As coisas dentro da favela não estavam mais fáceis, a escuridão nos ajudava a nos proteger das possíveis balas que podiam nos atingir. A comunidade sabia como isso funcionava e sempre apagávamos as luzes para ajudar nosso pessoal. A estratégia sempre foi ver de onde o tiro saia para saber a localização dos policiais. Meu coração batia tão forte que parecia que ia pular do peito a qualquer instante. O barulho dos tiros ficaram cada vez mais altos e cada vez mais constantes. A única coisa que eu queria no momento, era chegar viva junto do Caio, na casa dele e que nosso pessoal sobrevivesse. Estávamos abaixados entre as vielas, tentando chamar o mínimo de atenção possível. Eu sabia que não podia deixar meu desespero tomar conta do meu corpo naquele momento mas ainda sim era inevitável não