Capítulo 6

1379 Words
A presença de Conrado no seu jantar de aniversário deixou Pillar ainda mais encantada por ele. Após o desastre na garagem, ele foi se desculpar pessoalmente e ainda levou para ela um buquê enorme e chocolates de leite que ela adorava. - Bom dia Pillar. Sonhando acordada Filha? - Oi mamãe! Não vi a Senhora. Estava apenas pensando. - Eu percebi. Aquele homem é o teu patrão? - Sim. Ele veio se desculpar. - A sério?! E porquê? - Não tem mais importância mamãe. Foi apenas um m*l entendido. Sendo um homem justo, ele percebeu o erro e por isso veio ter comigo. - Tudo bem. O que vais fazer hoje? É domingo e podes sair. - Não sei Mamãe. Os exames estão a chegar. Hoje vou descansar pois terei uma semana agitada. - Tudo bem querida. Mas vem comer alguma coisa está bem? - Está bem mamãe. Eu já vou. Pillar levantou-se e foi sentar à mesa com os seus pais e seu irmão. Ainda pensava em Conrado e decidiu dar a ele uma nova oportunidade. Por outro lado, Conrado se preparava para seguir com o seu plano. Ele ganharia a confiança de Pillar, e depois a convenceria a lhe ajudar. Ele estava a beira da sua piscina, quando o seu celular tocou e viu o nome da mãe no visor. - Oi Mamãe. - Olá querido. Você está bem? - Estou sim mamãe. Como está a organização da festa? - Está tudo a ir muito bem filho. Posso contar mesmo com a tua presença? - Claro que sim mamãe. Eu fiz uma promessa. - Eu sei querido. Estou ansiosa para conhecer a tua namorada. Eu já preparei tudo para instalar vocês. - Obrigado Mamãe. Eu vou apresentar ela a senhora. Também está ansiosa para conhecer vocês. Mas lembre - se que estamos começando Mamãe. Por favor não fale de casamento ou filhos. A Senhora sabe que não gosto de me precipitar. - Está bem querido. Eu serei bem cuidadosa com as minhas palavras. Tenho que ir agora. Bjos filho. - Até mais mamãe. Conrado desligou e respirou fundo. A mãe o pressionava e ele teria que agir rápido. Afinal, o dia da festa se aproximava e ele ainda não tinha conseguido nada com Pillar. Ela o tinha perdoado, mas também o evitava. Estava na hora do seu plano B. Mas será que também daria certo desta vez? Conrado sentia - se preso. Por um lado havia a pressão de sua mãe, e por outro lembrava - de do conselho dos irmãos. O que devia fazer? Desistir do seu plano e revelar a verdade para a mãe? Os assuntos do coração não deviam ser apressados. Mas, ele sentia que não tinha mais escolha. Sentia que devia encerrar o assunto. Pediria a ajuda de Pillar apenas por um final de semana. Depois poderiam simular o término da relação e tudo ficaria bem. Ou pelo menos ele assim esperava. Mas, algumas coisas não podem ser controladas pela vontade. Conrado estava prestes a aprender uma lição bastante dura, e as consequências de cada uma das suas acções chegariam para fazer cobranças. Será que ele teria coragem e caráter para pagar e assumir cada uma delas? O que faria se por acaso acabasse por magoar Pillar mesmo que não fosse de propósito? As dúvidas invadiam a mente de Conrado. Ele as mandava para longe. Ignorava todos os sinais de aviso que a sua mente lhe enviava. Ignorava até a possibilidade dos seus irmãos estarem certos. Eles demonstraram no início que estavam contra a ideia, mas Conrado não os ouviu. Ainda pensava nisso quando viu Elena caminhar na sua direção. Além de sócia, Elena também era sua amiga e conselheira. - Bom dia Conrado. Bom dia Elena. Achei que não vinhas mais. - Tive que fazer algumas coisas antes. Está tudo bem? Você me parece preocupado com alguma coisa. - Você está certa. Eu estou preso numa situação e não sei o que fazer para a resolver sem que ninguém se magoe. - Sabes bem que podes confiar em mim. Me conta. O que está acontecendo? Conrado contou á ela e Elena entendeu o quanto seria mesmo complicado sair do aperto. - Mas, eu não acho certo você usar alguém inocente para isso. Conrado estas coisas sempre acabam muito m*l e têm consequências ainda piores. - Eu sei. Mas, o plano não é casar. É apenas apresentar ela para os meus pais. E depois podemos simular o término da relação para que tudo volte ao normal. - Tudo bem. Até parece simples demais. Mas, quem você vai levar? Afinal, eles têm que acreditar na firmeza desta relação para que tudo seja bem convincente. - Eu já tenho alguém em mente. Mas ainda não a convenci a aceitar. - E porque não? - Fui precipitado e falei que faria o p*******o de qualquer valor. Ela se ofendeu e me disse coisas que mais ninguém tem coragem de dizer. Me chamou até de mimado e arrogante. - O quê? A sério?...- Elena ria dele sem acreditar. - Sim. Eu não consegui nem me chatear. Estou mais decidido ainda a levar essa pessoa. Ela é honesta. - Tudo bem amigo. Faça como quiseres. Eu recebi o convite e lá estarei para ver de quem se trata. Mas por favor, tenha cuidado. Seja quem for, não brinques com os sentimentos desta mulher está bem? - Claro que não o farei. Mas, eu não sei mais o que fazer para a convencer. - Seja real. Peça a ajuda dela, mas sem que seja necessário oferecer algo em troca. Caso contrário ela mesma poderia pedir-te, e isso não aconteceu. - Como sempre estás certíssima. Obrigado Elena. Bem! Vamos aproveitar o dia. Os rapazes vão chegar á qualquer momento. O resto do dia foi passado entre conversas e muito churrasco. Conrado convidou alguns de seus amigos. Os irmãos também lá estavam e todos puderam se divertir. Por outro lado, Pillar cumpriu a sua palavra e ajudou o irmão a falar com os pais sobre a namorada e a intenção de se casar com ela. - Filho! Eu estou orgulhosa do homem que estás a te tornar. Mas, não te apresses está bem? Vocês devem se formar primeiro e pensar em criar condições para o vosso lar. - A Senhora tem razão Mamãe. E tenho outra boa notícia. Eu enviei alguns currículos, e fui chamado para estagiar numa boa firma de advogados. Eles são os melhores e com certeza vou ganhar muita experiência com eles. - Isso é ótimo filho. Será remunerado? - Sim Papai. E vou juntar o dinheiro para dar entrada na nossa casa. O nosso plano é viver aqui onde tudo será mais fácil. - E a família dela? - Também está aqui. É por isso que pensamos nisso. Não queremos estar longe e sozinhos. - Parabéns mano. Você pode contar com o nosso apoio. Serás o melhor advogado desta cidade. - Obrigado Pillar. Eu não vou me apressar. Vou fazer tudo com calma, e dar a ela o casamento dos sonhos. Conversaram mais um pouco fazendo diversos planos. Adrián foi aconselhado pelos pais, que pensaram num presente especial de casamento para o seu filho. Pillar seguia estudando para os seus exames e também preparava a sua defesa de tese. O seu desejo ainda era tornar - se efetiva no hotel, e faria de tudo para conseguir de forma honesta. Teresa não tinha dado sinais, mas numa conversa com Ana, Pillar soube que ela estava a trabalhar para um Grupo concorrente. A semana de trabalho passou a correr. Pillar fez os exames e os seus resultados foram melhores do que o esperado. Ela foi dispensada no dia da defesa e da festa de formatura. Conrado lá estava por ser um dos colaboradores da Universidade. Aliás, a família dele fazia questão de contribuir quando se tratava da educação. - Parabéns amiga. Agora está tudo terminado no lado académico. - Obrigada Isa. Eu estou bem aliviada. Espero ter a oportunidade de me tornar efetiva e cumprir com os meus planos. - Não tenho dúvidas de que realmente vais conseguir. - Obrigada. Vamos ter com todos? Agora vamos fazer a fotografia para a Universidade. Pillar estava formada. Ela achou que tinham acabado os seus problemas, mas eles ainda nem tinham começado.
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