CAPÍTULO 12

1023 Words
Bruno Assim que vou chegando na rua que a Júlia mora, já vejo minha gata sentada no cordão da calçada com as mãos na cabeça. Com ela estão duas meninas morenas também e idênticas, devem ser a tal da Alana e Aline irmãs dela, e também tem um homem, um cinquentão, deve ser pai. Assim que Leleu para o carro do outro lado da rua a Júlia levanta rápido e vem em nossa direção, ela tá com o rosto vermelho, com certeza de chorar e o olho meio roxo Júlia: Filha, tu tá bem?! Ela diz alisando o rostinho da Vitória, e pega a menina do meu colo, assim que a Júlia pega a Vitória o pai dela vem até mim e me acerta um belo soco na boca. Ele vem pra dar outro mas a Vitória começa a chorar e a Júlia pede pra ele parar, e ele sai dali sendo arrastado por uma das meninas. p***a veio, essa é uma bela maneira de conhecer o sogrão. Esse é dos meus. Eu limpo a boca, senti o gosto de sangue, o tiozão acertou em cheio. Doeu pra caraio Júlia entra pra dentro de casa com a Vitória e eu me despeço do Leleu, agradeço por tudo, e entro. Eu sei que não fui convidado mas que se dane, agora é hora de conversar com a Júlia, e sei que não será uma conversa fácil, mas teremos que conversar ela querendo ou não. Abro a porta da casa bem devagar, ela fechou pra com certeza eu entender que não sou bem vindo. Minha garganta da um nó, no meu estômago parece que tem milhões borboletas. Faço de tudo pra controlar o choro, mas as lágrimas são teimosas de mais pra parem no seu devido lugar. Entro e vou caminhando, ouvindo a Júlia conversando com a vitória. Vitória: Ele me deu bolacha do Bob esponja mãe, e disse que meu pai ia ir me buscar. Eu nem acredito que tu compro um pai pra mim. A Júlia sorri enquanto tira a roupa da Vitória, e leva ela pro banho. Fico ali apenas admirando as mulheres da minha vida, aquelas que são as coisas mais importante pra mim. E eu tive que perder elas pra dar valor, mas eu juro que isso nunca mais vai acontecer, eu não vivo sem essas duas princesas. A Júlia tá mudada, ela tá uma mulher forte, ela sempre foi forte com personalidade, mas agora tá muito mais. E p***a mano, ela tá gata pra c*****o, um corpo fi de deixar neguinho maluco, e isso me dá raiva. Penso que ela pode tá com alguém, mas daí, sinto muito ele vai virar churrasco. Ela tá cheia de tatuagem, tipo menina rebelde, super top gostosa de mais. Ela termina o banho da Vitória, conversando coisas aleatórias com ela, assim que ela desliga o chuveiro e abre o box, ela dá de cara comigo parado na porta do banheiro, com as mãos no bolso. Ela me olha nos olhos por segundos, eu vejo raiva e muita mágoa no olhar dela. Mas posso sentir, ela me ama, eu sei. Júlia: Tu pode voltar pras tuas putas!! Vitória: Que, que é p**a mãe? Júlia olha pra menina que a observa curiosa, ela tenta disfarçar sorrindo. Vitória me olha e sorri também. Vitória: Pai, eu vou fazer uma maquiagem linda em ti tá? Pera eu me vestir. Bruno: Tudo que você quiser amor. Júlia: Vih teu pai vai ter que sair agora Bruno: Papai não vai não Júlia: Papai vai sim! - esbraveja Júlia pega a Vitória no colo e segue pro quarto, enquanto me diz uma pá de coisas. Mas eu nem ligo mano, eu fico e ponto final. Vitória: Mãe, para de brigar, tu acabou de compra meu pai, e ja tá brigando? Ele ainda tá novinho. - sorrio com a idéia dessa menina. Júlia: Não estou brigando filha, é que teu pai veio com alguns problemas de fábrica. Mas amanhã a mãe vai no Procon Júlia diz olhando pra mim, mas continuo não ligando pra nada. Faço de conta que não ouvi, assim que ela termina de vestir a Vitória, ela pula pro meu colo e posso ver a raiva estampada nos olhos da Júlia. Ela sai do quarto batendo o pé, e eu fico lá. Sendo o modelo de make da minha filha. Isso é a melhor coisa do mundo. Sinto meu telefone vibrar e vejo que veio uma mensagem do Rael, dizendo que tá tudo bem. E que eles voltam pro Rio mais tarde, ele pergunta quando volto. E mando outra dizendo que não tenho dia pra voltar. Só saio daqui com minhas meninas, eu quero minha alegria de volta e não vou abrir mão fácil disso _____________________________ Júlia Termino de cortar a cebola e limpo as lágrimas. Não sei se elas caem por causa do Bruno ou por causa da cebola mesmo. Eu espero muito que seja a última opção. Mas apesar de tudo eu amo esse ogro, mas não admito nem a p*u, nem sob tortura. E ele não vai entrar na minha vida pra destruir tudo que eu consegui levantar. A Vitória tá muito feliz e eu feliz por ela. Minha filha sempre sonhou em ter um pai, e agora o seu sonho se tornou realidade. Pena que o sonho dela é meu grande pesadelo. Me corta o coração mas ele não pode ficar. Eu não quero o Bruno na minha vida e se molengar agora ele vai se aproveitar e vai me infernizar, isso se não fizer de qualquer jeito eu voltar pro Rio com ele, querendo ou não e viver trancada lá enquanto ele vive na rua comendo as putas. Já passei por isso uma vez e juro que não vou passar de novo. Coloco tudo no fogo, e vou até o quarto da Vitória olhar o que eles tão fazendo. E quase morro rindo, claro tentando fazer silêncio. O Bruno tá com uma sombra azul forte e um batom vermelho, até nas orelhas, além de tá cheio de tops no cabelo. Bom pelo menos hoje não sobrou pra mim, ser a cobaia da Vitória.
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