MADRI-ESPANHA
POR LUNA...
Quando senti os lábios de Alejandro nos meus, foi como se tudo que eu havia guardado, todos os instintos e desejos viessem à tona, me senti finalmente completa. Suas mãos percorriam meu corpo de forma carinhosa, seu perfume amadeirado me invadia aguçando o meu desejo por mais. Então ele interrompe o beijo e diz:
—Luna se não pararmos agora não poderei mais parar, entende? —ele diz apertando minha cintura contra o mármore frio da bancada.
—Não pare Alejandro eu te quero dentro de mim—digo excitada.
E como se eu pesasse tanto quanto uma pena, ele me coloca sobre o mármore frio, abaixando-se entre minhas pernas retirando a pequena calcinha de renda, então sinto o toque de seus lábios em mim, me invadindo, me completando. Logo ele está posicionado entre as minhas pernas abertas, e sem aviso prévio vai brincando com seu p*u, que agora vendo de perto é grande e com veias que parecem brilhar na fraca luz do ambiente.
—Você me quer aqui, Luna? Ele pressiona um pouco mais na minha entrada.
—Sim, eu quero! —digo em êxtase.
Então o sinto me penetrando lentamente, com cuidado, mas com muito desejo.
Ele aumenta a velocidade enquanto devora meus s***s com a boca.
—Você é tão linda, perfeita para mim—ele diz.
O barulho das estocadas e beijos preenchem o lugar, nossas roupas jogadas no chão da cozinha, minha calcinha enrolada em seu pulso direito.
Éramos a imagem da luxúria e desejo. Ele sabia onde me tocar e como fazer, me levou a ter orgasmos até então desconhecidos.
—Seja minha Luna, seja minha mulher—ele diz quando chega ao ápice, então sinto o líquido quente sobre a minha barriga.
Ele me beija e diz:
—Não se mexa vou limpar essa bagunça.
Ele então coloca novamente o moletom e caminha até a bancada pegando alguns guardanapos de papel. Ele volta e eu tento pega-los porém ele os puxa e diz:
—Me deixe cuidar de você?
—Pode deixar eu limpo—digo envergonhada.
—Não falo só de agora, Luna—ele diz limpando minha barriga—me deixe te proteger?
—Alejandro isso é perigoso demais—digo com medo.
—Eu nunca fugi do perigo Luna e definitivamente—ele olha meu corpo nu sobre a bancada e dá um sorriso safado de lado—você vale o perigo.
Sorrio envergonhada e digo
—Você pode ter qualquer mulher Alejandro—digo.
—Eu quero você Luna, e acredite em mim seu marido não é o meu maior problema—ele diz.
Eu sabia do que Álvaro era capaz, se ele soubesse do que aconteceu aqui, ele mataria Alejandro na minha frente, e eu definitivamente não suportaria isso.
—Alejandro isso não voltará a acontecer, eu me deixei levar pelo momento, me desculpe—digo descendo da bancada e pegando minha camisola do chão.
—Luna não tenha medo—ele diz.
—Não é medo Sr Mendez, apenas não deveria ter acontecido—digo firme, porém sem olha-lo.
Caminho rapidamente para o meu quarto, fechando a porta assim que entro, vou até uma das janelas e vejo-o caminhar até a casa de hospedes, ele passa a mão pelos cabelos negros, o mesmo cabelo que há pouco eu segurava, vejo-o entrar e bater a porta atrás de si.
Acredite, Alejandro é para o seu próprio bem.
Entro no chuveiro, e deixo a água morna cair sobre meu corpo, sobre os lugares que ele tocou, me perco nas lembranças dos seus sussurros e gemidos.
Eu não podia e nem deveria me apaixonar por ele.
Eu não devia querer estar na cama com o meu guarda-costas.
Saio do banheiro e pego um pijama qualquer no armário, deito em minha cama e pego meu celular, que era rastreado para fazer e receber ligações, porém consegui burlar o sistema para acessar algumas redes sociais, lembre-me de agradecer ao meu professor de software. Entro na barra de pesquisas e digito o nome dele, logo o perfil aparece, vejo algumas fotos dele com uma senhora, suponho que seja avó, algumas fotos de viagens e então uma em que ele aparece com uma mulher, na legenda a frase: "Te amarei eternamente", ela era jovem e linda e claro magra.
O que um homem que teve uma mulher dessas iria querer com uma mulher como eu? Ele não a esqueceu e a maior prova reluzia em sua mão direita, ele ainda usava a aliança.
Rolo a tela para baixo e vejo mais algumas fotos deles juntos e isso me causa um desconforto enorme.
Logo adormeço e em meu sonho nada disso aconteceu, estou na lanchonete comendo hambúrgueres, mas não é Arthur comigo, Alejandro está ali e me sorri, de repente um tiro, ele cai.
Acordo assustada, já é dia meu celular toca vejo o nome de Álvaro na tela.
—Alô! —atendo sem ânimo.
—O que faz dormindo até essa hora Luna? —ele questiona.
—Desculpe dormi tarde—digo.
—Com certeza estava comendo de madrugada novamente, não é Luna? —ele pergunta.
—Sim é isso—afirmo, na verdade eu queria dizer que estava sendo comida, mas eu não podia.
—Já disse que assim vai ficar ainda mais gorda, enfim liguei para avisar que não chegarei a tempo do leilão beneficente na sexta, a viagem se estenderá ainda mais uma semana. Você me representará, farei a transferência e você arrematará o conjunto de Safiras, entendeu? —ele questiona.
—Sim—digo.
—Assim que o arrematar coloque-o e ao chegar em casa o coloque no cofre. O Sr Mendez a acompanhará, quero alguém de olho em você, não tente nenhuma gracinha Luna, fui claro? —ele questiona.
—Sim Álvaro—digo.
—Se precisar de um vestido novo saia para comprar e pare de comer como uma porca faminta ou nenhum vestido caberá em você—ele desliga.
Mais uma vez ele me xingou e me humilhou, porém hoje não vou chorar, pois ontem fui amada por um homem de verdade.