Emma Rossi narrando:
Quando eu saí da agência já passava das sete horas da noite, fui em direção ao estacionamento e peguei meu carro indo diretamente para casa.
Depois de alguns minutos parei na garagem e fui em direção à sala, chegando lá vi a Giulia olhando para o nada com um sorriso no rosto.
— E essa cara de i****a aí? — perguntei me jogando ao seu lado no sofá.
— Conheci um cara — falou — ele é tão lindo amiga, tem cabelo longo e tem uma barba não muito grande, mas bem feita, tem a pele clara, mas é um pouquinho bronzeado e se chama Andrew, eu vou sair com ele na sexta — falou minha amiga empolgada.
Nunca a vi tão animada assim por causa de algum homem, não depois dele…
— Que bom, amiga — sorri — pelo menos uma de nós da certo em relacionamentos — falei.
— Você sabe que tenho um péssimo histórico em relacionamentos, né? — falou ela.
— Você m*l chegou a Nova York e já tem um encontro, já fazem dois meses que dei um beijo e agora estou atolada em trabalho e não tenho tempo nem para respirar direito — choraminguei
— Calma amiga — falou — sábado a gente vai em uma balada e você vai
arrumar um boy bem gostoso para você.
— Estou precisando mesmo sair — suspiro cansada — é muito trabalho e estou tão sobrecarregada.
— Amiga — falou ela me abraçando — você precisa parar de ouvir o que as pessoas falam e também não precisa se matar de trabalhar.
— Eu não quero decepcionar ninguém, —falei — preciso mostrar para o meu pai e para todos que estou a altura do cargo que eu ocupo.
— Eu sei — falou — mas nesse processo você está decepcionando você mesma por não fazer o que você quer e só ligar para a opinião dos outros.
— Você tem razão — suspirei
— Você é humana, às vezes erra, às vezes acerta, é normal — falou e beijou minha testa, — eu também desde criança sofro pressão para ser igual meu pai e já fizeram de tudo para eu me parecer com aquela mulher, mas eu nunca na minha vida vou ser igual a ela —falou e eu a abracei.
— Você nunca será igual a ela, — falei — vamos mudar de assunto que isso está estragando nossa noite.
— Você tem razão, — sorriu — vamos falar só coisas boas.
— Me fala mais sobre o seu gato — sorri maliciosa.
Ela me falou tudo sobre ele, que o mesmo era filho do dona da agência de fotografia e que era sobrinho do Ethan Miller, eu já tinha ouvido falar sobre ele e sua família, e que o mesmo é um grande advogado, o garoto é muito rico.
Depois de um tempo nos levantamos e fomos cada uma para seu quarto, tomei um banho bem relaxante e me deitei na cama, não demorou muito para o sono chegar.
Igor Miller narrando:
Acordo e olho para o lado não vendo meu irmão, olho as horas vendo que já são sete, me levanto rapidamente e vou em direção ao banheiro onde tomo um banho rápido e vou até o closet onde me visto com um terno.
Passamos o dia ontem na casa de praia e decidimos dormir a família toda aqui mesmo, aqui é como nossa casa, cada um tem seu quarto com todas as nossas coisas já que sempre passamos dois a três dias por aqui.
Desço as escadas e vejo todos na mesa e me aproximo sentando ao lado do meu irmão.
— A Margarida acordou —falou Andrew.
— Não, continuo dormindo — falei.
— Nossa, grosso — falou.
— E grande — falei e ouvi minha mãe engasga com o suco que estava bebendo.
— Queria ver — falou Andrew, me mandando um beijinho.
— Vai ficar querendo — falei debochando dele.
— Certeza que é gay — falou Ayla e a tia Emy concordou.
— Filhos acabei esquecendo de entregar isso a vocês — falou mamãe entregando um envelope ao Erik — vocês mudaram de casa, mas as correspondências sempre chegam na minha.
— O que é? — perguntei a ela.
— Não sei — falou — abre logo Erik.
Meu irmão abriu o envelope e começou a ler.
— Então? — perguntei.
— Um convite — falou — vai ter um evento de moda daqui a um mês e nos convidaram, parece que todas as pessoas importantes no mundo da moda vão estar lá.
— Vocês vão? — perguntou Ayla.
— Não sei — falou Erik — esses eventos são chatos.
— Verdade — falei — onde está o papai? — perguntei a minha mãe.
— Saiu para trabalhar com seu tio Luigi — respondeu.
— A gente também precisa ir, —falei — temos uma reunião.
— A gente também já vai — falou mamãe.
— A Ayla ainda vai viajar hoje — falou tia Emy.
— Verdade — falou minha prima.
— Então tchau priminha — falei beijando sua testa e ela se afastou para abraçar meu irmão.
— Tchau, peste —falou Andrew.
— Tchau, corno — falou ela para o irmão.
— Ei! — Falou e abraçou a irmã — corna é você.
— Estamos atrasados, — falei — vamos.
Nos despedimos e saímos de lá indo em direção a agência de fotografia para deixarmos o Andrew lá, o mesmo nos contou que o seu carro está na oficina, mas que hoje mesmo iria buscar.
Após deixar nosso primo no trabalho dele fomos em direção à empresa, hoje o dia seria cheio.