Bruno
Meu eu não acredito! Como aquela vagabunda entrou na minha casa c*****o!? Minha cabeça gira e minha alma parece ter deixado meu corpo, a sensação de impotência me pega por inteiro. Não que isso seja verdade mas é que mais uma vez minha filha em perigo, mais uma vez não fui capaz de proteger meu bem mais precioso. É como uma sensação de covardia, desespero, angústia, decepção comigo mesmo.
Bruno: E os moleques da contenção!? - depois de alguns segundos consigo retomar o ar
O moleque fica parado, imóvel na minha frente sem conseguir me responder, eu aperto com tanta força o pescoço dele, que vejo aos poucos os olhos dele se fechando na minha frente.
Júlia: Para com isso! O que foi!?
Júlia me sacudia e me perguntava o Menor tentava falar comigo, mas eu só tinha raiva quando eu pegar essa Tainá ela vai se arrepender. A Júlia da um soco nas minhas costas e então eu saio do meu transe e largo o menino, logo o Rael vem pra cima ajudando o cara. Na moral, acho que matei o guri, mas espero que não. Se não essa será mais uma vítima inocente.
Eu olho pra Júlia com os olhos inundados em lágrimas e ela chora também.
Júlia: O que é Bruno!!?
Bruno: A Vitória foi sequestrada
Eu não termino de falar e a Júlia sai dali correndo e eu e as meninas atrás, a Júlia nunca vai me perdoar se algo acontecer com minha Vitória, eu nunca vou me perdoar. Se algo acontecer com minha filha, depois de eu matar a Tainá de uma forma bem lenta eu me mato, não terei mais razão pra viver sabendo que não fui homem pra proteger o meu bem mais precioso. Já na rua a Júlia corre rápido e desesperada, na corrida mesmo eu já passei o rádio pros menor não deixarem ninguém entrar ou sair do morro.
Pergunto se ninguém viu a Tainá e eles dizem que não, mas como ela entrou e saiu da minha casa sem ninguém ver!? Isso eu não intendo essa história não bate, e mil fita se passam na minha mente
Assim que chego em casa Júlia entra chorando muito e eu fico ali olhando e pensando em como vou matar esses dois filhos da p**a.
Bruno: Como que ela levou minha filha!?
****: Nois não vui patrão
Dou um soco na cara desse viado, e pego meu rádio. E então Menor chega em um carro com mais três vapor
Menor: Já sabe como que ela conseguiu isso mano? Já dei umas volta pelo morro mais nada tio, ninguém viu nada
Bruno: Vou encontrar ela! Ah se vou! Leva esses dois pro forno
Os carinha logo começaram a chorar e implorar, mais ninguém mando vacila fio, as regras aqui são claras
Assim que entrei em casa já ouvi os gritos da Júlia, eu subi as escadas e entrei no quarto vendo minha mulher jogada na cama, chorando horrores.
Dói ver minha baixinha assim. As meninas e a dona Maria estão aqui, dona Maria chora também e me olha com medo. Ela já sabe que quem vacila comigo uma vez não vive pra vacila de novo. E esse é meu maior arrependimento no momento, ter deixado aquela loira vagabundo vacila comigo. Eu fiz muita merda com a guria, ela sofreu pra c*****o nas minhas mãos porque por três anos eu cumpri ela por algo que eu fiz, então agora achei justo deixar a mina viver em paz, mas pelo visto foi um erro, e talvez seja o maior erro de toda a minha vida e isso eu jamais vou me perdoar.
Dona Maria: Bruno, eu não vi eu juro - ela implora
Bruno: E tu veio aqui pra que!? Não foi pra cuidar dela c*****o!? - digo alterado gritando, e já levanto a mão pra senhora baixinha e idosa que está a minha frente, mas aí eu abaixo e penso na covardia que estava prestes a fazer.
A Júlia não diz nada, ela continua com a cabeça de baixo nos travesseiros.
Dona Maria: Sim patrão, mas eu não ouvi nada. Assim que vocês saíram eu fui deitar e logo depois um vapor dos seus me chamou, eu achei estranho. - entei na cama, assim que ela falou um vapor dos meus. Tem traidor no meio eu sabia - Ele me chamou na porta dos fundos, dizendo que ele tava fazendo a guarda da parte de trás da casa. Ele me disse que estava com fome e queria algo pra comer. Eu fiquei com dó e arrumei, aí quando eu subi eu vi a porta do quarto da Vitória aberta fui ver e ela não estava mais lá.
Mais que p***a essa veia tá falando!? Eu nem tenho vapor nos fundos da casa, lá e vigiado por câmeras. O que é bom numa hora dessa.
Dona Maria: Então eu procurei e chamei por ela e nada, desci as escadas e a porta tava aberta. Daí quando eu fui ver com os meninos da frente eu vi eles falando que a Tainá levou a Vitória. Então chamei o Pedro que conheço desde de pequeno e sei que não ia me trair e mandei avisar o senhor.
Assim que ela termina eu levanto rápido e vou até o meu escritório olhar as câmeras, e sim vejo que o Jão um dos vapores que ficavam na porta da minha casa estava nos fundos com dona Maria. Esse viado me paga, e vai ser bem caro. Sai de casa e peguei minha moto pra ir atrás mas antes passei a visão pelo rádio que eram pra subir trinta homens pra minha casa, e rápido. Assim que coloquei o rádio na cintura eu parti na velocidade da luz pro forno. Entrei e os carinhas ainda choravam, assim que eles me viram o Dedin já começou a falar.
Dedin: Patrão, eu falei que ia da r**m. Eu só fui saber depois quando ela passou, eu não sabia o Jão que tava comendo ela.
Jão: Ela me enganou chefe, e eu sei que errei pode fazer o serviço.
Bruno: E eu vou nos dois, mas antes quero saber cadê minha filha moleque.
Jão: No mato perto do Redentor
Bruno: Não apaga ainda, vou ver se é verdade. - digo pro menor
Sai de lá e chamei no rádio vinte homens, todos bem armados e municiados, não sei o que vou encontrar, então né. Entro em um dos carros que usamos pra invasão e outras coisas e partirmos, o Rael foi comigo mais uma o mano tá do meu lado.
Agora o foco é encontrar minha filha e matar a Tainá, ela e os dois filhas da p**a.