O DONO DA PO**A TODA 2° A REDENÇÃO

CAPÍTULO 40

Júlia

Mal consigo caminhar, sou muito mimada por todos a minha volta, e o Bruno tá um grude só. Ainda mais agora que eu to parecendo uma pata, tá difícil pra tudo e m*l posso esperar pra ganhar logo minhas bebês. O quartinho das gurias está pronto já, sim minha gente. São meninas, Alice e Clara, minhas duas princesas, foi difícil entender que agora terei que criar dois bebês de uma vez, essa notícia de ter gêmeos mexeu comigo, muitas vezes me perguntei se seria capaz, e percebi que sim. Já passei por muita coisa na vida e elas me tornaram uma mulher forte e destemida. E amo tanto a maternidade, amo ser mãe e amo muito essas duas sapecas que não param de me chutar.

Já estou com 8 meses e duas semanas, minha cesáriana tá marcada pra semana que vem, as bebês já não tem mais espaço na minha barriga.

Elas crescem rápido e minha estátura é pequena, já vi que vão puxar pelo pai, o Bruno parace um armário, vixxi falando nele.

Vejo meu ogro entrar no quarto com uma bandeja cheia de coisas gostosas, mas que não tenho ânimo nenhum de devorar.

Bruno: Minha princesa, vamo comer um pouquinho?

Júlia: Aí amor para, só esse cheiro me embrulha o estômago

Tento levantar da cama, mas só consigo com a ajuda do Bruno, minha gente cês não tem idéia do tamanho que eu estou. Pensam em uma guria baixinha, de 1,55 grávida de gêmeos. Estou um terrível, mas feliz, muito feliz.

Mesmo mais uma vez estando longe da minha família, da minha terra, eu estou feliz, semana que vem meu pai e minhas irmãs vem pra receberem Alice e Clara, tô tão feliz com tudo agora sim minha vida se acertou meu marido se acertou, claro a gente não pode sair do morro, eu saio muito pouco agora mesmo faz muito tempo que não ponho a cara na rua.

Mas antes eu ia só de vez em quando, passear com a Vitória e com dois seguranças atrás, o que é chato e é perigoso, muito perigoso. A sensação que tinha é que ia morrer ou ser presa a qualquer momento

Júlia: Tá sai pra lá. Quero ser independente

Bruno: Eu quero te ajudar!

Júlia: Bruno é só um xixi, deixa eu fazer o meu xixi em paz!

Ele puxa um pouco a porta mas dá pra ver que meu ogro continua lá fora, esse ogro viu

Bruno: Tá bem?

O comportamento super protetor do Bruno mais meus hormônios são um desafio diário viu. As vezes tenho vontade quabrar tudo e xinga pra c*****o.

Júlia: Sim Bruno estou bem

Digo já abrindo a porta do banheiro, ele segura minhas costas como se eu fosse cair a qualquer momento, que homem bobo. Assim que sento na poltrona Vitória entra no quarto com uma barbie nas mãos e um óculos de sol enorme no rosto

Vitória: Oi gente

Bruno: Que coisa linda, quem deu?

Vitória: Minha dinda Jéssica, o Gabi também ganhou

Júlia: Que lindo

Vitória: Teus pés viraram bolas - diz apontando pra baixo e com cara de apavoro. E sorrio

Julia: É normal em mulheres grávidas

Olho pra minha cama e lembro de quando eu podia dormir bem, com esse friozinho o tempo ta gostoso e tudo que eu queria era poder dormir uma noite toda, tô tão cansada, meu corpo tá todo dolorido, tudo em mim dói e ainda tem o sono que não me larga nunca. Caminho devagar até a cama aproveitando que o Bruno saiu do quarto e me aconchego na cama, abraço minha filha sentindo seu cheirinho o Bruno também deita assim que volta

Ele começa a beijar meu pescoço e faz carinho na minha barriga, as meninas ficam doidas elas se mexem muito, adoram o pai

Bruno: Elas tão feliz, elas querem conhecer o papai - faz graça

Júlia: Elas já podiam nascer né

Bruno: De fato

De repente o rádio toca e mais uma vez o Bruno vai ter que sair de casa pra resolver problemas. O Menor tá fazendo uns negócios pra fora, em outra região nem sei o que é mas tem a vê com a tal facção, eu não sei como pode, olha por tudo que o Bruno já passou, e o Menor também tudo por causa do crime e mesmo assim não aprendem, tão sempre na arte. São burros ou retardados.

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Um mês depois

Me despeço do pai com um abraço forte e apertado, ele ficou de voltar mais vezes e espero que ele realmente volte, minha família é tudo pra mim

Assim que eles saem eu volto pro sofá com o choro preso na garganta, dói ter que ver eles partirem, dói saber que não posso saí desse morro sem me preocupar se volto pra casa ou não, isso não é vida. Mas foi o preço que resolvi pagar pra ficar com o Bruno e sei que isso faz de mim uma pessoa muito i****a. Mas muito feliz. Nunca imaginei que viveria isso com ele, voltar a confiar nele foi difícil. Mas ta valendo a pena.

E sei que ele não vai me decepcionar nunca mais. Bom, eu espero.

Me achonchego no sofá e penso em tudo que já passei na vida, em todas as humilhações em todas as mentiras que tive que contar pra minha mãe pra poder esconder de onde vinha nosso sustento, lembrei de cada lágrima que já derrubei, lágrimas de tristeza, de felicidade.

Lembro da minha mãe, do quanto queria ela presente na minha vida, no céu deveria ter horário de visita, eu queria poder contar pra minha mãe que eu sofri, sofri pra c*****o mas venci, hoje sou feliz tenho uma família linda que amo, queria poder mostrar minhas filhas pra ela, e o principal pedir perdão por não estar presente no último momento de vida.

De repente meu choro é atrapalhado por uma voz grave e forte que eu amo, a voz que me acalma

Bruno: Que ta pegando?

Bruno havia ido levar meu pai e as gurias no aeroporto, mais havia ido rápido ou eu que pensei por um longo tempo

Júlia: Foi voando em? Tava aqui lembrando só.

Bruno: Então não lembra, não te quero triste amor, tu é tudo pra mim, Bruno sem Júlia não existe, mais uma vez eu te peço me perdoa por tudo, tu é minha vida eu te amo muito minha pequena.

Me achonchego em seus grandes braços, e fico ali sentindo seu cheiro amadeirado, e ouvindo ele cantar uma música ridícula que não sei de onde ele tirou isso.

No meio da madrugada acordo com o rádio do Bruno gritando, mais uma vez problemas e tem gente que diz que traficante não trabalha, aff

Com o barulho do rádio minhas duas pitocas acordam e o que me resta é passar o resto da madrugada embalando as duas, minha sorte é que Alice e Clara são muito quietas e só choram pra mamar, tenho babá em casa mas gosto de eu mesma cuidar delas. Coisa de mãe protetora.

Converso com Alice que faz bico pra chorar, e assim que o Bruno sai ela abre o berrero depois logo se acalma.

Coloco elas pra minha cama e tiro uma foto, olha só eu na madrugada com essas coisinhas em cima de mim e tirando foto, poxa era pra eu tá dormindo ou tá fudendo o que faz tempo que eu não faço.

O único que se satisfaz é o Bruno, eu ajudo meu ogro a se aliviar, e eu fico já que ainda não posso nada ainda.

Quando já está quase amanhecendo o Bruno chega, noto quando afunda a cama

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2 anos depois

Bruno

Vejo minhas meninas correrem e brincarem na praia, p***a mano não tem preço tudo isso na moral

Agora sim posso ser livre, tomei minha liberdade de volta, matei o filha da p**a que tava atrás de mim e ainda fiquei com o comando dele aqui no Brasil. Foi uma guerra que parecia interminável, perdi vários caras mas venci. E fiz nome nessa p***a. Hoje sou o chefe Bruno. Comandante de uma facção no brasil e já iniciando trabalho fora tambem. Pode crer mano que ainda vou ter a maior facção que esse brasil ja viu, a cada dia que passa vamos juntando mais e mais aliados na família.

Tô grandão tio, tô bem pa caraio véio.

Júlia: Essas três são arteiras demais. Credo.

Bruno: O Ju, Vitória tá com 6 anos a Alice e Clara 2, acho que já dá pra fazer os meninos né amor?

Júlia: Tá doido né? Ta querendo me matar? Da logo um tiro. Aqui fechou meu bem!

Júlia levanta do meu colo e corre até às crianças que brincavam com o Gabriel

Já passei por muita coisa na minha vida mano, m*l conheci minha mãe, na real eu nem lembro dela, quando estava internado m*l na U.T.I Rael disse que ela foi me ver, que pediu perdão por tudo, mas ela morreu antes de eu ficar bem, ela estava muito doente por conta das drogas e do trabalho que ela passou nas ruas. E se tu me perguntar se eu teria perdoado minha coroa, eu te digo que sim mano, eu teria, o Bruno antigo cheio rancor e com o ego enorme não teria não, se bobear teria até matado minha própria mãe, mas agora tiw, eu me arrependo e muito por não ter a chance de ter chamado alguém de mãe. Na verdade foi o que eu sempre quis. Alguém pra chamar de mãe, uma casa cheia pra chamar de família. A primeira coisa eu não consegui, mas a segunda estamos vivendo. Tive a graça de ter minhas meninas. Meu quarteto fantástico.

Por muito tempo eu tentei esconder esse sentimento r**m que morava dentro de mim, por ter um pai que me espancava e me machucava todos os dias, por não ter um colo de mãe, alguém para me cuidar, dar conselhos e me apoiar.

Mas tudo passou, cresci um cara frio e m*l mas aí quando eu menos esperei apareceu minha baixinha, a mulher da minha vida, a mina que roubou meu coração desde a primeira vez que eu a vi. Júlia me ensinou a ser alguém, a ser mais humano, a amar e ser amado.

Me deu três filhas lindas e me deu a coisa mais preciosa desse mundo, uma família pra eu amar e cuidar.

Sou completamente louco por minhas meninas. Quem diria que a "prostituta" e o "bandido" teriam uma família e seriam felizes.

Toma preconceito!

FIM...