EVA NARRANDO
O pastor se despediu de nós. Claro que eu o acompanhei até o carro, sou uma boa anfitriã. Ele entrou no carro e me convidou para ir à igreja.
— Faça-nos uma visita hoje à noite — ele disse.
— E o que ganho em troca? — perguntei, só brincando mesmo.
Ele começou a abrir e fechar a boca. Esse homem sempre fica sem palavras; logo ele disse:
— Deixe-me contemplar um pouco mais a sua beleza. Abri um sorriso sapeca. Ah, Eva, o pastor tá tão na sua.
— Calma, você vai e lá nos vemos. Eu te vejo. Não foi isso que quis dizer. Deus te abençoe. — Ele ligou o carro num desespero e saiu acelerando. Eu só sabia dar risada.
Quando virei, minha mãe estava me olhando. Sorri para ela também, que apenas apontou com o dedo, me mandando entrar. Obedeci, mas passei correndo. Não sou boba de pa
