Não somente o silêncio fica com a sua partida, mas também um vazio no meu coração. Daniel ficou com uma parte dele.

886 Words
Ele segura meu rosto com as duas mãos, e volto a sentir seus lábios. Sinto o tremor nas minhas mãos, o nervosismo tomando conta de mim. Ele percebe e, com uma doçura que me desarma, beija minha boca, sua língua lambendo meus lábios com lentidão, descendo pela minha garganta e voltando até minha orelha. Cada movimento é preciso, sensual, e quando sua língua passa novamente pela minha garganta, sinto meu corpo inteiro se aquecer de desejo. Ele sabe o que provoca em mim e sorri, me beijando com mais intensidade, como se estivesse me consumindo. É como se novas emoções surgissem em mim, inesperadas e intensas. Aos poucos, vou me entregando, me acalmando, me deixando levar por essa paixão avassaladora que sinto por ele. Daniel, então, cuida de mim com uma ternura que me faz derreter. Ele me olha com uma intensidade que me deixa sem fôlego, antes de me beijar de novo, mais forte, mais urgente. Eu ouço o zíper do meu vestido deslizando, e logo ele está me descobrindo. Seus lábios encontram meus ombros, e a sensação me faz estremecer. Seus beijos são ardentes e certeiros, como se ele soubesse exatamente onde e como me fazer perder o controle. Uma vozinha dentro de mim tenta alertar que talvez eu devesse parar, mas é como se minha alma já soubesse o que quero há tanto tempo... Eu o desejo, quero esse abraço, esse beijo. Antes que eu perceba, o vestido já está no chão, e ele se afasta um pouco para me admirar. Eu estou ali, quase nua, sentindo o olhar dele queimando a minha pele. Daniel retira sua roupa devagar, e cada movimento dele me deixa mais hipnotizada. Seu corpo forte, sua pele bronzeada, seus olhos ardendo com uma intensidade que me faz tremer. Meu coração bate mais rápido, minha boca seca, e eu estremeço de desejo. Não posso controlar as reações do meu corpo. Ele se aproxima de novo, sua boca encontra a minha, e a paixão entre nós é tão forte que parece um fogo que consome tudo ao redor. Ele começa a explorar meu corpo, suas mãos tocam minha pele com firmeza e delicadeza, como se estivesse me descobrindo. Ele me beija, me toca, e a cada movimento, sinto que estou perdendo o controle. Ele me guia, me domina, e cada sensação é mais intensa que a anterior. Quando seus lábios encontram meu pescoço, a onda de prazer é quase insuportável. De repente, ele se afasta, e eu abro os olhos para ver o brilho em seu olhar. Ele está quase à beira da loucura, e isso me excita. O medo e o desejo se misturam dentro de mim, mas o desejo é mais forte. Ele me prepara, e, quando percebe que está difícil, seus olhos buscam os meus, como se pedisse permissão. — Sim — eu sussurro. — Eu sou virgem. Ele hesita, os olhos brilhando com uma emoção que me confunde, mas não diz nada. Ele tenta novamente, e sinto sua ereção quente entrando lentamente em mim. A dor é forte no começo, mas ele vai devagar, aliviando a pressão até que, finalmente, o prazer começa a tomar conta de mim. Nosso beijo se intensifica, e o ritmo de nossos corpos se torna implacável. Eu chego ao ápice, e a explosão de prazer me faz gemer alto. Isso parece tocar algo nele, e ele grita, mas logo entendo o que está acontecendo. Ele ainda está dentro de mim, mas sua ação é mais intensa, mais profunda. Quando ele finalmente se solta, me abraça, e ficamos ali, tentando recuperar o fôlego. Ele se afasta levemente e me olha com uma intensidade que eu não sei como lidar. Seus olhos revelam mais do que palavras poderiam expressar. — Eu tentei... — ele começa, mas eu coloco um dedo nos seus lábios. — Shh... Eu vi — respondo, sorrindo levemente. — Não se preocupe. Você pensa demais. Ele suspira, e há uma tristeza nas suas palavras. — A vida me fez assim. — Eu te amo — eu confesso, e ele estremece, sua respiração se acelera. Ele não diz nada, mas seus olhos falam o que as palavras não conseguem. Seus dedos tocam meu rosto com uma suavidade que me dá arrepios, e quando ele se aproxima de novo, nossos lábios se encontram com uma calma que eu não esperava. Ele se afasta lentamente, e, sem dizer mais nada, me beija a testa. —Preciso ir. —Eu sei. —Digo e lhe dou um leve sorriso. —Sexta-feira é outro dia que meu pai chega tarde. Eu irei te ver. —Por quê? O que ele faz nesses dias? —Às vezes sai para beber, outras vezes para jogar. Seu rosto enrijece, seus cílios escuros se agitam, mas ele não diz nada. Desvia seus olhos dos meus e começa a colocar as suas roupas. Eu faço mesmo. Logo estamos trocados olhando um para o outro. —Vou indo. —Está certo. Ele envolve o meu corpo com o seu abraço forte e beija delicadamente a minha testa e depois os meus lábios. Ele então se afasta e sem esperar que eu o acompanhe até a saída, deixa a casa. Não somente o silêncio fica com a sua partida, mas também um vazio no meu coração. Daniel ficou com uma parte dele.
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