UMA CHANCE

907 Words
Levantei apressada, eu estava atrasada outra vez. Noite passada eu não consegui dormir pensando em Breno Ele não tinha parecido desde terça e já era sexta. Ele só havia mandando uma mensagem avisando que estava bem e revolvendo uns problemas em casa e quando eu perguntei quis problemas eram, ele me mandou um: "Não se preocupe, Samy" Por incrível que pareça, Amandinha ainda estava dormindi, mas Jess já estava terminando de se arrumar. — Bom dia, Samy! - a empolgação estava exposta em toda sua face. — Bom dia... - me sentei na cama calçando meus chinelos — Qual motico de tanta animação? abri os braços me espreguiçando. — Hoje é sexta. — Então, já que você está tão de bem com a vida, euvoualmoçarcomaelishahoje — Oi? — Eu vou almoçar com a Elisha hoje. O sorriso em seu rosto angelical sumiu. Achei que ela fosse brigar comigo, ou ficar brava, mas ela apenas disse: — Não deixe Elishate enganar com aquele papo de Cady Heron, de meninas malvadas, ela é Regina George. — Quando vai me dizer o motivo de tanto ódio? - perguntei levantando. — Eu tenho que sair, marquei de tomar café da manhã com a Hazel e umas amigas - ela pegou sua mochila e antes de sair estalou um beijo na minha bochecha. Depois de chamar Amanda, que também ia se atrasar, eu saí pra tomar banho. Demorei mais que o esperado, já que o banheiro estava lotado. Por isso era bom levantar cedo. Voltei do banheiro enrolada na toalha, simplesmente porque eu havia esquecido de pegar uma muda de roupa. Any não estava mais no quarto, ela tinha aula fora do campus hoje, por isso nem deu tempo de tomar banho, espero que ela tenha conseguido pela menos escovar os dentes antes de sair. Eu não me importava mais de estar atrasada mesmo, fui me arrumar. Eu como sempre, vesti minha calça jogger preta, meu coturno meio militar, o problema era a blusa, eu estava em dúvida. Não sabia se escolhia o cropped preto sem mangas ou o branco com mangas longas. Ouvi baterem na porta. De duas uma, uma das meninas esqueceu a chave, provavelmente Jessie já que ela fazia isso com frequência, ou Breno resolveu dar as caras depois de me dar um belo chá de sumiço. Fui até a porta e abri. — Qual você acha que fica melh- Nico?! Eu estava de boca aberta. Ele também estava surpreso. Talvez por meus s***s estarem cobertos por apenas um sutiã cinza de rendinha. É. Provavelmente. — O que você quer? - Perguntei quebrando o silêncio incômodo. — Você sempre abre a porta assim? - debochou irritado. Oi? — Eu pensei que fosse uma das meninas ou Breno. Porque eu tô me explicando? — Breno já te viu assim? Porque ele parece bravo? — O que você quer? - repeti ignorando seu pequeno surto de c- não. Não use essa palavra. — Que você se vista... - ele sorriu bobo, mas parou de sorri quando olhou pros meus p****s! Eu bufei e entrei no quarto, o folgado entrou junto, como se fosse o dono do lugar. Noah se sentou na minha cama e cruzou as pernas. Eu sentia seu olhar queimando na minha pele. E eu só queria fugir, como um vampiro sem anel protetor foge do sol. Para de me olhar! Peguei o cropped preto. Vesti a mesma roupa de sempre. — Agora, o que você veio fazer aqui? - Perguntei cruzando os braços e encarando o belo espécime sentado na minha cama. — Vim saber porque você está me evitando. — Eu? Porque eu estaria te evitando, Nicolas? — Isso que eu quero saber. — Olha, Nico, você tá se dando muita importância, cuidado com esse ego inflado... Ele riu e passou a língua pelos lábios, me fazendo desviar o olhar. — Eu não consigo tirar você da cabeça... - sua voz saiu meio rouca e eu fiquei em choque, vendo ele levantar e caminhar lentamente até estar parado na minha frente. - Eu queria ter falado com você antes, mas você passou toda a semana me ignorando. — Sobre o que você quer falar? Ele estava na minha frente, seus olhos verdes hipnotizantes estavam vidrados em mim. — Sobre nós. — Não existe um "nós", Nicolas. Foi só um beijo, emoção, coisa do momento... Falei aquilo pra deixa-lo com raiva e fazer sair do meu quarto e da minha vida. Não foi fácil evita-lo, uma verdadeira prova de sobrevivência, e talvez se ele me evitasse, fosse mais fácil pra mim, em todos os sentidos. Mas ele fez exatamente o contrário. Ele sorriu e passou a mão na minha bochecha, me fazendo arrepiar. — Não existe ainda, eu quero que exista... - ele colocou a testa na minha — É a primeira vez que eu quero algo com tanta intensidade na minha vida, e por isso, eu vou fazer de tudo pra conseguir. Eu estava com as pernas bambas. — Nico, eu sou complicada demais pra você entender... — Eu gosto de coisas complicadas, Samy - sua respiração estava pesada, e seus olhos não desgrudavam do meu. — Por favor, me da uma chance... — Eu não quero ser só mais uma das suas tentativas falhas de clichê. Ele revirou os olhos me fazendo rir. Mas parei quando ele me avançou e me beijou de forma intensa, colando nossos corpos, me impedindo de me afastar, mesmo se quisesse.
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