Tentei afastar de Caio aqueles pensamentos, e por mais que fosse extremamente difícil para mim esquecer o que ele havia acabado de me contar tentei mudar de assunto. Aos poucos a expressão dele foi ficando menos nublada, e as preocupações foram tomando forma novamente. Nosso pessoal estava na rua, matando e morrendo, e nós estávamos ali... sem fazer absolutamente nada, me corroía por dentro. Não adiantava eu bancar uma de bandida, atirei uma vez em minha vida e tinha muito o que aprender, sair lá fora nesse momento seria apenas um peso morto pra todos eles. Caio se serviu de um uísque, acompanhou o telefone com olhos furiosos, ele sabia que a qualquer momento o telefone dele tocaria com alguma notícia. As invasões sempre eram longas, sempre sangrentas e desesperadoras, então permaneci