Capítulo 3

1265 Words
Faltavam 3 dias para o aniversário de Pillar e ela ainda não tinha decidido o que fazer. Estava uma linda sexta-feira, e não teria aulas sendo também o seu dia de folga do estágio. Pillar estava em casa quando o seu celular tocou. - Oi Isa. - Oi amiga. Planos para hoje? - Ficar em casa e estudar. Não pensei em mais nada e tenho os exames finais antes da formatura. - Sério amiga? Porque não vamos ao novo clube? Por favor. Prometo que só ficaremos por no máximo 3 horas. - Isa por favor! Sabes que não gosto muito disso. E repito: Tenho exames. - Tudo bem.. Mas podemos ir ao cinema e comer pizza em seguida?... Por favor amiga. - Está bem. Cinema, pizza mas nada de clubes está bem? - Combinado. Passo aí em 1 hora. Podemos passar o dia todo juntas. - Te espero amiga.. Bjos. Pillar desligou e saiu da cama. Ainda não tinha esquecido o sorriso que Conrado lhe dirigiu quando a mandou entrar na sala dele. - Deixa de ser i****a. Ele é o teu chefe. Não é teu amigo. É o teu patrão. Acorda. Após um banho e um café da manhã delicioso feito por Lourdes, Pillar foi ao jardim e esperou a chegada de Isadora. Assim como ela, a sua melhor amiga tinha um irmão mais novo, mas este vivia com os pais em uma casa numa Vila longe da cidade. Passaram a manhã conversando, mas Pillar não contou que o seu encantamento por Conrado estava cada vez mais forte. À noite as duas amigas saíram para o cinema, e foram jantar em seguida. Lá encontraram um grupo de colegas da Universidade, e passaram um tempo divertido. Pillar nem desconfiava que Conrado a observava de longe. Ele a viu sorrir para os amigos, e percebeu que aquela garota seria ideial para a realização do seu novo plano. Conrado foi encontrar com os seus irmãos. - Olá mano! Estás atrasado..- Leonardo disse assim que o viu sentar ao seu lado. - Me desculpem! Eu estive ocupado. - Com a Helena? - Claro que não Lucas. Ela é passado e foi apenas uma vez. Eu tenho um plano e preciso da vossa ajuda. - Do que se trata? - Achei a garota que será a minha namorada na festa de nossos pais. - O quê?!.... - Lucas olhou para ele muito sério. - Que maluquice é essa Conrado?... - Leonardo perguntou. - Me escutem por favor. Eu prometi aos nossos pais que teria uma relação séria. E que levaria uma acompanhante à festa. - Até aí a gente entendeu. Mas, você disse que achou a pessoa certa. - Sim! Uma garota linda que pode me ajudar, fingindo ser minha namorada pelo final de semana. - Conrado! Você vai mentir para os nossos pais?...- Lucas disse mais baixo. - Não tenho escolha. A mamãe está me pressionando. - Certo. Eu não estou de acordo irmão. Alguém vai acabar muito magoado nesta confusão. - Por favor Leo. Será apenas um final de semana. Depois eu conto a verdade para eles. - Está bem. Você é que sabe. Mas eu ainda sou contra. - E quem é ela?... - Lucas então perguntou. - Uma das novas estagiárias. É linda e inteligente. Sei que vai aceitar por uma boa quantia. - Conrado! Nem todas as pessoas fazem algo por dinheiro. - Duvido. Ela fará! Podem apostar. Conrado também era teimoso e acostumado a conseguir tudo o que desejava. Não ouviu o conselho dos irmãos, e decidiu seguir em frente com o seu plano. Estava convencido que pela quantia certa Pillarno ajudaria sem hesitar. Mas estava prestes a descobrir o tamanho do seu engano sobre o carácter de Patrícia Pillar Gouveia. Ela tinha uma aparência doce e gentil. Mas, não se deixaria tratar como se estivesse no desespero por dinheiro. Por outro lado, Pillar aproveitou o seu dia de aniversário. Após as 3 horas combinadas ela foi embora. Além dos exames finais que estavam próximos, tinha a intenção de continuar a demonstrar a sua responsabilidade com o trabalho. Apesar de ser ainda uma fase de estágio, ela estava disposta a trabalhar muito para se tornar uma funcionária efetiva. A sua formatura estava próxima, e com o diploma teria mais chances de ocupar um cargo melhor que assistente da gerente. Sem saber que os seus passos estavam a ser seguidos por Conrado, Pillar seguiu com a sua rotina diária apenas para manter a sua posição dentro da empresa. Ela lidava com os hóspedes e conseguia resolver os problemas que eles apresentavam. Fazia tudo isso com muita paciência, e entre os hospitais foi ganhando a simpatia e amizade. Todos gostavam e falavam bem dela. Mas como tudo, Pillar começou a despertar a inveja de alguns de seus colegas. Ela era a pessoa mais recente dentro da empresa e lidava até com os hóspedes de alto escalão, que muitas vezes não deixavam ninguém se aproximar. Conrado também a elogiava apesar dos dois terem pouco contato. Nas reuniões ele fez questão de pedir a Carla que a deixasse participar. Também autorizou um aumento e dois dias de folga para que ela pudesse preparar melhor a defesa da sua tese. Teresa uma de suas colegas foi ter com ela na pausa para o café. - Oi Pillar. - Olá Teresa. Precisas de alguma coisa? - Sim. Quero saber o que você fez para ser tão elogiada por todos. Até o Senhor Conrado só fala de você. - E o que ele poderia falar de mim? Eu sou apenas a assistente da Senhora Carla. - Eu sei. Mas, brevemente ela vai se aposentar e com toda a certeza você será a nova gerente principal do Luzes. O que você fez para isso? Dormiste com alguém? Sem pensar muito, Pillar pegou no café e jogou na cara de Teresa. Ela tentou reagir mas congelou ao ouvir a voz de Conrado. - Não se atreva Teresa. Foi você quem provocou. Nem todas as mulheres são iguais á você. Pegue as tuas coisas e passe no RH. - Senhor Conrado eu... - Agora Teresa. - Sim Senhor. Ela foi embora arrependida de ter provocado Pillar. Conrado sentou e viu que Pillar mantinha o seu ar muito sério. - Senhor Conrado. Peço desculpas. Eu perdi a cabeça. - Está tudo bem. A Teresa merecia mesmo uma lição. - Ela estava sempre a me provocar. Hoje não aguentei. - Está tudo bem. Vou pedir outro café para você. - Obrigada Senhor. Conrado e Pillar conversaram por algum tempo. Ele estava a recolher as informações para poder ter espaço de fazer a proposta sobre a viagem á fazenda da sua família. - Eu tenho que voltar ao trabalho. - Como está a preparação da sua defesa? - Já terminei e brevemente a vou defender. Tenho estudado bastante. - Que bom saber. Traga o seu diploma e serás efetivamente uma de nós. - Claro que sim Senhor. Com licença. Na sua inocência, Pillar começou a acreditar que a atenção de Conrado á ela era por causa de um interesse amoroso. Voltou ao trabalho bem disposta e viu Teresa ir embora com os olhos vermelhos de raiva. - O que houve com ela? - O Senhor Conrado a demitiu. - O quê?! Mas o que ela fez? - Não sei Senhora Carla. Mas, apenas soube que ela esteve no RH. - Certo. Vamos voltar ao trabalho. Eu vou me reformar, mas ainda preciso deste emprego até tudo acontecer. Pillar seguiu trabalhando e sonhando. Mas, o seu sonho era bem diferente da realidade que estava prestes a viver.
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