(...)
Estacionei no fundo da delegacia e um policial estava la, ele se aproximou do carro.
- encomenda do BK?- ele perguntou e eu assenti.
- ta no porta-malas.
- vou descarregar. - ele disse indo pra trás do carro.
Veio dois caras e o ajudaram passando tudo para o outro carro.
- ta de boa. - ele disse dando um leve t**a no vidro. Liguei o carro novamente e voltei pro morro.
Estacionei na frente da boca, entrei e joguei a chave em cima da mesa de BK.
- ta entregue, agora chega.
- ei calma.
- calma nada BK, nao vou mais fazer isso. Minha mae descobriu tudo.
- putz. Serio?
- é.
- tudo bem, acabou então. Toma.- ele disse me entregando uma bolsa
- oq e isso?
- o 30.000. Pode contar.
- nao precisa.- peguei a mochila e ia sair, mas BK me chamou.
- espera.
- oq?
- valeu pelos serviços.
- ta.
- ta afim de ir no baile hoje?
- ta me chamando pra sair?
- bom... é.
- nao sei, ta um clima r**m la em casa.
- melhor ainda, tu precisa esfriar a cabeça.
- vou pensar. - ele assentiu e eu saí.
Cheguei em casa e minha mãe me olhou séria.
- tirou tudo aquilo de lá?
- tirei mãe.
- que bom.
- mas de qualquer forma recebi pelo o que eu fiz. Vou ao mercado, quer alguma coisa?
- minha filha de volta.- suspirei e me ajoelhei na sua frente enquanto ela tava sentada no sofá.
- desculpa... eu nao fiz nada disso por m*l, acontece que nao tive escolha mãe.
- eu sei que não. Mas me promete uma coisa Isabela.
- qualquer coisa.
- que nunca mais vai fazer esses serviços?
- mae, uma hora o dinheiro vai acabar e... vc sabe q ninguem contrata alguem q mora na favela...- eu disse segurando sua mão e ela suspirou.
- então promete que vai tomar cuidado.- sorri torto.
- prometo. - ela me abraçou forte e eu suspirei.
- obrigada por me perdoar
- mãe é mãe, sempre vou perdoar.
Olhei pra ela e sorri.
- vou no baile hoje.
- vc precisa se divertir mesmo. Faz muito tempo que nao vai em um.
- é, na verdade nao sei se queria ir.
- pq nao?
- mae... eu to gostando do BK.- ela riu baixo.
- eu ja sei disso.
- sabe?
- é só olhar pra vcs dois. Ele também gosta de vc.
- eu acho q nao. O BK é um galinha e se for pra levar um par de chifres prefiro ficar sozinha.
- precisa confiar filha. A consciência é dele, se ele fizer algo errado é problema dele e não seu.
- ta. Vamos ao mercado? To morrendo de fome. - ela riu baixo.
- sim, vamos. - esperei ela se arrumar e nós fomos.
...mais tarde...
Cheguei no baile não muito animada, assim q vi Sther corri abraça-la.
- oooi amiga...- ela disse e eu sorri.
- ooi.
- ta td bem? BK disse q sua mae descobriu sobre os serviços.
- é...ela descobriu, mas agora estamos bem.
- ah que bom.
- vamos beber?- eu perguntei puxando ela pro bar e ela riu.
Pedimos umas bebidas e depois fomos dançar.
Logo Sther sumiu com um cara e eu fui sentar, vi BK vindo na minha direção e sentou do meu lado.
- achei q nao viesse.
- eu vim.
- e tua mae?
- estamos bem...
- que bom.
- é. - ele ficou analisando meu corpo.
- só não baba.- eu disse e ele me olhou sério.
- para de se achar. - eu ri baixo.
- eu sei q me quer BK.
- acha q sabe.
- entao quer dizer q posso ficar com qualquer cara aqui e vc n vai ligar?- eu disse levantando e ele levantou e me puxou pelo braço me beijando.
Ual, que pegada, que beijo, que cheiro. Agora já era!