Maria: Quando era pequena acreditava que o amor era a base de tudo, ensinam-nos que tudo é possível quando alguém nos ama, incentiva, ajuda, fui crescendo e nas festas da escola muitas das vezes olhava a volta e observava os pais, algumas famílias inteiras a chorar pelo espetáculo que acabavam de ver ou os poemas que recitávamos, lá, no fundo, estava sempre o meu pai. Ao início foi fácil de acreditar no amor, mas com o passar do tempo percebi que o amor destruiu o meu pai, que o amor não cura a fome, que o amor não traz a igualdade, que o amor é apenas uma palavra que é dita para acreditarmos que somos especiais... Aprendi que não preciso do amor, que preciso de força, atitude, garra..., mas entrei na adolescência e voltei a mudar a minha maneira de pensar. Entendi que amar não é tão