CAPÍTULO 04
MARIA CLARA CAMPOS
Fico vislumbrada com toda a decoração do local, eu simplesmente estou encantada com tudo, estamos no salão de eventos da empresa do Massimo, a decoração vai do dourado ao branco e prateado, lustres gigantescos centralizados no teto de drywall gigantesco, o chão de porcelanato branco e escuro em quadrados grandes. Garçons a rodo servindo petiscos e taças de driks caros, pessoas exibindo suas vestimentas caras e joias caras.
Na entrada do local, uma porrada de paparazzi e fotografos jogaram flashes em cima de nós, quase fiquei cega, e o momento em que entramos no salão, viramos o centro das atenções, o que me deixa desconsertada, porém Massimo é o anfitrião já que é o evento de lançamento de um dos seus muitos perfumes que custam o olho da cara.
— Todo mundo ta olhando.— murmuro por cima da musica um pouco alta.
— Não é só por causa de mim.— disse ele, ele coloca a mão na minha cintura com possessividade quando se aproximam de nós.
— D'Vacchiano, sinto dizer que é o homem mais invejado deste salão.— o homem n***o de olhos cinza marcante diz, ele pega em minha mão e beija.— Prazer, me chamo Lutero Ambrosine, Vice presidente da D'Vacchiano.
Massimo aperta ainda mais minha cintura e sem demonstra nenhuma emoção diz.
— Ainda lembra que é vice presidente? Só vive viajando, i****a!— o tal moço ri, mostrando suas covinhas.
— Quanto amargor na vida de um homem que está ao lado de uma joia como essa, inclusive, onde a encontrou? Quem sabe acho uma tão bela como ela?— o tão Lutero ri maliciosamente pra mim.
— Ignore, assim ele vai embora.— de forma sutil, Lutero mostra o dedo do meio para Massimo e eu rio disso.
— Viu só? A moça tem senso de humor. — o homem me olha por alguns segundos me avaliando.— Você é a amiga da Mandy? A babá da filha do Massimo?
— Sou sim, me chamo Maria Clara.
— Agora entendi da onde veio tanta beleza, tinha que ser de terras brasileiras.— murmurou com um sorriso no rosto.
— Massimo, ainda bem que chegou, um monte de gente quer fala com você.— uma moça aparece.
— Eu já volto Maria, Lutero, se comporta, se não eu te castro.— ele levanta as mãos em sinal de rendição.
— Você deve ser uma moça especial para ele.— murmura de repente.
— Eu só vim porque a Mandy pediu.— ele sorri.
— Conhece Massimo o suficiente pra sabe que a ultima vontade é a dele, então pode ter certeza que ele queria isso.— olho de longe para ele que conversa com algumas pessoas.
— Ele é enigmático, nunca sei o que está pensando e sempre temos discussões sérias sobre a Penélope.
— Massimo era um homem mais simpático, mas a perda da esposa, o deixou assim, Amy tinha medo disso, dele se fechar, já que a dependência emocional que ele tinha dela, era gigantesca, perder ela, foi como se nada na vida dele fazia mais sentido, e a única coisa que o mantém vivo, é a filha.— olho para Lutero.
— O que quer dizer com isso?
— Massimo já tentou se matar jogando o carro contra um poste, mas os médicos o salvaram a tempo, isso foi logo após o enterro de Amy.— arregalo os olhos.— Esse assunto não é falo ou tocado porque eu e meus pais fizemos de tudo para esconder, e não causa alarde.
— Isso...nossa.— eu simplesmente não sabia o que dizer
— Eu só estou dizendo, que as vezes, se ele for chato, ou ranzinza, da um desconto pra ele, ou me liga que dou um soco nele.— rio de suas palavras.
— Você é um homem legal, gostei de você.
— Por favor, repita isso perto dele.— rio ainda mais.
A noite se estendeu bem, Lutero me fez companhia a maior parte do tempo já que Massimo o tempo todo tinha que fala com alguém e ainda teve que da um pequeno discurso sobre o lançamento, teve uma hora que me peguei sozinha tomando uma taça de champanhe olhando a luz das estrelas na parte de trás do salão.
— Olha, eu tinha que conhece-la.— olho para trás e um homem se aproxima, ele é alto, um olhar escuro, cabelo grisalho penteado para trás.
— Desculpe, não entendi.— ele chega mais perto até para na minha frente.
— Sou Adam Taylor.— ele parece perceber que me retrai quando ele falou o sobrenome.— Quero me desculpar pela minha esposa. O que ela fez foi terrível, ainda mais na frente das crianças.
Ele estende a mão para mim e com educação aceito.
— Está tudo bem.— murmuro já retirando minha mão.
— Qual o seu nome?
— Maria Clara.
— Um belo nome.— o olhar que ele me lança me deixa desconfortável.— Você deve ser bem especial, Massimo fez questão e exigiu a saída da minha família do condomínio.— fico surpresa com essas palavras.
Ele fez isso? Mas porque?
— Eu não sabia que ele tinha....
— Não se preocupe, ele é um homem impulsivo, sabemos que fez na hora da raiva e que não vai leva a nada, entretanto, nunca o vi fazer isso por alguém, ainda mais um empregado. Por isso quero saber.
Ele se aproxima mais e sinto o cheiro forte de bebida, ele provavelmente esta bêbado, eu dou um passo para trás.
— Saber o que?— abro um sorriso sem graça.
— Talvez seja a beleza exótica, admito, você é uma mulher nova, com belas curvas, tem postura, fala bem, uma acompanhante perfeita que nem parece que veio de origem pobre, fora que parece ser uma mulher inteligente, daria uma esposa fantástica.— fico surpresa com suas palavras.
— Com linceça.— tento sair dali, mas sinto a mão dele na minha cintura me puxa.
— Eu ainda estou falando.— o olha frio dele, a forma como fala, me assusta.
— Senhor Taylor, peço por gentileza que me solte, eu quero ir embora.— a mão dele desce pra minha b***a e ele me aperta mais para perto dele, viro meu rosto e tento me soltar.
— Você tem um cheiro bom, será que as outras coisas são boas a ponto de fazer um homem como Massimo D'Vacchiano cair de ante de seus pés? Se só de vê-la estou encantado, imagine a beijando, tocando.— começo a me debater, olho para trás e não há ninguém, começo a grita para alguém ouvir, mas com a musica lá dentro vai ser impossível.
— Me solta!— começo a me desesperar quando ele começa a me puxa para mais longe ainda do salão.— Socorro!— sinto meu rosto doer quando ele desfere um tapa forte e estalado que sinto o gosto do sangue na minha boca.
— p***a, n***a i****a, cala a boca, vai ser rapido.— ele começa a passar a mão pelo meu corpo e aperta, começo a gritar e me debater ainda mais.— Vou calar sua boca.— ele tenta me beijar, mas mordo com força seus lábios, ele me joga no chão com brusquidão.
— Não banque a difícil, sei o que quer, e eu também quero isso, comigo vai ter muito mais coisas, até me divorcio se for preciso.— ele começa a tira o cinto e aquela cena me apavora.
E antes que ele termine, algo joga ele no chão.
— Seu filha da p**a!— é a voz do Massimo, ele está em cima dele o socando sem para.
— Maria Clara, você está bem?— Lutero me ajuda levanta e assustada, o abraço e começo a chorar.
— Ele...ele...ia...ele...— não consigo fala, começo a fazer gestos de onde ele me tocou.
— Ei ei ei, calma.— ele me puxa para me abraça novamente.— Massimo, chega!
Olho na direção dele, a mão do Massimo estava cheia de sangue e o rosto do homem não dava pra ver pela quantidade de hematoma e sangue, quando ele se levanta, cospe em cima dele.
— Leve esse filho da p**a pra longe daqui e certifiquem que as cameras tenham pegado isso bem, pra ter provas suficientes pra ele não sair da cadeia.— olho em volta e vejo pessoas olhando, incluindo paparazzis.
Alguns homens levantam o Adam Taylor do chão.
— Isso é culpa sua, preta estúpida!— a voz é daquela mulher.
— Tirem essa vagabunda daqui também!— grita Massimo e na mesma hora a puxam de lá a força.
— Maldita preta suja! Você vai pagar por isso!
Levo minhas mãos aos ouvidos e começo a chora, um zumbido forte. Começo a murmura pra mim mesmo.
— Isso é um pesadelo, isso é um pesadelo, acorda, acorda, acorda.
— Ei, Clara, olha pra mim, vamos embora.— ouço ao fundo a voz dele.— Clara, p**a merda.
É tudo que escuto antes de apagar.
MASSIMO D'VACCHIANO
Começo a andar de um lado para o outro, impaciente, depois do que aconteceu, trouxe Maria Clara ao hospital já que a boca dela havia sangue a mesma desmaiou.
Quando dei falta dela e comecei a procura, e vi aquela cena, eu simplesmente não pude me conter, aquele verme sujo ia abusa dela se eu não chegasse e só de pensa nisso, me faz ter vontade de continua o socando até fica sem vida!
— Massimo, os advogados já estão cuidando de tudo para manter ele atrás das grades.— diz Lutero ao entra na sala de espera do hospital.
— Você viu o que ele ia fazer, ele...como eu queria arranca a cabeça dele.— não escondo minha ira.
— Eu sei disso, eu também senti essa vontade, mas nesse momento o que importa é Maria Clara, e como essa noticia vai repercutir, a moça vai ter que fica reclusa por um tempo. O bom é que com a quantidade de testemunhas e as imagens, Adam não vai ter nem o direito a julgamento.
— Senhor D'Vacchiano.— o medico chama ao entra na sala de visitas acompanhado de Maria Clara.
— O que faz aqui? Não deveria...
— Ela está bem, teve um pequeno corte perto da boca e o desmaio foi só estresse por todo o acontecido, ela já está medicada e está bem para ir embora e descansa.— diz o medico.
— Obrigada por me salvarem.— ela murmura a o tom de voz dela, de alguma forma me deixa triste, porque ela não é assim.
— Eu sei que é inoportuno, mas porque ele fez aquilo?— questiona Lutero.
— Não quero fala disso, eu só quero que ele pague pelo que fez, ou o que ia tentar fazer, só de imagina me deixa enjoada.— ela diz com asco.
— Essa noite era para ser um momento para você se distrair, me sinto culpado.— confesso e me surpreendo quando ela abre um sorriso sincero, pega na minha mão e diz.
— Tirando esse episódio r**m, foi uma noite boa, senhor, e fiquei surpresa ao saber que queria que o a família Taylor fosse expulsa do condomínio.— e pela primeira vez em anos, uma mulher me deixa desconsertado.— Parece que á um coração ai dentro em.— brinca fazendo Lutero ri.
— Quem te viu, quem te ve em Massimo.
— Olha, vamos embora, Lutero pode ir pra casa agora, vamos Maria Clara.— a puxo pela mão para sairmos dali.
Ela não diz nada, somente me acompanha e quando ela não está vendo, um sorriso bobo surge em meus lábios.
Isso não é um simples desejo, o que torna as coisas ainda piores.
Maldita babá gostosa!