capítulo 01
OLIVER
A vida é um jogo de quebra cabeça, todas as peças são importantes para concluir esse jogo, se uma peça se perder ou ficar fora do lugar tudo desanda, e no quebra cabeça que era minha vida, todas as peças estavam fora do lugar.
Será que existe alguém mais ferrado e infeliz na vida do que eu? tenho certeza que não, respondi meu próprio pensamento, respirei fundo e soltei vagamente o ar que prendia em meus pulmões.
Minha vida está uma confusão só, Desde a morte do meu pai as coisas desandaram de uma forma desastrosa, minha mãe está em depressão desde então, e isso já tem oito anos, eu não sei mais o que fazer com ela, já tentei tudo quanto é tratamento mais nada adiantou, e ainda tenho que lidar com minha irmã caçula e rebelde pra variar, Thea vira e mexe se mete em problemas por causa de drogas e bebida, suspiro pesado mais uma vez sentindo toda a tensão se acumular em minhas costas. sem falar que minha empresa está quase indo a falência.
Áh mais não para por aí, como se nada pudesse piorar, minha mulher me abandonou me deixando sozinho com uma bebê recém-nascida, minha pequena Beatrice, a única alegria que tenho nessa vida desde que tudo começou a dar errado para mim.não sei dizer em que momento da minha vida tudo deu errado, mais sem dúvida alguma meu casamento com Samantha foi um erro gritante. nosso casamento foi uma das coisas que fiz mas logo em seguida me arrependi, não estávamos apaixonados, mais fui irresponsável e ela acabou engravidando, eu não queria casar, mais ela ameaçou a tirar a criança se eu não me casasse com ela, e agora a desgraçada me abandonou sem nem se importar com filha pequena, simplesmente disse que não aguentava mais nossa vida e foi embora. e agora fiquei sozinho para cuidar dela, a pobrezinha não para de chorar, não sei mais o que fazer com ela, estou a ponto de ter um colapso nervoso.
Sou tirado dos meus pensamentos pelo som estridente do meu celular.
Atendo no segundo toque.
- Oliver!
- Dig graças a Deus! suspiro aliviado ao ouvir a voz do meu amigo.
- Te liguei pra saber como estão as coisas, sua forma cautelosa de falar me faz saber que minha resposta não será uma surpresa.
- Pior impossível! minha resposta é acompanhada por um tom mau humorado.
- A Bia não para de chorar, minha mãe sofreu outra crise e Thea ainda não chegou em casa, sem respirar falo tudo de uma vez só.
- Você é pai Dig, me diz o que eu faço com minha filha?meu pedido parecia mais uma súplica.
- Oliver, a sara nunca foi de chorar assim, e também a Laila sempre está por perto, realmente não sei como te ajudar irmão. seu suspiro pesado não passando despercebido pôr mim.
- Tudo bem, respondo ao passar a mão na cabeça tentando em vão me acalmar enquanto tento ninar minha filha que continua chorando.
- O que aconteceu com a babá dela? Dig pergunta interessado.
- Foi embora, não deu conta do serviço, ela não conseguia fazer a Bia se acalmar, ou talvez eu tenha sido um pouco duro com ela, mesmo não o vendo podia jurar que nesse momento meu amigo estava maneando a cabeça de forma negativa para mim.
- Espero que as coisas melhore pra você Oliver, Dig fala com calma e em suas palavras sinto sinceridade.
-Bom, pelo menos acho que um dos seus problemas eu consegui resolver, tenho a pessoa certa pra ser sua assistente ,amanhã mesmo ela vai te procurar na empresa, eu pessoalmente vou levá-la, ela é uma amiga, chegou agora na Cidade e está hospedada aqui em casa...
- Graças a Deus! pelo menos isso, quase grito ao o interrompendo e suspiro aliviado escapa de minha garganta.
- Obrigada Dig, você me ajudou muito, sou sincero.
- Não precisa me agradecer Oliver, você é meu amigo queria poder ajudar mais, ele responde em um tom triste.
- Eu sei, mais só de saber que tenho sua amizade já me sinto melhor, nos vemos amanhã então? pergunto, agora um pouco mais animado.
- Nos vemos amanhã, ele responde e logo em seguida desliga o celular. levanto da poltrona e mais uma vez tento colocar minha filha para dormir, seu bercinho cor de rosa a acomoda perfeitamente e mesmo assim não consigo fazê-la se acalmar.
- O que eu vou fazer com você meu amorzinho? por que está chorando tanto? minha voz é baixa e calma,
Deus como é difícil cuidar de um bebê, eu já fiz tudo, dei banho, leite, mesmo assim minha filha não se acalma, não consegue dormir e isso me desespera.
- Filha por favor, papai tem que descansar também já está tarde e eu preciso acordar cedo amanhã, mesmo sabendo que ela não me entende insisto em conversar. ela chora mais alto e isso me faz bufar.
Passei horas minando ela no colo e finalmente ela foi vencida pelo sono e dormiu. deixei minha pequena no quarto e fui vê como estava minha mãe, e como da última vez que eu a vi, ela estava dormindo um sono tão pesado que nem o choro alto da Bia a incomodou.
- Meu Deus por favor eu preciso de um anjo em minha vida com urgência! suplico em silêncio.
Saí do quarto de minha mãe disposto a tomar um banho e finalmente tentar dormir e descansar, o dia de hoje acho que foi o pior de todos, mas é claro que minha noite não podia terminar sem entrar em uma discussão com minha irmã rebelde.
- Thea, isso são horas? pergunto sem rodeios assim que a vejo subindo a escada.minha expressão nada feliz não a incomoda e como resposta apenas recebo um revirar de olhos.
- Até parece que você se importa Oliver, sua resposta é seca e deboxada. caminho rápido em sua direção e sinto o cheiro forte de álcool invadir toda a sala.
- Thea pela amor de Deus você está bêbada! constato o óbvio apenas em vê como ela nem se aguenta em pé.
- A por favor Oliver, eu ja tenho dezoito anos, sou maior de idade, faço o que eu quiser tá bom! você não manda em mim me deixa em paz, levo a mão em minhas têmporas massageando lentamente já, prevendo uma forte dor de cabeça, iguinoro sua afronta e falta de respeito temporariamente.
- Preciso que fique com a Bia amanhã pra eu poder ir trabalhar, falo um pouco mais calma e mudando o foco da conversa, já tive estresse demais por hoje.
- Sinto muito Oliver , mais eu já fiz planos pra amanhã, ela responde sem nem ao menos me encarar e entrando em seu quarto.
- Thea por favor! a babá foi embora, tento disuadi-la mas falhando miseravelmente.
- Se tivesse pedido antes eu não teria feito planos, sinto muito Oliver, ainda sem me encarar responde dando ombros.
- E o que espera que eu faça ? pergunto quase gritando
- Leva ela com você ué, você tem um monte de funcionários, alguém vai te ajudar, Thea nem ao menos me deixa retrucar, simplesmente fecha a porta em minha cara. fecho os olhos contando até dez.
Agora mais essa! Não tem como minha vida ficar pior.fui para meu quarto e tomei um banho quente, estava tão tenso que nem sentí que a água estava muito quente.a cama parecia que tinha espinhos minha cabeça estava tão pesada que nem uma posição era confortável para mim.
Mau consegui dormir, acordei com o choro da minha filha, pelo menos já tinha amanhecido, arrumei a Bia e dei o leite que eu já tinha deixado na mamadeira, e como não tinha outro jeito levaria ela comigo para o trabalho, internamente eu rezava pra que um anjo aparecesse e me ajudasse com ela.
Dei uma olhada em minha mãe, e dessa vez ela estava acordada, mais como sempre não disse uma palavra, apenas me encarava com um olhar vazio e perdido, lhe dei um beijo na testa e fui pra Q.C, nem me dei ao trabalho de vê se a Thea estava em casa, era cedo demais pra me estressar.
- Passei pela entrada da Q.C com a Bia chorando em meu colo, ignorei todos os olhares direcionados a mim, peguei o elevador indo direto pro andar da presidência, só esperava que o Dig já estivesse me esperando, entrei em minha sala me deparando com uma moça loira que mais parecia um anjo, parei de supetão assim que a moça sorriu, seu sorriso era encantado e milagrosamente me deixou mais calmo.
FELICITY
Faz exatamente dois dias que cheguei em Star city, as únicas pessoas que conheço aqui são Dig e Laila, meus amigos, eu morava com minha mãe em central city, mas depois do que eu descobri decidi me mudar pra Star city, minha mãe é claro não quis me deixar vir, mas eu sabia que se eu ficasse, iria enlouquecer com ela me sufocando o tempo todo.
Graças a Deus Dig e Laila estão me ajudando, eles são os únicos que sabem a verdade sobre mim, e ao contrário de minha mãe não fica o tempo todo me lembrando o que eu tanto quero esquecer, eu sei que ela não faz por m*l, mas mesmo sem querer ela acaba me sufocando. estou animada hoje mesmo vou a uma entrevista de emprego, trabalhar era tudo o que eu queria nesse momento, preciso manter a mente ocupada.
- Já arrumou suas coisas felicity? sou tirada dos meus pensamentos, pela voz de Laila e os gritinhos de Sara.
- Sim, finalmente consegui arrumar tudo, respondo sorridente e fechando a porta do guarda roupas.
- Onde está o Dig? pergunto ao mesmo tempo que jogo um beijo para a pequena que sorri para mim.
- Ele está falando com o seu futuro chefe, sua resposta veio acompanhada de um sorriso.
- Acho que amanhã mesmo vocês já vão se encontrar, Dig está marcando uma entrevista pra você, sorrio satisfeita, era tudo o que eu precisava, um emprego, bato palminha em animação.
- Pronto, amanhã você já tem uma entrevista logo cedo, Dig fala sorridente ao se colocar atrás da esposa que o recebe com um beijo no rosto.
- Que tal a gente jantar? eu vou pôr a sara pra dormir enquanto vocês põe a mesa, Laila fala em tom autoritário já saindo do quarto.
Fizemos o que ela pediu e fomos direto pra cozinha arrumar a mesa.
- No que está pensando? Dig pergunta franzindo o cenho mostrando uma certa preocupação.
- Estou imaginado como é meu futuro chefe, Alguma diga de sobrevivência? pergunto de forma divertida.
- Muita paciência e persistência, Dig responde também de forma divertida.
- Oliver não é uma pessoa r**m Felicity , ele só está com muitos problemas de uma vez só, sua explicação acompanhada de um longo suspiro me faz arqueia uma sobrancelha.
- querida você não precisa se preocupar, eu conheço o Oliver a muito tempo, e tenho certeza que tudo vai dar certo para vocês dois.dessa vez suas palavras me trouxe um pouco de alívio.
- não estou preocupada, respondi enquanto enrolava um mecha de cabelo e Dig sorriu mostrando que não acreditou muito em mim.
assim que Laila voltou
Jantamos entre risos e conversas agradáveis, logo depois todos formos descansar, eu queria que a noite passasse rápido estava anciosa pra minha entrevista de emprego, amanhã séria como um recomeço para mim.
O dia nem bem amanheceu e eu já estava em pé, tomei um banho demorado e tomei meu tempo me arrumando, me olhei no espelho e gostei do que vi, sorrir satisfeita, mais assim que ouvi a voz de Jhon dig deixei um suspiro nervoso passar por minha garganta.
- Não precisa ficar nervosa Felicity, Oliver não é o bicho papão, ele fala com um sorriso divertido no rosto e só agora me dei conta o quanto eu estava nervosa.
saímos sem mesmo tomar café, eu realmente estava anciosa e queria logo começa a trabalhar.chegamos a empresa e fiquei admirada, era um prédio grande e alto, muito bonito pra falar a verdade.
Jhon me levou até um sala, pelo tamanho e decoração, deduzi que essa era a sala do presidente da empresa, ou seja, meu futuro chefe.
Dig e eu entramos, sentei em um sofá e tentei disfarçar meu nervosismo mais falhei miserávelmente pois Dig pareceu perceber
- Está nervosa? sua pergunta veio em tom de brincadeira.mais
antes mesmo que eu conseguisse responder a ele que não estava nervosa, a porta se abriu e imediatamente fiquei em alerta, recebi com um sorriso gentil no rosto o moço louro de olhos azuis que entrava parecendo agoniado, ele parou de supetão assim que me viu, sorri com mais vontade e de forma confiante mais é o bebê chorando em seu braços que chamou a minha atenção.
- Oliver, Dig se pronuncia ao amigo , Oliver me olha curioso, faz menção de falar com Jhon e respondê-lo mais a criança em seus braços chama sua atenção. fiquei observando seu jeito, ele parecia perdido e cansado.
- Essa é a moça que eu te falei ao telefone ontem, Felicity Smoak, dig fala ao apresentar-me.Oliver direciona o olhar novamente para mim, parece estar me analisando, não me incomodo.
- Olá, Bom dia, ele finalmente fala ao me cumprimenta cordialmente, mais não dá nenhum sorriso, sua expressão é seria, eu diria até que, carrancuda.
- Bom dia, respondo com a mesma cordialidade mais ao contrário dele sorrio de forma gentil.
- Você precisa de ajuda com ela? pergunto solicita ao perceber seu desespero em vê a bebê chorando sem parar , não espero sua resposta imediatamente pego a criança de seu colo.
- O que foi princesinha? por que ta chorando? eu sei que não terei resposta mais pergunto com uma voz carinhosa a minando em meu colo enquanto faço um carinho em suas costas, milagrosamente em poucos segundos ela começa a se acalmar e instantâneamente ela para de chorar.
- Você é uma princesinha muito linda, é sim, falo fazendo um carinho em suas bochechas gordinhas e logo a bebê solta uma gargalhada seguida de um soluço, acho que por conta do choro.
- Como você fez isso? Oliver pergunta, sua expressão surpresa não passando despercebida por mim .
- Isso o que? pergunto fingindo não saber qual a sua surpresa, olho pro Dig e ele sorrir dando de ombros.
- Você fez ela parar de chorar, Oliver fala apontando pra princesinha em meu colo que parece um anjinho de tão calma.
- Ah isso, não foi nada, gosto de crianças e elas gostam de mim, dou de ombros,
- Ela só estava estressada, Crianças também se estressam sabia? e como elas não sabem fazer outra coisa choram, falo parecendo óbvia.
Oliver me encara por ums segundos parecendo pensar em alguma coisa importante, seu olhar varia entre mim e Jhon .
- Senhorita Smoak, tenho uma proposta pra lhe fazer, sem rodeios ele vai direto ao ponto. Oliver coloca a bolsa da filha em cima da mesa e Caminha lentamente até mim, seu olhar é intenso e isso me deixa apreensiva, meu subconsciente já imagina o que vai acontecer mais não deixa de pergunta qual proposta ele irá me fazer?
FELICITY
Encarei o homem a minha frente com curiosidade, seu semblante estava cansado e pelo o tom de sua voz percebi um certo desespero.
- Qual a proposta? perguntei sem medo, na verdade eu estava com medo só não quis demonstrar.
- Tem semanas que minha filha só dorme quando se cansa de chorar, eu não sei o que você fez para acalma-la, mais é a primeira vez que a vejo assim, O Senhor Queen aponta o dedo para a bebê fofa e linda que brincava sorridente com os fios do meu cabelo.
- O Senhor ainda não disse o que quer de mim, fui direta ao ponto, eu já suspeitava mais queria ouvi-lo dizer.
- Me chame de Oliver, pediu educadamente e em resposta, balancei levemente a cabeça.
- então pode me chamar de Felicity, pedi, estávamos quebrando o gelo, e bem rápido eu diria. Oliver assentiu em concordância mantendo a postura séria. Será que ele não sorria nunca? penso comigo mesma.
- Quero que venha morar comigo, seu pedido me pegou desprevenida, arregalei os olhos surpresa, por essa eu não esperava.
Jhon que até agora estava quietinho em seu canto levantou-se alarmado.
- Desculpa acho que eu não entendi direito, falei, lhe dei um sorriso forçado e trêmulo.
- Eu disse exatamente o que você ouviu Felicity, Oliver fala mesmo com meu olhar confuso.
- Quero que venha morar na minha casa, preciso que você me ensine como cuidar da minha filha, não faz idéia de quantas babás tive que dispensar por não fazer em três meses o que você fez em segundos, ele expõe seu ponto de vista.
- Oliver eu sei que as coisas não estão fáceis pra você irmão, mas não pode pedir uma coisa dessas pra Felicity, ela veio pra ser sua assistente não a babá da sua filha, Dig veio em minha defesa.
- Oliver posso falar a sós com o Dig, assim que eu falar com ele te dou sua resposta , mesmo a contra gosto ele assente.
- Deixa eu pegar a Bea pra vocês poderem conversar, Oliver pega a mini Queen nos braços mas assim que ela começa a resmungar a tomo de volta.
- Pode deixa eu fico com ela, um suspiro pesado escapa de sua garganta e mesmo contrariado Oliver sai nos deixando sozinhos.
- E você meu anjinho? Por que não foi com o papai hen? Por que? Faço cosquinhas em sua barriguinha e a ouço gargalhar.
- Felicity! Dig me chama parecendo apreensivo.
- Você não está pensando em aceitar a proposta do Oliver né? Dig ergue a sombrancelha quando não ouve uma negação rápida de minha parte.
- Meu Deus você está pensando em aceitar?
- Você acha que seu amigo pode me fazer m*l? pergunto preocupada.
- Não claro que não! se apressa em dizer.
- Felicity Oliver está com muitos problemas no momento, você não faz idéia de como a vida dele está confusa, não sei se é bom pra você ficar no meio de tudo isso entende?
Agora percebo a preocupação de Jhon.
- Jhon eu sei que você, Laila e minha mãe estão preocupados comigo, mas não posso me excluir das coisas, vocês não podem me afastar de tudo, eu quero viver entende isso por favor.
- Então você se decidiu, ele afirma, vai morar com ele. Encaro a pequena Bia, agora dormindo em meu colo, ela é tão linda e tão fofa me derreti toda quando ela ficou tão calminha em meus braços.
- Eu não vou morar com ele Jhon, Vou morar na casa dele enquanto o ensino a cuidar da filha, tenho certeza que vai ser por pouco tempo, digo confiante.
- Você mesmo disse que o coitado está cheio de problemas, talvez eu possa ajudá-lo um pouco que m*l há em querer ajudar uma Pessoa que parece que está a beira de um colapso nervoso?
- Você se apaixonou por ela não foi? meu sorriso emocionado foi sua resposta.
- Você é um anjo Felicity, Tem um coração tão puro e tão bom, merecia muito mais da vida, o que está acontecendo não é justo, não com você, Jhon me abraça com os olhos lacrimejando.
- Cuidado com a Bea, digo limpando o canto do olho enquanto Dig me dá um beijo na testa.
- Eu estou bem Dig, vou ficar bem não se preocupe. fui sincera e Dig Assentiu sorridente.
- Você pode me deixar a sós com o Oliver?
- Claro eu vou chama-lo, assim que meu amigo saiu da sala de Oliver me acomodei no sofá com a mine Queen dorminhoca em meus braços.
Suspirei enquanto pensava, talvez Dig esteja certo, eu me apaixonei por essa coisinha linda a primeira vista,
- meu anjinho falo lhe dando um beijo rápido em sua cabecinha.
- Ela está dormindo? Oliver encara a filha com um olhar incrédulo.
- Acho que ela está cansada, o Senhor disse que ela quase não dormiu por conta do choro.
- Não precisa me chamar de Senhor Felicity, só Oliver está bom, sorri assentindo.
- Eu quero me desculpar pela forma que te abordei, é que eu estou mesmo desesperado, Oliver fala e sinto sinceridade em suas palavras.
- Tudo bem não tem problema, sou sincera.
- Será que podemos sair um pouco? Se eu for morar em sua casa o mínimo que podemos fazer e conversar, quero saber onde eu vou pisar, Oliver desvia seu olhar do meu mais concorda.
- Só espero que depois da nossa conversa você não mude de idéia, Oliver fala parecendo nervoso.
Como eu pedi Oliver me trouxe pra tomar um café, sentamos em uma mesa afastada, Bea continuava dormindo no bebê conforto, como eu não tinha tomado café aproveitei e pedi uma torta de maçã que por sinal estava uma delícia.
- Não vou mentir pra você e dizer que as coisas na minha casa são um mar de rosas, por que não são, Oliver começou a me falar como era as coisas em sua casa, e eu juro por Deus, fiquei com pena do coitado, mais o que mas me deixou brava foi saber que a mãe da Bea o abandonou com ele passando por todos esses problemas, e nem ao menos se importou em deixar a filha de três meses pra trás.
- Nossa que infelicidade, falei assim que Oliver terminou de me contar sua triste história .
Oliver me encarava curioso e nervoso ao mesmo tempo, aposto que estava com medo que eu tivesse mudado de idéia.
- Então Felicity, depois de tudo o que eu te falei, você ainda vai querer morar em minha casa? Sua pergunta me fez desviar os olhos até a mini Queen que continuava dormindo tranquilamente.
- Não sou o tipo de pessoa que se assusta com qualquer coisa Oliver, falei confiante.
- É claro que eu vou te ajudar, assim que lhe dei minha reposta, Oliver sorriu aliviado e esse foi o primeiro sorriso que eu vi estampado em seu rosto.
- Mas tem um porém, falei séria e Oliver franziu o senho confuso,
- Você vai tomar um banho de sal grosso, eu vou tomar um de sal grosso, e todo mundo na sua casa também, e eu ainda estou pensando se não é melhor te levar na igreja e pedir para um padre te benzer, Oliver arregalou os olhos assustado em minha direção, não resisti e soltei uma gargalhada,
- Você estava brincando né? assenti ainda sobre o efeito do meu descontrole.
Oliver suspirou aliviado e mais uma vez exibiu um mínimo sorriso, até agora eu já contabilizei dois sorrisos, mesmo que fosse de alívio , já estava bom.
Oliver decidiu que não iria mas trabalhar por hoje, ele queria que eu fosse logo pra sua casa, eu também achei que seria melhor mesmo, pra quê adiar, além disso não acho que a Bea dormiria tão tranquila a noite como dormia agora.
Depois que saímos do café,fomos direto pegar minhas coisas, estranhamente eu estava me sentindo muito bem com o novo rumo que minha vida tomou.
- Você tem certeza que quer mesmo fazer isso? O tom de preocupação da Laila de fez dar um mínimo sorriso.
- Tenho sim Laila, eu ja falei com o Jhon ,vocês não precisam se preocupar comigo eu vou ficar bem, disse tentando tranquiliza-lá.
- E quanto a sua mãe? você sabe que ela se preocupa com você Felicity, soltei um suspiro pesado enquanto terminava de fechar minha mala, se eu soubesse que as coisas fossem ser tão diferentes do que eu tinha planejado nem tinha desfeito as malas.
- Eu vou falar com a mamãe depois prometo, Laila assentiu e não tocamos mais no assunto,minha mãe.
- Pegou tudo o que vai precisa ? Oliver pergunta solícito,
- Ainda não conversarmos sobre o seu apagamento Oliver fala parecendo nervoso.
- Não conversarmos sobre muitas coisas, mas acho que podemos resolver isso outra hora, falei dando um meio sorriso e Oliver assentiu.
Oliver pegou minhas malas e com a ajuda de Jhon pôs em seu carro enquanto eu me despedia de Laila e da pequena Sara, de esguelha vi quando Jhon falava com Oliver, aposto que estava ameaçando ele de morte se fizesse alguma coisa comigo , sorrir com esse pensamento, Jhon sempre se comportou como um irmão mais velho.
- Vamos? ouvi Oliver me chamar.
- Se cuida e qualquer coisa me liga ok? Laila fala me dando um último abraço.
Assenti lhe retribuído o carinho com outro abraço e fui me despedir de Jhon.
- Não esqueça de tomar seus remédios direito, e qualquer coisa me liga, sorrir com suas recomendações, de irmão mais velho.
Assim que entrei no carro de Oliver ouvi os gritinhos de animação da mine Queen que dessa vez acordou sem chorar, muito pelo contrário parecia bastante animada e feliz.
- Eu nunca vi minha filha assim, mesmo quando a mãe estava por perto ela nunca esteve tão calma como agora, dessa vez Oliver me deu um sorriso feliz, e era um sorriso lindo, seu sorriso de número três era o meu preferido até agora, constatei com alegria .
Não demorou muito e logo chegamos a mansão dos Queens, era uma linda mansão por fora e por dentro, mas assim que coloquei os pés dentro da casa com a Bia em meus braços, senti um peso no ar, era como se aqui a tristeza fosse a força predominante, eu teria muito trabalho a fazer nessa casa pelos próximos meses, soltei um longo suspiro, talvez minha vinda pra essa casa tenha sido uma providências Divina, se Oliver precisava de ajuda, eu ficaria feliz em ajudá-lo.