Capítulo 8

1453 Words
O suposto coquetel estava marcado para a sexta-feira. Pillar não quis demonstrar, mas estava ansiosa pelo momento em que chegaria lá. Após fazer algumas compras, chamou Isabella para a ajudar na escolha da melhor roupa. Ela queria causar a melhor impressão possível aos novos sócios de Conrado. - Fica calma Pillar. Vai dar tudo certo. - O coquetel será amanhã e ainda nem sei o que usar amiga. A senhorita Helena me deu folga hoje para as compras. Não a posso decepcionar. - É claro que não. Olha! Achei a roupa perfeita.  - Não sei amiga. Ela disse que será um evento formal. - Patrícia Pillar. Você vai ficar linda. Marcaste com o cabeleireiro e maquiador? - Sim. Eles vêm amanhã às 17 horas. - Óptimo. Eu trouxe rosas perfumadas para o teu banho. - Obrigada amiga. Te espero amanhã. - Conta com isso. Até amanhã. Pillar estava tão ansiosa que já nem conseguiu jantar. Disse aos pais que tinha trabalho para fazer e foi ao seu quarto. Passou a noite toda a imaginar qual seria a reação de Conrado ao ver ela chegar no lugar de Helena. * Não seja i****a Pillar. Ele não te vê desse jeito.... - Ela se recriminou. Na manhã seguinte Marina estranhou a boa disposição da filha. - Bom dia mamãe. Eu levantei mais cedo e ajudei a Lurdes com o pequeno - almoço. - Que boa disposição filha.O que houve? - Estou feliz mamãe. Só isso. - Eu adoro te ver assim filha. Mas tenha cuidado está bem? - Do que a senhora está falando? - Pillar minha filha! Eu vi como você ficou quando o teu chefe veio aqui. Eu olhei o teu pai do mesmo jeito à 20 anos. Ter você e o teu irmão só aumentou a nossa felicidade e o nosso amor. - Estou errada mamãe? Eu não devia me apaixonar por um homem como ele? - Claro que não meu amor. Se apaixonar é maravilhoso. Desde que haja correspondência. Eu só não quero que ninguém parta o coração maravilhoso que você tem. - Eu entendo mamãe. Prometo que vou me cuidar. - Fico feliz querida. Vou chamar o teu pai. Pillar passou o resto do seu dia bastante ocupada. Às 16 e meia Isadora chegou e meia- hora depois o maquiador e o cabeleireiro que Elena mandou para ela, e Pillar não teve escolha a não ser aceitar a oferta. Após um banho, ela fez a maquiagem e um penteado maravilhoso. Pillar vestiu a roupa escolhida e estava pronta. O carro chegou na hora certa. E ela estava preparada para a sua noite ao lado se Conrado. - Boa sorte amiga. Vai dar tudo certo. - Obrigada Isa. Eu te ligo mais tarde e conto como foi a noite. Pillar saiu e entrou no carro. Foi levada até a um dos hotéis Valente e estava ansiosa para ver Conrado. A porta foi aberta e ela saiu. - Obrigada Zé...- Ela sorriu ao motorista. - Por nada senhorita. Eu ficarei a esperando. Ordens da senhora Helena. - Tudo bem. Obrigada. Espero não demorar tanto. Pillar entrou, e após entregar o seu convite foi levada até uma sala luxuosa onde estavam várias pessoas, incluindo fotógrafos e repórteres televisivos. Conrado a viu e foi ter com ela. - Pillar?! Boa noite. Nossa! Você está linda. - Senhor Conrado. Boa noite. Obrigada. Espero não ter me atrasado. - Claro que não. Chegaste na hora. Vem comigo por favor. Conrado apresentou Pillar para várias pessoas, e ela começou a se sentir mais a vontade naquele meio que não era habitual para ela. O jantar foi servido e após algumas taças de champanhe Pillar sentiu - se tonta, cansada e só queria ir para casa. - Estás bem Pillar? - Sim eu preciso de ir para casa agora. Por favor. Não costumo beber nem mesmo champanhe e acabei exagerando. Me dói a cabeça. - Eu te levo até ao carro. Mas antes posso te fazer um pedido? - Claro Senhor Conrado. Do que se trata? - Vais comigo à festa dos meus pais? Por favor. Só tens que fingir que estamos juntos até domingo, depois acaba. - A sério?!Quer que eu responda agora? - Sim. Por favor. Eu prometo que não haverá cobranças. Pillar ignorou a voz da razão e aceitou a proposta de Conrado. m*l sabia ela que estava apenas a ser enganada e usada de forma egoísta. Este seria um erro que cobraria caro a ela. Mas, ela estava apaixonada, e esqueceu-se até do que tinha dito a sua mãe antes de sair de casa. Pillar iria descobrir que tomar decisões por impulso, era algo que nunca acabava nada bem. Conrado a levou primeiro ao bar onde após dois copos de água ela sentiu - se bem melhor. - Anda! Tens que ir para casa. Eu levarei você. - A Senhora Elena mandou o motorista. - Eu sei. Ele me vai trazer de volta. Você não está bêbada Pillar, mas vais acordar enjoada amanhã e com uma forte dor de cabeça. - Eu já imagino. Serei mais cuidadosa mesmo com o champanhe. O carro andou com as janelas abertas e Pillar começou a sentir-se bem melhor. Não podia entrar em casa trocando os pés. Todos dormiam quando ela chegou. - Espere Pillar! Tens a certeza que não vais mudar de ideia? - Tenho sim Conrado. Eu costumo cumprir com as minhas promessas. Eu vou com você. - Está certo. Obrigado. Falamos melhor amanhã está bem? Temos que acertar alguns detalhes. Espere á minha mensagem de manhã. - Está bem. Boa noite Conrado. Pillar entrou sem fazer barulho. Tirou a roupa e de pijama jogou - se na cama. Estava a sonhar acordada ainda no seu mundo de conto de fadas. Sem pensar na razão pela qual aceitou a proposta de Conrado, Pillar dormiu esperando apenas a chegada do dia seguinte. Eram seis horas quando o som do celular a despertou. Pillar abriu os olhos bem devagar e ao tentar sentar na cama teve uma leve tontura. Pegou uma aspirina e tomou rapidamente. Alguém bateu na porta e sua mãe entrou. - Bom dia Pillar. - Bom dia Mamãe. Está tudo bem? - Sim. Tivemos notícias do teu irmão. Ele virá no próximo final de semana para conhecermos a namorada e a família dela. Farei um jantar especial para a ocasião. - Isso é ótimo Mamãe. Ele está tão feliz que nem mesmo o nome dela nos disse. Estou bem curiosa para a conhecer. Mas, podemos adiar o jantar para domingo? - Porquê? - Eu vou á uma festa. Desta vez será dos pais do Senhor Conrado. E eles estão morando fora da cidade. - Não te podes ausentar filha? - Infelizmente não Mamãe. Eu já estou com o nome na lista, e vários funcionários lá vão estar. - Tudo bem. Vamos dar um jeito de justificar a tua ausência, mas não será possível adiar. Eles chegam na sexta-feira e o jantar farei no sábado. Quando você vai? - Também na sexta-feira, e retornaremos no Domingo. - Nossa! Não vai ser a mesma coisa sem você aqui filha. - Eu sei Mamãe. E lamento por isso. Mas, eu realmente não esperava por isso. - Tudo bem. Nós entendemos. És adulta e tens a tua vida. Terás oportunidade para conhecer a tua cunhada. E o Adrián vai ter que entender. - Eu vou ligar e conversar com ele. Quando Marina saiu, Pillar viu a mensagem de Conrado no celular. Ele tinha enviado um endereço e ficaria lá á espera dele para falarem sobre a ida até á fazenda. Na noite anterior ele falou com os irmãos novamente. Eles concordaram em ajudar, desde que fosse cumprida a parte do término, e o assunto fosse encerrado depois disso. Após um banho, Pillar desceu para o pequeno almoço. - Bom dia Papai. - Bom dia querida. Como foi a tua noite? - Bem divertida apesar de ter sido formal. Os investidores ficaram satisfeitos, e logo teremos muitas novidades por aqui. - Um novo projecto? - Sim. Mas não posso dizer mais nada sobre isso. Desculpe Papai. - Tudo bem. A ética no trabalho é importante. Mas, vindo da família Valente, eu sei que será algo benéfico para a nossa cidade. - Isso eu posso afirmar que será mesmo Papai. Bem! Vou ligar para a Isadora e sair em seguida. Até logo Papai. Vendo que a sua filha estava cada vez mais independente, os pais de Pillar preparavan- se para o momento em que ela iria embora para a sua própria casa. Não faltava muito para isso, mas nem tudo seria como eles realmente imaginavam. As mudanças que estavam prestes a ocorrer na vida de Pillar não seriam todas positivas.
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