– Essa é a pior coisa que você poderia dizer hoje

1360 Words
m*l processo a informação e começo a correr para procurar os meus irmãos e o professor, que ainda estava falando, me segue de perto. – Irma? Como assim irma? – Ele pergunta no meu encalço. – Ela não é minha irma de sangue. Me ajude a encontrar os meus irmãos, precisamos procurá-la. – Digo acelerando ainda mais o meu passo. Então, tudo vira um caos completo e a escola se mobiliza em busca de Maddie/Lux e eu, que nunca fiz uma prece sincera em minha vida, tirei um minuto para olhar para o céu e fazer uma pequena oração. Os professores se separam para procurar por Sue Anne e Maddie, assim como a diretora. – Nós também vamos. – Tristan diz e a diretora se vira. – Não tente nos impedir. – Como se fosse adiantar de alguma coisa. Fiquem juntos e não andem até muito longe, eles podem estar por perto. – Assentimos e ela entra na mata. “Eu acabei de tê-la novamente, por favor, não a tire de mim. Eu imploro, que ela esteja viva e bem.” – Certeza de que foi o Caruso. – Matt diz enquanto estamos procurando elas pelas redondezas. Infelizmente os professores não nos deram permissão para ir longe, o que é uma completa idiotice na minha opinião. Pela minha irma mais nova sou capaz de ir até no inferno. – Esse bastardo. Quando eu o pegar… – Tristan é a definição de homem puto nesse momento e acho que nada pode acalmá-lo, a não ser a presença da nossa irma. Procuramos por uma hora afinco e não encontramos nenhuma pista, oque nós fez voltar ao gramado e sentar um pouco para descansar. – Vamos procurar do outro lado. – Candy diz apontando na direção oposta e eu suspiro. – Não acho que eles estão para o lado de lá, você viu o professor dizer que a trilha que eles estavam fazendo era para esse lado. – Sarge diz apontando para a floresta que acabamos de sair. – Eles são sequestradores, assassinos e tudo mais de r**m que existe nesse mundo e no outro. Eles poderiam muito bem leva-la para o outro lado justamente por causa desse seu pensamento. – Candy rebate e eu coço a cabeça chateado. Estou cansado, frustrado, preocupado e ainda sou obrigado a presenciar esses dois discutindo. É demais para mim. Os dois continuam se alfinetando e eu me afasto um pouco e puxo meu escape de emergência do bolso do uniforme. Procuro o meu isqueiro em todos os bolsos e não encontro, o que me deixa mais frustrado ainda. – Grande dia de m***a. – Resmungo segurando o cigarro nos lábios e fazendo uma segunda tentativa de encontrar o meu isqueiro quando um dedo aceso surge a minha frente. Há uma pequena chama saindo do dedo de Mathenna e eu acendo o meu cigarro, dando uma leve tragada. Fecho os olhos e solto a fumaça pelo nariz. – Não sabia que fumava, mas pensando bem isso se parece totalmente com você. – Ela diz apagando o dedo. – Eu só fumo em ocasiões de estresse ou tristeza, ou os dois juntos. – Justifico com o cigarro entre os dedos e observo-a sem pretensões. – Quer? – Não, obrigada. – Ela diz negando e eu a observo. A irma de Matt é bonita e meiga, uma boa garota e uma das poucas que não me envolvi amorosamente em toda a escola e a explicação é simples: não sinto nada mais que uma grande amizade por ela e agradeço por isso. Não dá pra existir amizade onde já existiu amor. Todas as garotas estão em busca de corações e flores e eu não sou o cara certo para lhes dar isso. Provavelmente ficaria uma relação estranha se nós tivéssemos algo e depois eu a largasse, sem falar que Matt iria me prender no meio de uma tempestade. O cara é brutal quando fica com raiva. Sarge e Candy continuam se alfinetando enquanto Tristan observa tudo com cara de paisagem, Justin está com uma expressão concentrada, quando ele faz essa expressão é por que está pensando em alguma solução. Matt anda em círculos perto de mim e parece a própria definição da agonia. – Ele cavará um buraco naquele chão. – Mathenna diz se referindo ao irmão e eu concordo. Quando estou prestes a fazer um comentário acerca disso, ele para e olha para nós. – Ela está aqui. Está no quarto. Vamos – Ele grita já correndo para dentro da escola e eu jogo o meu cigarro no chão e piso antes de correr. – Como ela foi parar lá? – Pergunto enquanto corremos e ninguém me responde. Assim que chegamos ao quarto, Matt a bem dizer arromba a porta e encontramos Maddie no meio do quarto, bem e sem nenhum arranhão. – Graças aos deuses. Estão procurando por você e Sue Anne a horas. – Matt diz pegando-a no colo. – O que aconteceu? – Tristan pergunta se aproximando assim que ela está fora dos braços de Matt e conferindo se ela está bem. – Aconteceu que estávamos errados sobre algumas coisas e não enxergamos o que estava bem embaixo do nosso nariz. – Ela diz sentando na cama. Estou achando-a tranquila demais para uma pessoa que foi sequestrada recentemente. Há uma possibilidade de ela estar em choque e isso me preocupa. – Como assim? – Pergunto me aproximando. – Sue Anne pediu para fazer dupla comigo hoje e eu não achei que haveria problema, afinal ela sempre me tratou bem diferente da irma dela. Enquanto fazíamos a trilha na floresta ela torceu o pé e pediu minha ajuda, que de bom grado eu dei e só recebi ingratidão. Ela, na verdade, era a informante todo esse tempo dentro da escola, ela que falava tudo para o Caruso e por isso ele sempre sabia onde nós estávamos. Ela não estava com o pé torcido, era só uma desculpa para me prender e chamá-lo. – Filha da p**a. O inimigo bem embaixo do nosso nariz e em nenhum momento nós desconfiamos dela. Já não se pode confiar em rostinhos bonitos. – Porque? A troco de que? – Carson pergunta. – Amor. Ela o ama. – Maddie responde simplesmente. – Onde vocês estavam? Andamos pela floresta e nem sinal. – Sarge pergunta. – Ele nós teletransportou para um castelo e me prendeu em um quarto. Disse algumas coisas estranhas e se despediu de mim, segundo ele, alguém chamado rainha vermelha viria me ver e seria a minha última visita. Ele também disse que a flecha que quase te matou foi... – Espere, oque disse? – Matt pergunta interrompendo-a e pela sua expressão, ele beira a indigestão. Algo que ela disse está incomodando ele. – Ele disse que a flecha que você levou na verdade era… – ele volta a interrompê-la ansioso e eu fico curioso. – Não, isso não. Antes disso. A rainha vermelha. – Segundo Caruso, todo o meu sofrimento em vida foi graças a ela. A flecha que te atingiu realmente era pra mim a mando dela. – Como era o castelo? – Mathenna pergunta com a expressão distante e tao ansiosa quanto a de Matt. Há algo ai que ainda não sabemos e eu fico alerta a cada sinal corporal – Parecia antigo e um pouco em ruínas. Porque? – Mathenna e Matt se entreolham e Matt começa a andar em círculos pelo quarto, então ele começa a rir e depois a gargalhar, mas é um riso sem graça alguma. Parece uma risada de uma pessoa amargura, que não consegue ver cor em nada. – Matt, o que há? Por que está rindo? – Maddie pergunta e Matt se vira para ela. – Estou rindo com a ironia da situação, por que eu conheço esse lugar e conheço a rainha vermelha. – Ele diz com uma expressão amarga. Por que sinto que o que vem a seguir não é nada bom? – Como? O que quer dizer? – Ela é a minha mãe. – Cara, essa é a pior coisa que você poderia falar hoje. – Tristan diz. Se estou em pesadelo, por favor, alguém me acorde.
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