Bruno
Assim que chegamos eu e os caras nos espalhados, formei três grupos e fomos cada grupo pra um lado. Logo de início achei um barraco e fui me aproximando devagar.
Tainá: Pode vir Bruno - então a c****a tava me esperando.
Assim que ela terminou de falar fomos supreendidos por tiros, os caras atiravam muito em nós e eu temia pela minha filha, era a única coisa que eu pensava, eu não me importava se estaria vivo no final de tudo isso, mas a minha filha precisa estar ilesas.
Não dava pra saber de onde vinham os tiros, nós apenas tentávamos nos esconder e atirar pra tudo que é lado.
Em um momento eu olhei pra perto do barraco e vi a Tainá com minha filha na porta, a loira desgraçada sorria, era um sorriso de prazer, um sorriso psicopata, acredito que ela queria morrer, ficar parada ali com esse tanto de tiro é suicídio oque faz o meu desespero aumentar, congelei no lugar em que estou, ver que ela segura minha filha em sua frente é desesperador imagino que algo possa acontecer e minhas pernas parecem enfraquecer no momento. Tiro forças de onde eu nem sabia que tinha, o medo, o apavoro e o instinto de pai, de protetor é oque me torna forte nesse momento.
Vitória chora muito, e tenta entrar de volta mas a Tainá segura ela e não deixa
Bruno: Minha filha c*****o!! - não pensei em nada, só sai correndo no meio das balas. Eu posso morrer tudo bem mais minha filha não.
Assim que cheguei no barraco eu empurrei a Tainá e a Vitória pra dentro. Tainá tava com uma peruca azul na cabeça horrível.
Levantei a fuzil e atirei na cabeça dela fazendo jorrar sangue e cérebro pra tudo que é lado. Não pensei na minha filha e no apavoro dela ver o pai fazendo uma atrocidade dessa, me arrependo de não ter me contido e fazer o que fiz na frente da minha filha mas o ódio falou mais alto, se eu tivesse feito isso lá no início anos atrás muita coisa teria sido evitado inclusive esse perigo que minha filha tá correndo no momento
Quando eu fui pegar a Vic, minha filha correu com medo e um aperto grande parece ter esmagado meu coração, lágrimas inundam meus olhos mas contenho o choro, então lembrei do dia que a Júlia me
Perguntou de quando a Vitória descobrisse que o pai dela matava pessoas. Um remorso grande se apossou de mim e uma tristeza profunda, não quero que minha filha me veja como um monstro. Pra ela eu sou o herói, e sempre vou ser.
Tento pegar a Vitória pra esconder minha filha atrás de alguma coisa mas ela chorava e gritava, eu tava sujo de sangue e um corpo com a cabeça estourada estava jogado no chão.
Situação que criança alguma gostaria de viver. Assustei quando a porta do barraco foi aberta e por ela passou o Rael. Vitória correu pros braços dele, e agarrou firme em seu pescoço.
Rael: p***a mano!! - esfrega as mãos nas costas dela tentando acalmar minha pequena que solução entre o choro
Bruno: Não pensei! - esfrego as mãos na cabeça desejando que tudo isso seja um pesadelo
Os tiros haviam diminuído muito
Rael: Os cara recuaram, nem sei de onde erram. Não deu pra ver ninguém
Bruno: Também não vi nada. - tentei chegar perto da minha filha mais nada, ela não queria vim. Então deixei ela com o Rael e voltei pra fora.
Depois de uma hora nós saímos de lá, já estava tudo seguro, a Júlia me ligou umas mil vezes nesse tempo. Quero só vê quando a Vitória contar o que eu fiz.
Assim que chego em casa e deixo a Vitória aos cuidados da Júlia vou falar com meu mano. O dia já havia amanhecido, e eu estava acabando, tanto físico quanto mental
Bruno: É, nossa noite foi f**a né não!? - acendo um cigarro - Mas terminou bem. Valeu por ter ido comigo em mais essa.
Rael: Nois tamo junto mano, não é por que vou deixar o tráfico e vou embora do morro que não vou te socorrer
O Rael me lança um sorriso, aquele sorriso estilo Rael, que ilumina o dia da gente. Meu mano já me tirou de cada uma, e também já aturou cada uma vindo de mim.
Bruno: Eu devo muita coisa a tu meu bruxo - abraço meu amigo, meu irmão e me despeço dele.
Entro em casa e tá tudo silêncioso, entro no banheiro e tomo um banho quando saio a Júlia já está na cama sentada.
Júlia: Tu matou alguém na frente da Vitória Bruno!
Bruno: Amor desculpa, eu tive muita raiva não me controlei, a Tainá queria colocar a Vitória no meio do tiroteio.
A Júlia me olhou incrédula, e colocou a mão na boca, vi quando uma lágrima escorreu pelo rosto da minha mulher. Então fui até ela e a abracei forte.
Júlia: Eu quero ir embora daqui, não aguento mais.
Bruno: A gente vai
No fim a Júlia tem razão, é muito perigoso, o crime ta em mim, nas minhas veias como o sangue é a única coisa que sei fazer da vida mas tenho que pensar na minha filha, na minha família. Elas estão pagando pelos meus erros, e tá na hora de rever o que é mais importante, o crime ou minhas meninas. O morro, o tráfico, a minha posição no crime, a facção e os lugares que estou tomando conta, eu tô crescendo no ramo, muita coisa acontecendo e minha facção era coisa que eu queria a mó cota tá ligado, mandar no meu próprio morro, sem baixar a cabeça pra ninguém, sem receber ordens. É o que eu quero, porque é isso que eu sei fazer, mandar, matar, exportar, traficar, assaltar e tudo de r**m que se pode imaginar, eu amo uma tortura cara e não é por pouca coisa que muitos aí me chamam de Picasso, é pelas artes que já fiz em muitos corpos, sou dono de várias torturas cabulosas e adoro isso. Mas o meu orgulho mesmo mano, é minhas meninas, é ser um bom pai um bom marido. Do que adianta eu ser o fodão do tráfico e não ser feliz, viver triste por aí. Eu não quero, já senti a dor de perder minha família e jurei que nunca mais isso ia acontecer, e se o custo é largar minha vida e aprender a viver como um cidadão de bem, então segura fí que lá vou eu!