Capítulo 3 - Frágil

551 Words
Maria Manuela completou 24 anos e começou a trabalhar na empresa de António Carlos como chefe dos Recursos Humanos. Linda e inteligente, ela sempre foi muito criticada pela mãe, que a queria transformar em algo que nunca foi. Manuela descia as escadas para ir trabalhar, quando Dulce a chamou vinda do escritório. - Maria Manuela temos que conversar. - Oi mãe. Se for para falar daquele brutamontes outra vez não estou interessada. - Brutamontes? Por favor filha. O Cláudio é um homem bilionário. Não vai te faltar nada filha. - Vai sim mamãe. Vai faltar amor de ambas as partes. Eu não vou passar a minha vida num casamento infeliz que nem a senhora. Até logo. Dulce sabia que a filha tinha razão, mas não quis desistir. António Carlos não lhe dava dinheiro nem cedia aos seus caprichos e André estava prestes a declarar falência. - Oi querida. Que cara é essa? - Tive outra briga com a Manuela. - Dulce por favor deixe ela em paz. Estamos no século 21. Já ninguém casa por arranjo da família. - Eu sei. Mas o Cláudio é a nossa salvação da falência. - E para isso estás disposta a vender a tua filha?. - Não. Claro que não meu amor. Só quero que ela o conheça antes de julgar. - Mas ela não quer. Então por favor deixe ela em paz. Manuela chegou na empresa e foi para a sua sala. - Dona Manuela!O Sr. António Carlos a espera na sala de reuniões. - Obrigada Alex. Me traz um suco de maracujá por favor? Eu vou lá agora. - Sim senhora. - Obrigada. Manuela foi a sala de reuniões e encontrou António apreciando a vista. - Bom dia irmão. Como foi a viagem? - Olá mana. Foi óptima. Já tiveste contacto com a nova estagiária? - Ainda não. Vou prá lá logo que sair daqui. Tens o projecto pronto? - Sim. Está aqui. Eu vou para casa. Preciso relaxar um pouco. Como andam as coisas por lá? - Péssimas. A mamãe quer me obrigar a sair com um homem nojento. - Manu! Já és adulta. Porque não aceitas a minha proposta? Sabes que tenho um apartamento á tua espera. - Sabes de uma coisa? Eu aceito. Vou morar no teu condomínio. Aliás, vai me fazer bem estar perto de você e do josé Manuel. - Isso mesmo. Podes mudar amanhã mesmo. Basta levares as malas. - Obrigada mano. A mamãe vai fazer outro escândalo. - Eu sei. Mas não vou deixar ela te tratar que nem uma criança. Não vou mesmo. - Obrigada irmão. Eu sei me cuidar. E amanhã mesmo eu vou fazer a minha mudança. Mas com uma condição. - Fala! - Quero que vás almoçar connosco Toni. A mamãe não admite, mas ela sente a falta do filho favorito. - Favorito!? Ela me sujeitou a um noivado fracassado. Me destruiu e tudo por dinheiro. - Sim. Eu sei. Mano! Eu sou mais frágil que você e o José. Preciso que estejas lá por mim. Por favor. - Está bem. Lá estarei. Agora me deixa ir para casa está bem? Até logo mana. Te amo. - Te amo irmão. Maria Manuela ou apenas " Manu" não era a mulher frágil que pensava ser, e muito em breve ela faria essa descoberta.
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