coração gelado (Morro)

Capítulo 06 Rock

Rock Narrando

Essa semana foi pedreira: tentativa de invasão, carga roubada e o d***o a quatro. É pra tontear bandido mesmo. Mas tamo de pé, porque com nós não tem essa, pode vir quente que nós estamos fervendo, bebê, partindo pra cima sem dó e sem piedade.

Chega mais, eu sou Rock, o sub do morro. Estou nessa há 2 anos. O pai do Hulk morreu numa invasão há 4 anos e logo depois, há 2 anos, meu pai também morreu e eu fiquei no lugar dele como sub. Recebi o vulgo porque o bandidö aqui é chegado numa Juliet, aí fico parecendo estrela de rock, toma no **. Meu nome é Renan, tenho 22 anos, 1,80 m de altura, gosto de raspar a cabeça, lisinha e sem pelo. Tenho uma tatuagem que pega do pescoço e cobre o braço todo, indo até as pontas dos dedos. Me amarro em usar boné. Sou sério quando preciso ser, mas sou cachorro solto, pego várias. Mas curto mesmo é as patricinhas que vêm sentar pros bandidö, aquelas filhinhas de papai com as carinhas mais lisinhas do mundo, atrás de um bandidö pra sentar.

Acordo com meu rádio tocando. p**a merda, quem será essa hora em pleno domingo? Pego o rádio, era o arrombado do Hulk. Fui logo gastando com a cara dele, mas tinha uma missão: quero entrar em contato com os outros dois arrombados da tropa.

Faço logo o que ele pediu, falando com Peneira e com o Águia, que já marcaram 10. Então faço minha higiene, fico pronto em poucos minutos.

Chegamos todos juntos na padoca, fizemos um toque e entramos. Ficamos ali trocando uma ideia até as putas se aproximarem, toda cheia de sorrisinho. E o cara é bruto mesmo, logo colocou a putä pra se fechar nesse porrä. Hulk deu logo um chega pra lá, pra ver se as porrä se tocam.

A Maíra é uma putä que pego com frequência, mas tá muito emocionada, tá até apertando meus miolos. Não curto perder essa parada de ficar com a mente apertada por causa da putä não; não é pra mim essa parada.

Saímos da padoca depois do café e fomos pra praça. Cara, te falo, velho, quando a ruiva chegou com as meninas, fiquei até baqueado. O bandido hipnotizou. c*****o, bagulho doido! Ontem não tinha reparado tanto. Já era, quero ele no meu porte, tá ligado? Saí dos meus pensamentos com Peneira apresentando as minas pra gente.

O jeito que ela ficou vermelhinha já mexeu com a cabeça do bandido. Só não vou dizer qual porque você já sabe qual... meu p*u criou vida. Ela saiu de lá rebolando aquela raba gigantesca. Fiquei perdido nessa mina... O tempo passou e tamo aqui na praça. E o rádio do Hulk não para de tocar. Era Cabelin pedindo pro Hulk colar na rua 10. Não pensamos duas vezes, pegamos cada um sua CB750 e puxamos marcha. Já avistamos a muvuca. Quando chegamos lá, Hulk já foi puxando Suellen pelo cabelo e Águia pegou Bella, já dando uns esporros. Bando de emocionadas, e pra tontear a mente.

Hulk mandou levar pra salinha e dar 10 madeiradas em cada. É sem massagem, vai. Os moleques seguem com elas, subimos na moto e saímos chutando dali.

— Minha coroa está esperando pro almoço — a cara dos filhos da putä nem treme, mano.

Hulk — Já é, paizão, vamos nessa. Nada melhor do que uma comidinha da hora da tia. Até lembrar do rango da minha coroa — ele dá aquela viajada legal nos pensamentos, e eu balanço a cabeça concordando porque lembro da tia.

Águia — Fala não, mermão. Saudades bate que até dói — fala e vamos seguindo na maciota.

Peneira — Se for só da tia, até vai, né? — ele fala fazendo Hulk parar a moto do lado da dele, colocando a mão no antebraço dele.

Hulk — Tá falando sobre o quê mesmo, irmão? — fala bolado.

Peneira — Nada não, irmão. Segue aí. Bora ranga que tô na larica do carälho — ele logo muda de assunto, mas sei muito bem de quem ele tá falando.

Chegamos na casa da minha coroa. Ela estava colocando a mesa. Os caras já entram indo falar com a coroa.

Hulk / Águia / Peneira — Oi, tia, tudo tranquilo? — falam os três juntos.

Marluce — Oi, meus meninos! Como vocês estão? Sentindo saudades de vocês — fala já colocando as panelas na mesa.

— É a correria, coroa. Teve muitos b.o. depois da tentativa de invasão, mas não vamos falar nisso — sentamos pra bater o rango e Peneira já me olha e fecha a cara. Fico logo sem entender qual é a dele.

Peneira — Ô Rock, que ideia foi aquela de ficar babando na Patrícia? Vi sua cara e eu te conheço, seu otariö. Cuidado, viu? Eu vi como ela te olhou também. A mina não é as putäs daqui não, e nem essas patricinhas que sobem pra sentar pra bandidö. Conheço a mina desde criança, ela doidinha, mas é firmeza. Não vai brincar com os sentimentos dela não, pow — fala boladão, tomando partido pra defender a menina. E fecho a cara. Eles negam com a cabeça.

— Oxe, fumou erva estragada, carälho? Eu não quero nada com ela não. Tá doido, mano? — falo pro Peneira, doido pra falar que tô doido pra fudër ela todinha. Eu vou ter ela; ela precisa ser minha. Saio dos meus pensamentos rindo e os parças me olham estranho, rindo também.

Hulk / Peneira / Águia — Tô dizendo mesmo, tá emocionado, filho da p**a — falaram os três juntos.

Depois do rango, ficamos jogando conversa fora e bolando uma estratégia pra pegar quem roubou nossa carga. Já era 16:00 horas. Fizemos um toque e foi cada um pra sua goma, toma uma ducha e descansar pra mais tarde colar na praça, pra curtir o pagodinho dos MENOR.

Os arrombados saíram e eu fui pro banheiro, tomei uma ducha e caí na cama.

Rádio on

Águia: Tá aí, arrombado?

Acordo com Águia me chamando no rádio.

— O que as princesas querem agora? — aperto logo o botão dando a voz.

Águia: Vai colar aqui na praça, não?

Pulo da cama pra ver as horas. Caraca, dormi demais. Já são 20:hs.

— Conta 20 aí que eu tô chegando, viadö — falo já desligando.

Rádio off

Levanto, molho o corpo pra tirar o suor. Aqui tá um calor da porrä. Fico todo trajado e cheiroso. Tô afim de comer bucetä hoje. Com um sorriso nos lábios e a maldade na cabeça, pego minha ponto 40, a chave e saio pinado pra praça.

Chegando na praça, já curtindo a marola legal, com a tropa já pagodeando, movimentado pra carälho. Altas gatinhas, como sempre, a mesa do Hulk cercada de mulher. Vimos uma muvuca, viramos todos pra ver e os Menor começaram a cantar.

Menor — QUANDO ELA PASSA, TODO MUNDO GRITA (GOSTOSAAAA) — eles repetem várias vezes e geral grita junto — GOSTOSA — elas balançam a cabeça.

Era o trio passando: Cecília, Laís e Patrícia. As minas estavam igual um pimentão vermelho e a galera toda olhando pra elas.

As putas se mordendo, outras minas aplaudindo e o babaca dos macho tudo babando. Bando de arrombados.

Hulk levanta e faz sinal pros Menor se ligarem. Não aguentamos, caímos na risada.

Pagode rolando, as minas dançando e nós de boa marolando... Se aproxima da nossa mesa quatro minas que eu tenho certeza que não são do morro.

— E hoje vou comer carne nova — falo esfregando a mão na outra, já pegando o copão que tava na mesa. Não sei nem de quem era e viro na boca de uma vez.

Minha intenção era a ruiva, mas acho que não vai rolar. Então é com outra mesmo, um pente e rala...