Hulk Narrando
A p***a do sol já está estrelando no céu; logo cantou mais cedo hoje. A vida é curta pra ficar dormindo, então pulei da cama e fui logo tomando um banho gelado, porque hoje quero dar um rolê pela comunidade e aproveitar para tomar café na padoca do seu Antônio. Saí do banheiro, fui até o closet, vesti uma blusa branca da Lacoste, um short preto de tecido grosso, calcei um Mizuno, coloquei um cordão prata e peguei a chave de uma das minhas motos. Coloquei minha Glock na cintura e desci as escadas, já passando um rádio para o Rock: “Cola lá na padoca.”
Hoje também preciso ver como ficou a amiga da Laís; ela e a mãe vieram morar aqui. Não tive tempo de ir até lá, mas como elas são conhecidas do Peneira e da Laís, tá de boa. Depois, colo lá pra ver qual é.
Rádio On
Hulk: E aí, arrombado, tá fazendo o que? — ele dá uma gargalhada.
Rock — O que aconteceu, amor? — falo com voz de mulher. Falo com a voz de p**a encubada; ele sabe muito bem que eu gosto dessa p***a.
— Que tu é viado eu sei, mas me erra, p***a. Passa um rádio aí pro Águia e pro Peneira pra encontrarem a gente na padoca do seu Antônio — dou o papo, e ele já pega o rádio.
Rock — Já é, conta 10, já chego lá — fala, já desligando.
Rádio Off
Chegando na padoca, os moleques estavam chegando também. Fiz um toque com eles e sentamos. Logo, Suellen e Maíra já vêm na nossa direção; as putas já vêm se abrindo.
— Ih, eu já falei que não sou dentista nessa p***a! Se fecha e traz alguma coisa pra gente comer — ela se aproxima, anota o pedido e sai.
O Peneira n**a com a cabeça e fala da amiga da Laís.
Peneira — Hulk, depois a gente tem que dar um pulo na Cecília e na tia Carmen. Mudaram e nem fomos lá. Apesar de que a mina é de boa, trabalha, estuda, gosta de ficar na dela e é super alegre, apesar de tudo que passou na vida. Se brincar, ela passou por mais perrengues que nós. — Ele fala de cabeça baixa, e os caras me olham preocupados. — Mas isso aí a gente desenrola. A mina é responsa, não vai ser problema pra nós não — ele diz, e eu só concordo com a cabeça.
Peneira — Vou logo mandando de assunto. Não sei se o Águia falou contigo sobre os menores? — ele balança a cabeça dizendo que não. — Os menores querem trocar uma ideia contigo, pô. Vou adiantar aqui. Eles querem tocar o pagodinho deles na praça nos finais de tarde — já abro aquele sorrisão, assim como ele, curto um pagode da hora...
— Já é! Pode liberar. Fico orgulhoso dessa molecada que cresceu aqui e não optou pelo crime. Vai ser da hora um pagodinho na comunidade.
Fomos interrompidos por Suellen trazendo nosso lanche.
Suellen — Vai precisar de mais alguma coisa? — ela fala piscando pra mim e esfregando o peito na minha cara. Mas é p**a mesmo.
— Tô de boa. Quando eu quiser comer p**a, eu chamo você — falo, e ela sai batendo o pé.
Terminamos de comer e vamos até a praça que tem em frente. Aproximei-me dos vapores da contenção, fiz um toque com eles, e do nada começaram a cochichar. Quando viro, eram as meninas chegando na padoca. Falar, mano, a ruiva é linda, a loira também não fica pra trás; agora a morena é gostosa demais, c*****o. Saí dos meus pensamentos quando um dos vapores falou nada mais nada menos que a princesa do coração de gelo. Não entendi, mas fiquei na minha. Logo, o Peneira fala.
Peneira — Ei, limpa aí, tá escorrendo, seus arrombados. E vocês, respeitem as minas. Trabalhar ninguém quer, né? — ele faz sinal com a mão pra elas virem até onde estamos.
Peneira — Vou apresentar as minas pra vocês. A Laís vocês conhecem, né? Minha prima. A morena é a Cecília, a ruiva é a Paty. Minas, essas são Hulk, o chefe, Rock e Águia — ele me dá o papo, mostrando cada uma delas.
Cecília/Paty — Prazer, meninos — fala a Cecília, séria. A ruiva já é mais aberta.
Hulk/Rock/Águia — Satisfação, princesas. Prazer só na cama — elas ficam vermelhas de vergonha, mas não abaixam a cabeça, mantêm contato visual.
Elas se viram e entram na padoca.
— O que será que essa mina esconde atrás desse sorriso?
Elas saem e vêm com um sorrisão da p***a e falam com a gente.
Cecília/Paty/Laís — Tchau, meninos — falam e vão saindo.
Hulk/Águia/Rock/Peneira — Falou, princesas — falamos os quatro juntos.
Um tempo depois, estávamos na praça, de boa, marolando, e meu rádio começou a tocar.
Rádio On
Vapor : Chefe, cola aqui na rua 10 — já vem chumbo nessa p***a.
Hulk: Conta 5, tô chegando — Paulo já desligando o rádio.
Rádio Off
Os manos sobem nas motos deles, e metemos marcha pra lá. De longe, já avistei uma muvuca. Pisei fundo, já cheguei gritando e o Peneira atirando pra cima. O povo abriu passagem. Não acredito que essas putäs estão brigando. Já levanto Suellen pelo cabelo e o Águia pela Bella, que nem três meses tá morando aqui e já está arrumando confusão...
— Chega aí, Bigode, Cabelin, tu também — levo pra salinha e dou 10 madeirada em cada.
Suellen começa a chorar.
Suellen — Oh, amorzinho, foi ela que começou, dizendo que você iria enjoar de mim e iria ficar com ela — fala com a voz de putä manhosa, nojo da p***a.
— Amorzinho um c****e. Eu nunca fui de ninguém e não assumo p**a, não. Vai ser cobrada pra aprender. Pode levar, vai sem massagem — mando os moleques levarem e fazerem o serviço. Subo na moto, e os parças vêm logo atrás.
Carälho, cansado dessas porras acharem que podem fazer graça na minha quebrada. Nunca fui de ninguém, e pretendo seguir assim. Toma no cu, Suellen, só vai aprender depois que for pra vala. A porrä não tem amor à própria vida, eu que não vou ter...