BOCHECHAS VERMELHAS

841 Words
— Muito obrigada, Nicolás. De verdade. — Tranquilo, Sam. - ele disse colocando o corpo desacordado da Jessie sobre a cama de Jason, ao lado de Amanda. Ambas estavam apagadas. Segundo o Klaus, foi por causa de uma balinha que elas ingeriram. Então, Nicolas, como o príncipe que é, se ofereceu pra trazer as meninas e meu primo pra casa dele. — Ia ser muito difícil levar essas duas pro campus sem causar um falatório. Sem contar com o seu primo. — Estou começando a repensar se vai ser bom mesmo Breno vir morar aqui... - coloquei as mãos no bolso traseiro da minha calça enquanto saíamos do quarto. — Ele vem? - Nico não escondeu a falta de animação. — Ao que tudo indica - dei de ombros descendo as escadas ao lado dele. - Onde Jason vai dormir? — Pedi para Lamar ficar de olho nele, ele mora sozinho em um apartamento aqui perto, então tranquilo. - explicou — Jason estava bêbado pra caramba e ainda por cima, ele e a Amanda tão brigados, ele ia acabar fazendo m***a. — Como sempre. - resmunguei. Nicolaa seguiu pra cozinha e eu fiquei parada, vendo Breno roncar no sofá. Eu tava bem chateada com ele. Breno quem deu as balinhas pras meninas. Elas não tem costume de usar esse tipo de coisa, são duas patricinhas mimadas, a coisa mais errada que devem ter feito na vida foi m***r aula, aí ele vem e faz essa m***a. — Aqui - Nicolas me entregou um copo com água e um comprimido — É pra dor de cabeça. Sorri tomei tudo, deixando o copo sobre a mesinha de centro sussurrando um obrigada. — Porque você não bebe? - Perguntei, sentando em um degrau da escada. — Eu faço muita m***a quando eu tô bêbado. - ele se sentou ao meu lado. — Mais m***a que o Jason? — Pensa nas besteiras com o Jason faz e multiplica por cem... — Melhor não beber mesmo - brinquei e empurrei o ombro dele rindo. — Você gosta de beber, né? — Eu gosto de fazer coisas que as pessoas acham que eu não seria capaz de fazer... - dei de ombros como se não me importasse, mas a verdade era que eu estava surpresa por falar isso a ele. — Só me vêem como uma garotinha bonita, que não pode fazer nada de errado, então as vezes eu gosto de mandar todos irem se f***r. — Eu gosto disso - ele comentou baixinho — Você me surpreende cada vez mais, Samantha. Eu neguei com a cabeça olhando para meus tênis. Gosto muito desse par. — Você também, Nicolas - Falei de repente. Era vergonhoso, mesmo que fosse verdade. Ele riu e imideceu os lábios com a língua. — E eu gosto dessa sua mania... - falei rápido, me arrependendo logo em seguida. — Mania? — É - imitei seu gesto e ele riu. - Para com isso, Nicolas - murmurei. — O quê? — Suas bochechas! — O que que tem, elas? - Perguntou tocando-as com as duas mãos, o que o deixou parecendo uma criança travessa. Eu quis gritar. — Elas tão vermelhas! Quando eu falei isso, ele ficou todo envergonhado. As bochechas ficaram mais vermelhas do que antes, não só as deles, mas as minhas também. — Que p***a, garoto. — Porque tá brava? - Perguntou rindo, mas ainda estava com vergonha — Você me deixa com vergonha e ainda fica brava? — Porque te ver assim me da vontade de te beijar! Ele parecia tão surpreso quanto eu. — Então me beija... - ele se aproximou rindo. Tentei me afastar, mas ele foi mais rápido, e segurou minha mão com todo o carinho do mundo. Nicolas se aproximou até as pontas dos nossos narizes se tocarem levemente. Seus olhos verdes estavam dilatados e ele me olhava com tanta intensidade que eu fiquei assustada. — Me beije. - ele ordenou com a voz extremamente rouca. — Agora. Eu não podia, mas eu queria mais que tudo. Eu tomei a iniciativa e me aproximei, tocando seus lábios macios e doces. Uma corrente elétrica passou pelo meu corpo, quando suas mãos subiram até meu pescoço. Era quente e me trazia uma sensação de aconchego que eu nunca havia sentido antes. Um fogo tomava conta do meu corpo, mas ao memo tempo, um frio se espalhou por meu estômago. Borboletas. Elas ainda estão vivas. Eu podia sentir o gosto do drink que ele preparou em sua língua, o que tornava tudo ainda mais memorável. Nico separou nossas bocas e me encarou. Suas iris verdes brilhavam e então ele sorriu, sorriu de um jeito que eu nunca vi, reduzindo minhas barreiras e meus medos a **, me nocauteando. Antes que eu pudesse falar algo, ele invadiu minha boca com pressa. Como se precisasse daquilo pra viver tanto quanto eu. Não era calmo como o primeiro, era sedento, exigente. Fogo encontrando pólvora. Era a primeira vez que eu beijava alguém em uma escada, e eu estava, amando cada segundo.
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