Capitulo 12

1389 Words
João Miguel Duas semanas que Maria Cecília voltou para casa, graças a Deus ela estava bem, eu não me perdoaria se tivesse acontecido algo com minha única filha, até porque foi por falta de atenção minha, mas também foi culpa da louca da Agnes, desde do dia que Cecília tinha sumido, a própria não me procurou mais, eu deveria estar preocupado, mas agora eu estou mais interessado na saúde da Maria, essa semana ela vomitou de madrugada e está com febre altíssima, pedi minha mãe para levar ela no médico, já que não passou nos dois primeiros dias. Eu estou em uma reunião, sobre a venda de um novo resort hotel que quero construir na Califórnia, mas o problema é que nenhum dos meus investidores atuais querem ser o principal investidor, conversando com meu amigo e com alguns de meus assistentes resolvemos fazer uma palestra nas universidades não para comprarem meu hotel mas para ajudar na propaganda, o que pode acabar resultando em um investidor majoritário, então era isso que iríamos fazer, o plano é organizar a palestra para o próximo mês, eu vou bancar a obra do hotel é claro, e assim quando aparecer um comprador / investidor, seria divido 40% que seria a minha porcentagem e 60% do outro sócio, mas também há a possibilidade de dividir 50 por 50 depende do quão disposto a pessoa está a investir. Estava no meio da discussão, mas meu celular não parava de vibrar no bolso, resolvi atender logo. Ligação iniciada -Alô… -Filho sou eu, o médico terminou de examinar a Maria. -E como ela está? Já sabe o que ela pode ter? -Agora ela está no soro, foi medicada e está dormindo… Sim o médico conversou um pouco com ela e ele acha que pode ser um m*l-estar psicológico emocional, ela está sentindo falta de alguém… -Ela perdeu a mãe, claro que vai sentir falta às vezes, até ela entender a situação…. Mas ela nunca ficou assim nesses dois anos. -Não se faça de sonso João Miguel, você sabe muito bem de quem ela sente falta, eu só vou dizer mais essa vez, se você não deixar a Maria Cecília se encontrar com aquela garota que cuidou dela eu mesma irei entrar com uma ação para tomar a guarda dela! - Eu sei o que é melhor para minha filha, e não vou colocar uma pessoa qualquer na vida dela! -E deixar sua filha doente, para manter seu orgulho intacto é uma justificativa!? Olha só eu já avisei, vou deixar a Charlotte aqui com a Maria e vou procurar o contato daquela menina, se você não tomar iniciativa eu tomo por você, mas não vou ficar parada e ver minha neta m*l porque o pai dela é um i****a! Ligação encerrada. Ainda abismado com o que minha mãe disse, guardei o celular de volta no meu terno. -Era a tia Anabel? Como está nosso anjinho? – Lorenzo, que foi o único a ficar na sala comigo, perguntou. -Era sim… ela está tomando soro…, mas vai ficar bem! – Acho que afirmei mais para mim do que para qualquer outro. -Pela cara que fez quando desligou eu acho que a tia te deu uma bronca, e das grandes, por que brigaram? – Ele quis saber. -Ela queria me convencer a deixar a Cecília se encontrar com a tal mulher que cuidou dela… só pode estar ficando louca de vez. – Resmunguei enquanto massageava minhas têmporas. -Mano ainda não entendi esse teu chilique com a garota, ela te fez o favor de cuidar da sua filha e cuidou muito bem, agora que a menina quer encontrar ela você não quer deixar, deixa de ser cabeça dura… - Ele falou organizando os papéis nas pastas. -Lorenzo não me enche tá! – Me levantei para sair da sala também. -É estou vendo que prefere ver a pequena em um hospital a deixar ela ver aquela mulher de novo… é a saúde da sua filha que está em jogo, talvez a Lotte e a tia Anabel estejam certas, pensa bem… Eu tenho que ir até mais tarde. -Tudo bem, eu vou pensar… até depois. – Ele seguiu para seu carro e eu fui para o meu, iria passar no hospital e depois iria passar no escritório dos meus pais para deixar uns documentos e pegar uns contratos. No hospital Cheguei no quarto que a minha filha está ficando, ela está dormindo, e a Charlotte tá no celular, desde que ela me pediu para levar a Maria para a tal da garota lá e eu não deixei ela não está falando comigo, na minha humilde opinião se é que posso opinar, isso tudo é um exagero, todo mundo querendo meter o nariz no que permito ou não, eu sou o pai, então eu sei o que é melhor para ela, assim que deve ser… -Papai…- Cecília despertou, ela está bem fraquinha, não estava comendo nada e se comia vomitava. -Oi minha princesa, como você está? Quer alguma coisa? -Tia Lotte… quero água…- Ela tá igual a Charlotte fala comigo as vezes na maioria das vezes pede as coisas para Luiza, a Lívia, a Charlotte ou meus pais… porque essa birra toda, todos precisam entender que uma estranha não vai fazer minha filha melhorar do dia para noite… -Eu pego meu amor, só um minutinho. Charlotte largou o telefone e foi pegar a garrafinha com água, deu na boca da pequena, deixou na mesinha do lado da cama e voltou para o sofazinho para seu celular. Me sentei na cama do lado da Maria e ela virou para o outro lado, já iria falar algo, mas a porta do quarto foi aberta e o Doutor Felipe entrou por ela. -Vejo que a pequena Maria acordou, como está se sentindo, consegue me dizer? – Ele se aproximou da cama e ela confirmou com um aceno, a ajudou a ficar sentada e começou a fazer uma avaliação, enquanto continuava a conversar com ela. -Maria Cecília, você pode contar por que não quer comer a comida que minha amiga trouxe? – Ele perguntou a ela que olhou para a Charlotte, a mesma veio e segurou a mãozinha da minha filha. -Pode falar para ele amor, ele é amigo. – Charlotte falou enquanto passava a mão nas costas da Cecília. -Cecília quer comer a comida da mamãe Lana. – Ela falou e abraçou a Charlotte. - Mais papai não quer me deixar ver a mamãe. – Ela começou a chorar. - Maria eu já te expliquei, ela não é sua mãe de verdade, ela só cuidou de você por uns dias não pode achar que ela é sua mãe! – Essa história de mãe já estava me dando dor de cabeça, ela precisa entender que a mãe dela é a Luana e infelizmente está morta! -Dr. Felipe você pode pedir para meu irmão sair do quarto, a Cecília vai piorar com ele brigando assim com ela. Olhei incrédulo para minha irmã, e a mesma me olhava de cara fechada e séria, claramente ela não gostou do que falei, mas eu não estou falando nenhuma mentira. Essa mulher colocou na cabeça da minha filha que era mãe dela e agora a menina tá aqui sofrendo. -Senhor Hernandez… poderia … -Não me peça para sair é minha filha que está nessa cama de hospital! – Já cortei a fala dele me posicionando. -Certo, vou dizer ao senhor o que passei para sua mãe e acredito que ela já tenha lhe falado, Maria Cecília está abalada emocionalmente, seja lá quem for essa mulher que ela chama de mãe é melhor a trazer aqui para fazer a sua filha comer ou teremos que entuba- lá, ela já está bem fraca e se acontecer de ela ter uma convulsão o senhor será o culpado… -Doutor Felipe precisamos de você no quarto 135 o paciente desmaiou enquanto estávamos examinando. – O doutor foi interrompido por uma das enfermeiras que abriu a porta. -Com licença, senhorita Charlotte você poderia me acompanhar, irei aproveitar para te ajudar a pedir algo mais leve para dar a criança. -Claro, só um momento. – Ela se virou para a Cecília e deu um beijo na testa da mesma, a ajeitando na cama. -Eu já volto tá bom, se comporta bebê. - Ela me olhou e saiu pela porta acompanhando o médico.
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