Noah
- Luna... - Meneio a cabeça - Eu não posso. Você bebeu e eu não quero me aproveitar.
- Não importa - Se aproxima e acaricia meu rosto - Eu não bebi tanto assim e sei o que estou fazendo. E eu sei que quero que minha primeira vez seja com você - Seu olhar é intenso e sinto meu coração disparar.
Não posso negar um pedido da minha menina e também não posso negar o quanto ela mexe comigo. Apesar da minha inexperiência, fantasiei isso diversas vezes e a visão dela despenteada e sentada na minha cama me traz pensamentos nada puros. Esses olhos verdes brilhando e suplicando por mim, me hipnotizam de forma que a beijo com urgência. Ela corresponde mergulhando os dedos no meu cabelo me arrepiando por completo. Aperto sua cintura intensificando mais o beijo . Em seguida,me afasto e com nossas bocas ainda próximas, sussurro:
- Luna... espera - Me levanto e tranco a porta do quarto. Volto a me sentar na cama e beijando a novamente, desço as mãos para suas pernas. Ela estremece. Vejo que está trêmula e um pouco hesitante. Eu nunca tirei a virgindade de nenhuma garota e confesso que estou nervoso. Preciso ser gentil pra não assusta-la - Se você quiser parar, eu vou te entender - Digo olhando em seus olhos.
- Eu estou preparada - Responde suavemente.
Com os desejos a flor da pele, levo meus lábios para o seu pescoço enquanto ela suspira. Desço o zíper de seu vestido revelando sua pele nua da cintura pra cima. Ela cora um pouco, mas tenta disfarçar a vergonha.
- Você é linda... - Digo ofegante enquanto aprecio sua pele alva e descoberta.
Olhando nos meus olhos, Luna tira meu paletó, a gravata borboleta e desabotoa lentamente minha camisa alisando a minha pele conforme é descoberta. Eu a beijo novamente e a deito enquanto tiro o resto das nossas roupas.
Beijo seus ombros enquanto deslizo minhas mãos pelo seu corpo fazendo-a suspirar pesadamente. Preciso dela . Olho em seus olhos esperando autorização para continuar. Luna assente como se adivinhasse o que estou pensando e após me deitar sobre seu pequeno corpo, nos tornamos um só. Percebo seu semblante de dor e pergunto:
- Você está bem? Quer que eu pare?
- Não. Eu estou bem - Ela sussurra alisando meu rosto.
O único som presente ali é o de nossas respirações entrecortadas. De repente, ela sussurra:
- Eu te amo, Noah.
Sorrio, pois o sentimento é recíproco. Luna desperta em mim as melhores sensações. Eu nunca vou amar ninguém como a amo.
Quando chegamos ao clímax, continuamos nos beijando até que ela exausta, dorme abraçada a mim. Admiro-a por alguns instantes tentando ignorar o fato de que não usamos nada para nos proteger. Como eu pude me esquecer?
Tento não pensar também que amanhã essa hora, estarei em um avião rumo à Oxford.
Meus olhos pesam. Aperto-a mais contra meu corpo e adormeço em seguida.
(...)
Acordo com a respiração de Luna que ainda dorme deitada no meu peito.
Eu sorrio ao me lembrar o que houve entre nós.
Nossa primeira noite de amor só seria melhor se não fosse essa maldita mudança que estou prestes a fazer.
Dou um beijo suave em seus cabelos.e ela acorda.
- Eu te amo! - Sussurro. Percebo seus olhos brilharem, mas esse brilho começa a se desfazer aos poucos.
- Eu preciso ir embora - Fala desviando os olhos dos meus.
- Luna, fica mais um pouco. Pelo menos toma um café comigo - Peço.
- Noah... - Suspira e olha para o teto segurando o choro - A gente só vai se machucar mais se essa despedida for prolongada - Levanta-se e se veste apressadamente enquanto eu encaro o chão também me segurando para não chorar.
- Você tem razão - Me levanto e me visto também sem dizer uma palavra. Ao terminar, digo - Posso pelo menos te levar em casa?
- Eu pego um táxi - Ela me olha e a vejo com os olhos marejados.
- Luna, por favor. Deixa pelo menos o meu mordomo te levar então. Não vou me sentir em paz se você sair daqui sozinha. - Digo com a voz embargada.
- Tudo bem - Suspira - Mas eu quero ir agora. Meus pais devem estar preocupados.
- Posso ir junto? - Pergunto na esperança de ficar mais um pouco com ela.
- Melhor não, Noah. Não me leve a m*l, mas como eu disse, é melhor não prolongarmos essa despedida.
- Tá - Respondo triste - Vou te acompanhar até o carro.
Ela pega a bolsa, ajeita os cabelos e sai do quarto sendo seguida por mim.
Chamo o mordomo e peço que ele a leve em casa. Enquanto o carro não chega, pego suas mãos e nos encaramos com lágrimas nos olhos.
- Eu nunca vou te esquecer - Digo e beijo suas mãos. Luna tenta dizer algo mas as lágrimas impedem.
Quando o meu funcionário avisa que está pronto, tento lhe dar um último beijo mas ela vira as costas dizendo:
- Adeus Noah!
Seu rosto triste e choroso é a última imagem que vejo antes do carro finalmente dar partida. Então dou um soco na parede e desabo chorando inconsolavelmente .
Luna
Durante o trajeto, só consigo chorar. Ainda sinto o perfume do Noah na minha pele.
Fecho os olhos e deixo as lágrimas caírem. Começo a me lembrar da nossa noite e meu coração se aperta ainda mais. Eu sei que ele me ama, mas não quer contrariar o pai. Em nossa despedida, pensei em pedir para ele ficar, mas me contive. Não tenho o direito de fazer isso. Seria um egoísmo da minha parte prejudicar o futuro do Noah. Eu nunca me perdoaria por isso.
- Senhorita! - A voz do motorista me tira dos meus pensamentos.
Olho para ele que me entrega um lenço de papel.
- Obrigada - Sorrio timidamente e coro ao imaginar que ele deve saber o que houve entre Noah e eu ontem a noite pelo horário que estou saindo.
Olho o visor do carro e confirmo o horário: 7:00 da manhã.O que ele deve estar pensando de mim?
- Senhorita...Luna? Certo? - Pergunta.Confirmo com a cabeça e ele continua - Desculpa me intrometer,mas... - Hesita - Não fique assim. Vocês ainda são muito jovens. Se o destino quiser os dois juntos, de um jeito ou de outro vocês vão se encontrar novamente. O menino Noah, te ama. De longe dá pra ver e é nítido o sofrimento dele. Tudo o que está fazendo é para não contrariar o pai. O senhor Thomas, pai dele é um tanto controlador.
O motorista de Noah é um homem de meia idade muito simpático. Ao que parece, eles possuem uma forte ligação que vai além da relação entre patrão e empregado. Sorrio ternamente ao imaginar.
- Obrigada, senhor... - O olho interrogativamente.
- Benjamin! Mas pode me chamar de Ben. Eu também sou ingles trabalho para a família Smith desde quando o Senhor Thomas e a Senhora Olívia se casaram. Além de mordomo, administro os demais funcionários da casa. Conheço o menino Noah desde que nasceu. Também estou triste pela sua partida. É a primeira vez que nos afastamos - Ele suspira com tristeza.
- O Senhor não vai com eles? - Pergunto curiosa.
- Não, o Senhor Thomas precisa que eu fique para cuidar da casa e da empresa.
- Entendi - Respondo.
- Chegamos senhorita Luna! - Ele diz estacionando o carro em frente a minha casa.
Saio do carro e antes de entrar, me viro para o homem e digo:
- Obrigada pela carona,Ben.
Ele sorri e se despede acenando com a cabeça.