para encoraja-lo, sei que ele precisa de ajuda, mas não na parte física e sim no emocional. Seus braços são bem musculosos e empurram as rodas para frente se dificuldades, ao se aproximar ele jogou o corpo para trás, afim de tirar o peso da frente, e a cadeira se elevou um pouco assim descendo sobre o degrau e ele empurrou as rodas subindo o restante. Ele saiu do elevador e o segui, ele olha pra mim e pela primeira vez não vejo um gelo em seu olhar – Obrigada! – Diz ele sincero Bem é melhor eu ir procurar logo a minha bolsa. – De nada – Digo e viro para ir, mas sinto um toque quente de sua mão na minha. – Ei, você gostaria de me acompanhar? – Cristian Grey querendo que lhe fizesse companhia? Isso é inédito!! – Claro – E então Anastásia, o que veio fazer aqui? – Vim comprar uma mochila. – Mochila? – pergunta um pouco confuso. – Sim, a minha não dura mais um dia, e você o que faz aqui? – Vim comprar um presente para a minha mãe, mas não sei o que comprar. Será que você poderia me ajudar? – Claro, porque não? Seguindo o corredor, entramos em uma loja de CD's e DVD's, andando pela loja Cristian para e olha para alguns álbuns dos Beatles. – Minha mãe adora esses caras. – Então leva algum desses para ela. – e ele assente. Quando saímos da loja damos de frente a praça de alimentação e minha barriga dá sinais de fome, Cristian segue a direção do meu olhar. – Você vai comer alguma coisa? – Sim, vou. – Então vou te acompanhar. Cristian é rico e não sei que tipo de comida ele come, mas eu nunca vou me desfazer do meu hambúrguer e batas fritas. Chegamos em uma mesa Cristian apenas vira a sua cadeira e eu me sento. – O que você vai querer comer Anastásia? – Bom, eu vou querer comer Hambúrguer com batatas fritas e Coca cola. – Ok, então eu vou pegar nossos pedidos. – diz prontamente e acho que ele está tentando ser útil e eu jamais vou tirar isso dele. Girando a cadeira ele segue para o final de uma fila, eu o vi se espreguiçar na cadeira, e vejo que ele é muito musculoso e lindo *-*. Meu Deus o que eu estou pensando!! Enquanto eu esperava fiquei observando ele fazer os nosso pedidos, assim que ficam prontos ele pega e traz a bandeja no colo. Estávamos comendo bem tranquilos até ele começar a fazer perguntas. Pov. Cristian Realmente a Ana é uma pessoa boa, gostei dela ainda mais quando ela não me impediu de comprar nossos lanches, e quando eu estava trazendo a bandeja qualquer pessoa teria me ajudado, mas Anastásia não, ela não me trata como se eu fosse um incapaz e eu gosto disso, pois depois do acidente venho sendo paparicado pela minha família á tempos. Mas Anastásia não faz isso, e isso para mim é como um lufar de ar fresco. – Consegui! – lhe digo assim que que chego a mesa, e estou meio suado pelo esforço. – Eu sabia que conseguiria – Anastásia diz. – Você sabia mesmo não é? – Claro, não duvido de sua capacidade – ela me conhece tão pouco tempo e já sabe que sou capaz de fazer as coisas por mim mesmo. – Por que achou que eu duvidaria? – Por que as vezes até eu mesmo duvido – digo – Não tem por que Cristian! Comemos em silêncio até que pergunto para ela. – Você irá se formar este ano? – Sim, daqui a duas semanas. – E que curso você está cursando? – Literatura – Então você gosta de livros? – Sim, muito! – E o que faz em seu tempo livre? – Ei isso é uma entrevista? – ela me pergunta me fazendo rir – mas respondendo a sua pergunta, no meu tempo livre pratico luta livre. – Que bacana, eu também praticava sabe, antes do acidente. E então a lembrança daquele dia vem como uma trovoada em minha mente. O que eu estou fazendo aqui, conversando e rindo como um i****a?! Pov. Ana Cristian assim que se refere ao acidente muda de repente e seu olhar ficou frio como gelo que me assustou. – Cristian o que houve? – pergunto a ele, tirando-o daquele transe. – Eu preciso ir embora! – Mas você nem acabou de comer – digo a ele sem entender o que deu nele. – Apenas preciso ir. Sem ao menos se despedir ele sai na sua cadeira de rodas entra no elevador sem falar mais nada e parte e me deixa aqui sem entender o que houve. Me sinto magoada, nunca na minha vida ninguém me tratou assim. Sinto uma imensa vontade de chorar e ne sei o porquê.
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