Capítulo 17

1775 Words
Estava sentada com as crianças, a Charlotte, e a Lívia e a Luísa na mesa, colocando comida para a Cecília e o León, estávamos em uma conversa gostosa sobre ir em um passeio só nos mulheres e deixar as crianças com a dona Anabel. -Olha Maria, tem macarrão! -Sim Leo. -Eu vou colocar um pouco de macarrão para vocês e quando terminarem vou colocar um pedaço da torta que ajudei a vovó Lívia fazer. -Não precisa mentir menina Lana você que fez a torta, e olha tenho certeza de que está uma delícia. -Hum se a Lívia elogiou eu quero experimentar para ver se realmente é boa mesmo. – Charlotte admitiu empolgada. Após risadas e bagunça das crianças, estávamos tendo um bom almoço, até o carrasco... opa digo João Miguel entrar com uma mulher e se sentar na mesa, a mulher era alta o salto ajudava, ela era bonita, cabelos loiros corte Chanel, pele branca, olhos claros, mas eu presumo que pelas roupas e a bolsa ela é uma interesseira de quinta, mas não posso julgar afinal a mulher parece estar grávida. -Boa tarde. – O homem falou ao se sentar e colocar da macarronada. -Boa tarde. – Respondemos um pouco baixo. Olhei para Cecília e ela parou de comer e abaixou o olhar, achei estranho olhei para a frente e a mulher olhava fixamente para as crianças, me curvei um pouco para falar com a Cecília. -O que foi amor, por que não está comendo? Você não gostou? – perguntei, eu sabia que ela tinha gostado, mas precisava fazer ela falar algo. -Não…. Mãe Lana tá gostoso, mas eu quero colo… - mesmo sem entender eu afastei minha cadeira um pouco e a coloquei no meu colo. Era perceptível o desconforto de todos perante aquela mulher. -Amorzinho, desde quando a criadagem come na mesa com o patrão em? – Não é possível que estou ouvindo uma coisa dessas. Senhor me dê paciência. -Mamãe… eu tô com medo. – León estava segurando a barra da minha blusa, eu com a mão livre consegui segurar sua mãozinha. Olhei para a Lívia e a Luísa, e elas estavam com o olhar baixo e não mexiam na comida, era como se esperassem uma ordem, mas que merda tá acontecendo aqui! Olhei para a Charlotte ele estava com uma cara de tédio e brincando com o macarrão. -Charlotte e Luísa se vocês não começarem a comer eu vou deixar as duas sem sobremesa! – Declarei, se ninguém vai falar eu vou eu em. -Você não ousaria? – Charlotte me olhou semicerrando os olhos, arqueei uma das sobrancelhas a encarando e a mesma começou a comer, ao olhar para Luísa ela também estava comendo, sorri para a Lívia que também voltou a comer e me lançou um sorriso doce. -Agora vocês dois, Cecília você precisa comer se não vai voltar para o hospital, você quer voltar para lá? Eu imagino que não né. – A questionei e a mesma apenas negou com a cabeça, a coloquei sentada na sua cadeira de novo e voltei a colocar na sua boca, enquanto ela estava mastigando ajudei Leon a ficar confortável na cadeira novamente. – Come meu amor, depois eu deixo vocês comerem a sobremesa tá bom. – As quatro crianças apenas acenaram em concordância. Voltei a comer também, e olhei para frente sendo observada pela mulher que ainda não descobri o nome, o João comia em silêncio parecia nem estar aqui. -Desde quando criada tem essa autoridade aqui João Miguel. – A escandalosa falou indignada, o João olhou para ela depois para mim. -Não te devo satisfação! – ele respondeu, bebeu um pouco do suco e voltou a comer. -Ei você, quem é você? Nunca te vi por aqui. – Ela estava se referindo a mim, eu continuei a ignorando, não sou obrigada a falar com gente ignorante. -Ei eu estou falando com você! – A encarei com desdém e voltei minha atenção as crianças que estavam caladas comendo, olhei para Charlotte que sorria discretamente e as outras duas, Lívia e Luísa não estavam diferentes. -Lana pode colocar um pedaço dessa sua torta para mim, acabei e estou doida para experimentar. Charlotte pediu e me entregou o seu prato, me levantei e coloquei um pedaço em seu prato, e voltei ao meu lugar, mas eu notei o olhar dos dois que chegaram por último sobre mim. -Prontinho Lotte, aqui. -Entreguei a ela o prato. -Obrigada. -Eu também quero Lana! -Olhei para a Luísa, e ela estava sorrindo, tô dizendo são só crianças que cresceram demais. -Me dá aqui Luh. -Coloquei para ela e entreguei a mesma. -Obrigada Lana. Eu já tinha acabado de comer e ia colocar um pedaço da torta para mim, mas a megera me estendeu um prato e eu olhei sem entender o que ela estava querendo. -Coloca para mim, anda. -A encarei e segui pondo para mim a ignorando, me sentei e o Leon me cutucou. -Pode falar amor o que você quer ? -Eu quero a torta mamãe. – Ele pediu envergonhado. -Eu também mamãe! – Agora foi Cecília que falou animada, sorri para ela e fui colocar para os pequenos, cortei em pedaços pequenos para que conseguissem comer sem engasgar. -Você vai deixar? Você ouviu o que a Maria falou, ela chamou essa mulher de mãe, até onde eu sei a mãe dela está morta ela deveria estar chamando a mim assim! – ela estava com raiva era nítido. -Olha só Agnes você está me dando dor de cabeça e eu estou perdendo a paciência já com esses seus chiliques! – Finalmente o senhor silêncio abriu a boca. Eu continuei apenas observando e cuidado dos meus amores para eles não se engasgarem. -É sério isso, você deixa uma estranha entrar na sua casa, deixa ela mandar nos seus empregados e ainda deixa a pentelha a chamar de mãe, você perdeu a noção só pode! -Ela é minha mãe! – Cecília gritou, e eu até assustei. -Amor calma, não precisa ficar assim, a mamãe está aqui com você e isso é o que importa. - A peguei tentando a acalmar, ela estava chorando. -Você está se achando muito né, acha mesmo que ele vai deixar isso se prolongar, logo, logo eu vou dar à luz a um filho dele e você será jogada para escanteio, e eu vou ocupar o lugar de mãe dessa menina! – Ela falou com raiva, eu jamais vou deixar essa louca com minha filha. Olhei para o meu filho e ele também estava chorando, Leon não gosta de gritos. -Leon amor… está tudo bem hum, está tudo bem anjinho. -Mamãe… tô com medo… -Eu sei amor, eu sei… Lívia você pode levar o Léon para a cozinha para mim por favor. -Posso sim Lana, vem príncipe a vó Lívia vai te tirar daqui. – Ela tentou tirar ele, mas ele segurou minha blusa e não soltou. -Já deu dessa palhaçada me dá a Maria e pega esse piolhento e vai embora. -Ela veio para tirar Cecília de mim, mas eu a segurei com mais força. -Leon vai com a vó Lívia por favor eu já vou atrás de você. – Ele me largou e foi. -Eu vou te dar três segundos para tirar suas mãos da minha filha ou eu vou te mostrar do que realmente uma mãe é capaz por um filho! – A olhei seria, e ela parece ter entendido o recado já que se afastou. -Luísa leva a Cecília para ficar com o Leon por favor, meu amor você vai ficar um tempo com a tia Luísa está bem? -Tudo bem, vem Maria, agorinha a sua mamãe vai lá. – Ela foi mesmo não querendo, após ter a certeza que meus filhos não veriam nada eu olhei novamente a mulher que estava a minha frente. Me aproximei dela e puxei seu cabelo para baixo e sussurrei bem perto do ouvido dela. -Se você encostar na minha filha ou no meu filho de novo eu te garanto que será a última vez! – A soltei e me afastei. -VOCÊ FICOU MALUCA, VOCÊ ME AGREDIU E ME AMEAÇOU! EU ESTOU GRÁVIDA. – Ela gritou. -Fala baixo porque tem duas crianças ali do lado que estão com medo desse seu chilique! – Eu permaneci firme. -VOCÊ VAI DEIXAR ESSA LOUCA FALAR ASSIM COMIGO JOÃO. -Olha só Agnes né, primeiro que se você estivesse mesmo grávida, eu tenho certeza que seu corpo inteiro teria mudado, e eu sei do que estou falando, segundo vamos ver se esse filho que você se gaba é mesmo dele porque pelo seu jeito de oferecida pode ser de qualquer um, e terceiro espero que não precise dar o recado novamente! – me virei para sair mais senti algo acertar meu braço, olhei e vi uma faca no chão, meu braço estava sangrando um pouco, não foi um corte profundo por sorte. -Ficou maluca garota, você entra na minha casa e acerta uma das minhas amigas com uma faca, saiba que podemos te processar por agressão! – Charlotte ficou furiosa com o feito da “grávida” e o João estava estático, parecia não saber o que fazer. Eu fui até a doida e dei um tapa na sua cara. -Da próxima vez que você querer bater em alguém faça isso frente a frente e não pelas costas! – Ela veio para me bater também mas foi segurada pelo João. -Já deu desse seu show né Agnes, você passou dos limites! – Ele falou com a voz grave, parece ter finalmente acordado. -Se eu te ver perto dos meus filhos acredite eu mato você, eu não estou brincando não me testa! E João se você não souber adestrar suas cadelas, eu faço isso por você, nem sempre os homens têm o pulso firme para lidar com selvagens! – depois de ter dito o que precisava e admirar as faces espantadas tanto da Agnes quanto do dono da casa eu saí sendo seguida pela Charlotte. -Vem eu vou te ajudar com esse machucado aí vamos ver as crianças. – Ela encostou no meu braço e eu apenas assenti a seguindo até um banheiro, lá ela me ajudou a limpar e colocou uma gaze com esparadrapo. Saímos e fomos encontrar com meus amores, eles estavam brincando com a Lívia e a Luisa enquanto comiam a salada de frutas. -Obrigada por olhar eles. – Agradeci as duas. -Não precisa agradecer, já estamos acostumadas com a Maria e o León é bem calminho. Apenas sorri e fui pegar um pouco da salada de frutas para mim, e a Charlotte me seguiu, nos sentamos e passamos um tempo na cozinha distraindo as crianças.
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