Chegamos em frente a uma mansão, esses granfino são tudo igual mermo, não tem onde enfiar dinheiro aí constroem um barraco desse tamanho pra abrigar uma pessoa só com tanta gente passando frio pra fora. Desci do carro acompanhado de Amaral, depois de andar um pouco entramos na casa.
- Ainda não entendi pq quer que eu fique aqui. - Eu disse insistindo nas mesmas perguntas e ele me encarou sério.
- eu não tenho tempo pra ficar lhe dando respostas que Nando deveria ter te dado, só entenda que aqui é o lugar mais seguro que encontrou pra ficar. Tenho uma filha e uma sobrinha, não comente nada com elas por enquanto sobre você ser... braço direito do dono da Maré. - Rolei os olhos.
- pode ficar de boa, passo longe de mina patricinha.
- assim é melhor mesmo. Lucia vai te mostrar seu quarto. - Ele disse apontando pra uma das empregadas parada na ponta da escada, ele deu as costas e saiu. A moça me levou pra cima onde tinha portas que não acabavam mais, pra que tanto quarto pra 3 pessoas? Lucia abriu uma das portas e me deparei com um quarto mó da hora.
- Quando precisar de algo é só chamar, recebi a informação de que suas coisas logo chegam e eu virei organizar. - Estranhei, parece que o cara sabia mermo que eu ia aceitar essa palhaçada, mas é só pelo meu irmão, embora ele ache que eu sou um trouxa e nao tenho competência pra saber das coisas dele. Me joguei na cama e fiquei um tempo lá pensando.
~ Letícia ~
Cheguei do shopping com Laura carregada de sacolas, avistei meu pai vindo do seu escritório e estranhei, ele nunca estava tão cedo em casa, mas sorri e ele nos deu um beijo na testa.
- oi meninas, se divertiram?- ele perguntou e Laura riu.
- isso explica?- ela levantou as sacolas.
- muita coisa. - ele disse rindo. - Quero que recebam bem meu novo hóspede.
- hóspede?- perguntei com uma sobrancelha arqueada.
- sim, é um garoto que ficará um tempo aqui, mas nao se preocupem, ele nao tera muito contato com vcs. - dei de ombros.
- ta, vou subir guardar essas coisas.
- vou junto. - Laura disse e assim fizemos, quando terminamos de subir e estávamos andando pelo corredor trombamos no tal garoto, que roupas eram aquelas? meu Deus, urgência de moda total. Da onde meu pai tirou ele? Ele nos analisou e olhou fixamente pra Laura que já tava toda derretida por ele, ela adora um vagabundo, como pode?
- e aí, GK. - ele disse e eu arqueei uma sobrancelha, antes que eu perguntasse que nome era aquele Laura falou na frente.
- Laura e ela é Letícia. - ela disse sorrindo, ele riu baixo.
- de boa... vou indo.
- quer ajuda pra alguma coisa?
- eu sei descer as escadas sozinho. - eu ri e ele saiu, Laura me olhou com os olhos brilhando.
- Lê, que menino é esse? viu os olhos dele? e o sorriso?
- calma Laura, nao era tudo isso também né, vc tem que manter o foco. Vamos. - eu disse puxando ela e entramos no meu quarto, é claro que ela passou o resto do dia falando no tal do GK e o quanto ele era bonito. É ele era bonitinho, mas tinha que ser mais que isso pra me conquistar.
o que eu realmente achei estranho foi meu pai acolher alguém que nunca vi na vida, mas eu evitava me meter nos negócios do meu pai, eu confiava nele e sabia que se ele estava fazendo aquilo é porque é algo que deve ser feito.