William Kronbauer
Minha vida se transformou em um inferno depois que declarei não estar mais junto a Sophia.
Já faz três semanas que estou morando na minha fazenda por conta de perturbações de mulheres e por não conseguir dormir na minha casa, mas hoje eu preciso ir para a cidade, meus pais querem uma reunião comigo, porém não acho que seja isso que eu preciso agora e também não acho que seja algo que eu venha gostar
Já não basta o fato de não conseguir olhar a minha própria casa, aquele lugar só me faz ter lembranças daquela maldita noite.
Noite está, que não queria ter vivido.
Peguei a pista e segui para a reunião na casa deles
(...)
— Que bom que você chegou meu filho, o jantar está pronto— minha mãe diz assim que me vê — você podia passar esses dias conosco o que achar?— ela tem feito de tudo para me fazer ficar bem, mas não é algo que eu consiga agora
— Sei que a senhora quer o meu melhor mãe, porém não estou disposto a voltar e não estou afim de falar nesse assunto, ok?!
Olho pela escadas e vejo quem eu menos esperava, a amiga desastrada da Hanna, eu me irritei tão fácil com a sua presença naquele dia, mas hoje eu deveria agradecer por não me deixar ser mais i****a ao comprar algo caro e de outro país e entregar aquela v*******a da Sophia.
Hanna me mandou mensagens semana passada dizendo que a Sophia organizou uma festa para seu amante para a sua volta as aulas, pelo jeito eles estavam bem com a situação
— Jante conosco essa noite Lara— minha mãe diz quando a menina cheia de cadernos, revistas e alguns recortes nas mãos se atrapalha e deixa parte do material cair no chão
— Desculpa tia— ela pede e tenta se agachar, essa sua ação lhe deixa ainda mais atrapalhada e ela acaba deixando o resto do material cair. Haja paciência pra ver alguém tão desastrada assim na minha frente
Saio do meu canto irritado e vou ajudar a sem jeito, essa menina tem a cabeça muito avoada eu não tenho paciência pra isso.
— Você não presta mesmo a atenção nas coisas, é totalmente desastrada— falo pra ver se ela fica mais ligada na próxima vez, a garota me olha com os olhos cheios de água e se apressa para pegar o material
— Não posso tia, marquei um compromisso com meus pais— ignora totalmente as minhas palavras, ela não diz absolutamente nada pra mim, apenas me olha com a p***a dos olhos cheios de água, não havia percebido o tamanho dos seus cílios grandes em um tom claro nos castanhos dos seus olhos, de alguma forma me irritei comigo mesmo.
— Por que você está correndo Lara, Lara...?— minha mãe grita para que ela volte, mas a garota some deixando tudo cair novamente, ela pega rápido o material sem dar chances de outra pessoa ajudá-la. Minha irmã desce as ecadas olhando a situação— O que houve com ela?— minha mãe pergunta sem entender nada, pois ela não ouviu o que eu tinha dito a garota
— Onde a Lara foi?—Hanna pergunta
— Acho que a garota não estava se sentindo bem— respondo sabendo que o motivo de ter saído feito uma estrambelhada, não foi ninguém além de mim mesmo
— Queria tanto que ela voltasse o que era antes, sinto saudades de ir ao shopping com a minha amiga e fazer ela escolher algo descente sem estar chorando pelo banaca do...— ela pensa em dizer o nome mas ao lembrar que estou na sala se trava— deixa pra lá
— Já conseguiram elaborar o trabalho?—minha mãe pergunta para a Hanna, ela está se especializando para ser estilista, minha irmã é boa demais com isso
— Ainda não, a Lara disse que está faltando muita coisa para ele ficar bom e eu não discordo, ele está muito simples
— E o que pretendem?— minha mãe pergunta novamente
— Estamos pensando em fazer um vestido de lacre de latinha de refrigerante, mas tem algo que está faltando nele, já fiz milhares de desenhos e não consigo pensar em um que fique ótimo, a Lara está na mesma situação
— Vocês vão conseguir da um jeito, sempre conseguem. Agora vamos jantar que o pai de vocês está na mesa aguardando.— minha mãe olha em volta e parece procurar alguma coisa— O seu irmão... sempre atrasado para tudo— ela se refere ao Heitor— eu irei chamá-lo
Segui juntamente com a Hanna para a sala de jantar, já que o Heitor estava mais uma vez atrasado nos compromissos
— Bem que eu e Lara podíamos ir para a sua fazenda amanhã né?— será possível que Hanna não consiga andar sozinha?
— Porque não vai apenas você? Desde que você fez amizade com essa menina não se desgrudam
— Você não a conhece, por isso está implicando, a Lala é uma ótima amiga e você vai perceber que é quando conhecê-la melhor— ela faz biquinho e fica me olhando— por favor deixa— ela implora
— Contando que ela não tropece no celeiro e acaba caindo no curral— ela rir e eu fico rindo junto com ela
— Não deveria falar assim dela, você vai pagar com a língua quando conhecê-la melhor
— Claro... isso é algo que nunca acontecerá
— Boa noite pai!— digo assim que entro na sala— ele mexe nas sobrancelhas e me joga um jornal— o que é isso?—pergunto
— De alguma forma eles descobriram que você bateu no seu primo, e agora estão cogitando que a sua separação tenha sido por ele, o que não e mentira, mas essa agressão pode te levar a prisão— fecho a cara
— Que seja! Não mudaria nada do que fiz— meu pai me olha estressado
— Você está ficando maluco por acaso? Estamos falando da nossa reputação William— ele se altera— já não basta as mulheres que seu irmão fica, as merdas que os seus primos fazem e você ainda vai me da esse desgosto ?
— E o senhor concorda que eu seja prejudicado por conta da nossa família? Eles só comem nosso dinheiro, eu que sempre estive ao seu lado pai, o senhor deveria agradecer a mim por sofrer toda pressão psicológica e ainda assim permanecer sã mediante essa situação
— Eu pedi para que me esperassem, não creio que já estão brigando — minha mãe diz e o Heitor vem logo atrás
— Se vocês me chamaram aqui para fazer com que eu venha pedir desculpas ao Eric eu já lhe deixo informados que não irei fazer isso e pra mim já deu, estou indo embora.
— William calma— minha mãe pede e segura meu braço— não queremos isso, só pedimos para que participe do jantar que irei organizar, estamos fazendo isso para as coisas não piorarem
— No mesmo ambiente que ele?— pergunto desacreditado
— E também a Sophia
— QUE? O QUE VOCÊS TEM NA CABEÇA?— tento manter a calma— não conte com a minha presença
— Apenas uma hora meu filho, pelo bem da nossa família— ela abraça meu corpo e eu não sei como me sair dessa, não sei como irei suportar isso
— Uma hora, nada além disso
— Tudo bem, vamos divulgar que iremos fazer esse jantar e aguardar por alguns fotógrafos.
— Isso será um saco!— Hanna questiona e eu não discordo
— Agora vamos comer— minha mãe diz me empurrando para a mesa— hoje quero jantar com a minha família.
Ela diz e assim fazemos
Não consegui mais uma vez ir para a minha casa, por isso eu preciso ir para a fazenda, apenas lá eu fico calmo
Pedi para um dos motoristas da família me trazer roupas limpas e dormi na minha mãe, na manhã seguinte a Hanna pediu para que eu buscasse ela e a desastrada da amiga na faculdade.
Resolvi o que precisava ser resolvido na cidade, ainda bem que terminei antes do horário previsto, tomei um banho e peguei o meu carro para ir buscar as duas
Eu só espero que aquela menina não venha me estressa, pois só em olhar na sua cara eu fico irritado, aquela voz meiga e doce me tira do sério, ela precisava ser mais marrenta e sem paciência, mas a garota insiste em ser educada e gentil com as palavras, não tenho paciência para essas coisas, a garota não se defende. Parece aceitar tudo a sua frente
Deixei de lado meus pensamentos pela desconhecida e fui ao encontro das duas
Assim que cheguei em frenteva a universidade fiquei com o carro parado por uns cinco minutos, todos já estavam saindo, entretanto as duas ainda não havia aparecido.
Eu já tinha passado até na casa da desastrada para pegar as suas coisas e elas ainda não tinham saído da m***a da sala.
Saí do meu Jeep Grand Wagonneer e segui pela quantidade de pessoas a minha frente, uns pediam fotos e outros autógrafos e isso me deixa estressado mas tento ser o mais gentil possível, não sei como minha irmã conseguiu lidar com isso
— Oi...— uma menina fala com empolgação— Você é ainda mais lindo pessoalmente — ela me abraça forte e eu vou tirando seu corpo lentamente de mim
— Obrigado
— Posso te dar um beijo?— que garota maluca
— Desculpa, mas vamos deixar para próxima
— William, nós precisamos conversar— senti meu braço ser puxado pela Sophia, eu sabia que era ela pela voz, meu corpo ainda possui as malditas reações por ouvir sua voz, mas não posso me mostrar fraco
Diabos, por que eu fui amar logo essa infeliz?!
— Não, nós não temos nada e por favor, para de me fazer passar vergonha
Saio deixando ela falando sozinha e encontro as atrasadas bem a minha frente
Uma multidão de mulheres se formam a minha volta e eu fico me perguntando porque fui sair da p***a do carro.
Não sei o que dá na cabeça dessas meninas para venerar pessoas a esse nível.
Diacho! Preciso pegar essas duas e sair daqui o quando antes.