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Nas Terras do Alpha - Final

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Depois de se sacrificar em prol ao bem maior, Stella nunca esqueceu o que viveu por conta do vínculo. Ela só não imaginava que ele estava prestes a se reconectar, porém, ela era a única que estava feliz por ver o Alpha. Malekith não desejava, nenhum um pouco, em sujar suas mãos com aquela divindade. Nem mesmo o seu povo.

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Recapitulando 1
ESTA É UMA CONTINUAÇÃO (FINALIZAÇÃO) PARA ENTENDER O PROCESSO DA HISTÓRIA, É NECESSÁRIO QUE LEIA NAS TERRAS DO ALPHA - VOLUME UM E DOIS Eu estava suando, e muito. Tinha algo entupindo minha garganta, meus lábios estavam secos e a dificuldade em respirar era assustadora. De muitos sonhos e pesadelos, dentre relembrar a ilha ou Malekith, era a primeira vez que eu tinha uma sensação sufocante como esta. Mas, como sempre, não passava de uma tortura noturna. Olhei pro aparelho digital no criado mudo, e vi que ainda marcava uma e meia da madrugada. Joguei as cobertas para o lado, me levantei descalço e fui até a cozinha. Funcionando de um jeito automático, abri a geladeira, peguei uma garrafa d'água e girei a tampa, levando-a até a boca para sorver o líquido. Mas, tinha algo de errado. De repente, comecei a me engasgar… soltei a garrafa, tossi e cuspi o que estava na garganta. Olhei para o chão, tentei respirar enquanto mantinha a mão no peito e a quantidade de água era bem maior do que eu podia ter engolido, ou que a garrafa podia suportar. O Mar… A sensação de peito queimando… — Que droga tá acontecendo…? — murmurei, puxei o ar pra dentro do peito e ouvi um barulho vindo da sala. Isso mudou de uma história de merda fantasiosa, para um suspense cagado. Uma luz fraca iluminava o ambiente, onde eu supus que vinha do televisor. Andei pé ante pé, pulei a poça grande, cheguei até a sala e vi a televisão ligada num volume baixo, no canal de notícias urgentes sobre catástrofes naturais que estavam previstas para o estado de Ohio. Peguei o controle, apontei para a televisão e desliguei a tela. No mesmo segundo, o telefone fixo do apartamento tocou. — Merda. — murmurei, uma vez que telefonemas a esta hora, nunca se tratava de boas notícias. — Alô? — Coloquei o aparelho na orelha e tentei não pensar em coisas ruins, mas não tinha ninguém do outro lado. O som do telefone era a de uma chamada muda. — Alô? — insisti, mas não houve resposta. Olhei para o telefone, achei estranho e o devolvi para o gancho. A sessão sobrenatural estranha acabou, de repente eu só estava sozinha no meu apartamento, com uma poça no chão para limpar e sensações estranhas na cabeça. Antes de deitar, peguei um rolo de papel toalha, joguei no chão molhado para não infiltrar por baixo, me ajoelhei e comecei a secar. De repente eu estava chorando, com o rosto avermelhado e os olhos cheios de água. Não dava, já fazia tempo e eu ainda sentia como se tivesse sacrificado a minha vida ontem. Esse lugar não era para mim e os sonhos eram tão reais que me fazia triste estar desse lado. Eu tinha saudades e raiva ao mesmo tempo. Sabia que Malekith, provavelmente, não fazia ideia de quem eu sou, então também estava sofrendo sozinha. Voltei a me abaixar, passei mais uma remessa de papel no molhado e vi, de um jeito silencioso, um par de botas de couro surgir na minha frente. O conjunto era um escuro surrado, costurado a mão com pele animal. Levantei os olhos aos poucos, mas minha atenção foi no volume elevado da televisão que ligou sozinha. “Um ano após o acidente de avião que chocou o mundo. O acidente aéreo, levou consigo mais de…” Um ano, foi exatamente o tempo que levou para as coisas acontecerem da outra vez… E quando olhei pra cima, ele estava lá. As saias de couro trançadas até o músculo da coxa, os braceletes de couro mantendo o pulso firme, o filete de amarra atravessando o peito e o feixe de encaixe que mantinha a espada grande presa às costas. Ele não tinha barba, estava com os cabelos soltos, as feições duras e os olhos dourados brilhando. Engoli em seco, baixei os olhos e deixei mais uma dose de lágrimas escorrer. — Me deixe em paz… — murmurei, tentando me livrar da sequência de sonhos que estava tendo. Eu não queria mais lembrar, sentir saudades, nem sofrer sozinha. E quando menos esperei, senti um conjunto de dedos emaranhar no topo da minha cabeça, fechar os punhos e puxar minha cabeça para trás. Eu abri a boca para gritar de dor, notando que agora ele era real. Arregalei os olhos, segurei o pulso grosso e vi o homem mostrar os dentes cerrados, com os caninos grossos na ponta. Devagar, ele puxou o cabo da espada, o metal tilintou e o lobo que rosnava grudou a ponta do aço frio na beirada do meu pescoço. Olhei para cima, mirei seus olhos, sentindo dor, estranheza, felicidade… O que sentir? Porque ele está fazendo isso? Ele sabe quem eu sou? — Malekith…? — soltei, quase muda. Ele afinou os olhos, apertou as mãos e eu abri a boca de novo, sentindo mais dor. — Porque está fazendo isso? Tá doendo… — Sabe quem eu sou? — perguntou. Aquilo me deu um aperto no peito, mas concordei. Ele afrouxou a mão, mas não me soltou, manteve a ponta da espada no meu pescoço e segurando minha cabeça. Ele cerrou os dentes, estremeceu o corpo e mostrou ódio — Maldita fêmea! Liberte-me da maldição do fio do destino, agora! — O-o quê? — perguntei, sem entender — Malekith, para, isso está me machucando… — Liberte-me, fêmea! Ainda que cegue meus olhos com maldita beleza, não cederei aos encantos de uma meretriz divina! — eu dei uma pausa na atuação, suspirei com paciência e revirei os olhos. Quem escreve essa merda podia facilitar minha vida, não é? Certo, respirei fundo e voltei a atuar, sentindo a dor dos punhos fechados na minha cabeça e a confusão me tomar. — Legal, Você me acha bonita. Mas, do que você está falando? Afrouxa a mão! — pedi. — Não posso matá-la, ou findarei minha própria vida. — rosnou — Liberte-me do fio do destino! Obedeça-me! Então ele não sabe quem eu sou… Então é por isso que não esqueci… O mundo se colocou no lugar, mas o vínculo não se rompeu. E agora? — Abaixa a espada, para de rosnar e solta meu cabelo. É mais complicado do que você pensa… — Não! — gritou, entre um rosnado grosso, me soltando no chão e me olhando com muita raiva, apontando a droga da espada, sem conseguir se conter — Livre-me do maldito vínculo, fêmea! Liberte-me! O tempo pareceu parar e eu não consegui entender. Pisquei confusa, me apoiei nos braços, tentei encontrar uma lógica e suspirei. Ele não sabe quem eu sou, mas está ligado a mim. Um não vive sem o outro e, provavelmente, isto deve estar acarretando em alguma coisa do outro lado. Como eu explico pra ele tudo o que aconteceu? — Malekith, deixa eu explicar… Uma batida na porta chamou nossa atenção, eu olhei para trás e ele também. O homem lobo guardou a espada e quando eu achei que poderia levantar, senti meus cabelos serem puxados para trás, a mão grande tapou a minha boca e eu fui puxada contra o seu corpo, sem nenhum carinho. Arregalei os olhos, tentei entender o que ele estava fazendo e a batida na porta aconteceu mais uma vez. Me mantendo junto ao seu corpo, Malekith esticou o braço, tocou na cortina sobre a janela e puxou um filete de pano, rasgando-o com facilidade. Quando me soltou, foi só o tempo de eu olhá-lo confusa e senti um amontoado de pano me entupir a boca, enquanto ele deu duas voltas, para dar um nó forte. Tentei estapeá-lo murmurando “mmm” muito baixo e em vão. Logo ele segurou minhas mãos, a batida na porta aconteceu de novo e com outro filete de pano ele amarrou minhas mãos e as canelas; e bateu com a ponta da espada ao meu lado me fazendo encolher e eu senti o suor frio de um Malekith odioso me olhando. — Não faço parte dos seus jogos divinos. — rosnou e saiu para a sala, onde eu ouvi ele abrindo a porta. — Ah… — era o vizinho, um tanto confuso — Bem, nós ouvimos barulhos. Está tudo bem? Costuma ser tão silencioso aqui. Cadê a Stella? — Você é um servo de sua divindade? — respondeu seco, provavelmente porque Malekith não saberia entender o que o homem queria dizer. São duas horas da manhã e não era comum esta barulheira por lá, pode ficar ainda pior se ele chamar a polícia e, por tanto, fiquei quieta, para não dar problemas. — Servo? — questionou, olhou para o homem e deduziu alguma coisa — Ah, saquei. Tipo um fetiche… — És um servo? — rosnou, o que fez o homem recuar — Afaste-se de sua Deusa, esta adoração lhe trará fortes maldições. Como um Alpha, posso lhe garantir que sua Deusa não rege os mundos com bons punhos! — Ah, que merda bizarra… Ce tá tudo bem, então beleza. — o homem se afastou, parecendo desconfiado e Malekith fechou a porta, ainda com o homem murmurando — Sexo medieval… Quando ele voltou pra cozinha, voltei a me debater, fazer “mmm” sem dó, tentando me libertar. Ele me olhou frio, não se importou com meu incômodo e começou a procurar por algo, parecendo um tanto perdido. — Silêncio. — ordenou — Desfiz a crença de um dos teus servos, sua magia será desacreditada e logo não terá mais forças para manter esta maldita maldição. — revirei os olhos e suspirei amarrada mesmo — Silêncio, estou a pensar! — “Mmmmm”, me debati enquanto ele simplesmente olhava ao redor. Logo ele sumiu e eu comecei a ouvir coisas quebrando, mexendo em algo. Precisava verificar e comecei a me mover como uma minhoca presa, para tentar chegar até a porta do quarto, para ver o que ele estava procurando. Eu estava cansada, mas consegui me arrastar até a porta do quarto e colocar um pedaço da cabeça para bisbilhotar o cômodo. Foi custoso, mas cheguei. Malekith estava no armário, jogava pedaços de roupa para fora, pegava caixas e as virava para baixo. Seja lá o que estava procurando, estava deixando as coisas uma zona. Continuou mexendo e eu murmurava “mmmm” incessantemente, tentando entender o que ele estava fazendo. Logo ele abriu meu criado mudo, parou por um segundo e encontrou os esboços dos desenhos que eu fazia, onde tinha o rosto de Zeus, o dele e Vênus. — Magia… — murmurou, olhou para mim e apontou o papel com o seu rosto — Liberte-me, agora! Revirei os olhos, apoiei a cabeça do chão e suspirei. Ia ficar difícil explicar… Eu murmurei um “mmm” cansada, fechei os olhos e tentei pensar em um jeito de conversar com este homem, mas quando abri as pálpebras, ele estava perto, com a ponta da espada no pano em minha boca, cortando o filete da amarra e os papéis nas mãos. Cuspi o embolado da boca, tossi seco e passei a língua umedecendo os lábios, sentindo alívio por estar com a boca livre. — Como conseguiu prender minha alma neste manuscrito? — perguntou e eu mostrei minhas mãos — Não irei soltá-la, a manterei sob meu poder até que me faça livre! — Malekith, não prendi sua alma. Bem, não do jeito que você pensa. Me solta e eu te explico. — Não está em poder de negociar, fêmea maldita. — eu pisquei me sentindo extremamente ofendida — Pare de me cegar com seus encantos! Liberte-me! E não mencione meu batismo, não tens este direito. Eu sou o grande Alpha, seu senhor! Me recuso a me colocar abaixo de sua inescrupulosa magia! — Mas eu só dei uma piscada… — respondi baixo, a espada veio parar pertinho do meu rosto e eu afinei os olhos — Soca isso no teu **! Abaixa essa merda, minha paciência já foi! Ele arregalou os olhos, pegou-me pelo braço, rosnou grosso e quando achou que ia me dar uma dura, abaixei o rosto, mordi sua mão e cai no chão que nem bosta. Ele gemeu segurando a palma, sem acreditar no que fiz. Cuspi, cheguei a me arrepender com o amargo na boca, mas vi a marca da mordida sumir enquanto ele olhava da mão para mim. — Como ousa? — rosnou. — Eu não prendi a sua alma. Eu amei você, mas foi em linhas que não existem mais. Só isso. Quando as coisas se colocaram no lugar, eu achei que a gente ia esquecer, mas eu não esqueci e pelo visto, você também não. — ele afinou os olhos e eu tentei explicar, do chão mesmo — Você não lembra de mim, porque eu nunca existi em seu mundo e… — Eu tenho visões, anseios, desde muito antes de me tornar um Alpha. Nem mesmo tinha forças para me aguentar na mãe de cio, tornei-me um monstro matando minha própria espécie! — eu me calei, porque agora entendi — Liberte-me fêmea! Liberte-me desta maldita maldição! Ele é o segundo Malekith. O único que conheci antes de se tornar alpha. A linha do tempo se colocou em seu lugar e eu lembro de Andrômeda dizer, que ele era a linha correta. No tempo dele, nada havia acontecido. Mas o vínculo vingou, atravessou as eras e os tempos. Ele não sabe quem eu sou e está preso sem entender. De certa forma, me apaguei do mundo dele, mas ele não conseguiu se desvincular. Merda! Merda não… “Não haverá mundo capaz de separá-la de mim, fêmea!” De repente, eu estava sorrindo. O olho encheu de água e eu olhava o tirano ranzinza acima de mim e me recordava de como ele mesmo ficou furioso de ter que me “dividir” com ele mesmo. “Estamos cuidando de você” agora fazia sentido “Não abra os céus, não mexa em mais nada”. Tudo fez sentido… — Malekith, não fui eu quem te prendeu nisso, foi você mesmo! Você sabia dos riscos, você… — de repente eu sorria, com a voz embargada e ele franzia o cenho, ainda mais confuso. — Você cuidou de tudo! Você ficou comigo naquele dia, porque sabia que precisava de uma linha antes do acidente pra gente permanecer junto! Você se vinculou a mim, pra não correr o risco de me esquecer! Malekith… — eu sorria, mas ele não.

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