ERIC
— Pra onde você vai tão perfumado? — minha irmã abanou a frente do rosto, como se estivesse sufocada.
Eu só passei um pouco de perfume... Em cada parte do corpo.
— Só um pouco de perfume. Não vou andar fedendo, né. — cheirei meu punho. Perfume caro.
— Deixa eu adivinhar. — ela deitou no sofá, com uma revista aberta nas mãos. — Tá indo ver a pinscher...
— Não. Terminei o rolo com ela.
— Ah... Demos graças. — ela comemorou em LIBRAS. — Então tá indo pro puteiro.
— Também não. E como eu não te devo satisfação, vou saindo pro meu compromisso. — peguei meu capacete e saí no quintal, pra tirar a minha moto.
— Não me diga que... — ela veio até a porta e ficou me encarando.
— Como eu disse, não te devo satisfação.
— Você vai arranjar uma bucha daquelas, Eric! Quando esse psicopata
