— Irmã Clara, o que está fazendo por aqui no meio da noite? — Perguntou Bruno forçando um sorriso na tentativa de esconder o susto que levara. Os olhos verdes da noviça estavam vidrados em Bruno, mas ele não conseguia decifrar as feições dela. Fria como uma noite de inverno, Clara cruzou os braços sobre o peito, levantando uma sobrancelha diante das palavras de Bruno. Enquanto ele sabia que tais palavras não seriam suficientes para ludibriá-la, também tinha consciência de que ela não poderia acusá-los de coisa alguma, apenas de sair do internato sem permissão do diretor no meio da noite. Bruno não desviou os olhos dos olhos dela, intencionando mostrar segurança diante daquela situação. De maneira alguma, abaixaria a cabeça para uma freira católica que tinha se atrevido a atrapalhar os s