Cap 19

881 Words
Ítalo Eu ainda estava pensando na noite anterior... pois é, eu consegui ser ainda mais cuzão. A Emma precisava de mim e por que? Porque eu não fui capaz de, nem ao menos, ser educado com ela, de tratar ela com respeito Eu chamei a mina de outa, mas quem que usava o corpo da melhor amiga na hora de querer se aliviar? Eu mesmo Quando eu peguei a Emma chorando, não consegui me segurar, lógico que não fiz nada enquanto ela ainda estava de olho aberto, mas eu sabia que o cansaço ia pegar ela de jeito, parece que quando a gente chora, se cansa na mesma proporção Eu entrei no quarto quando tive a certeza de que ela já estava em sono profundo, me deitei do seu lado, a abracei, desejando desesperadamente que aquele meu gesto. A acalmasse, mesmo que ela não soubesse o que estava acontecendo Meu desejo era que o seu corpo me reconhecesse na inconsciência, mas como eu disse, não consegui deixar de ser cuzão, não fiquei com ela até seus olhos se abriram novamente, não deixei a Emma saber que eu fiquei do lado dela durante a noite toda Sai quase cinco da madrugada da cama, arrumei o meu lado, ainda fiz um carinho no seu rosto e desejo que ela ficasse bem, mas no momento em que saí do quarto, o modo Ítalo escroto voltou com tudo Voltei para o meu quarto e não consegui mais dormir, as seis da manhã eu já estava na cozinha e mesmo não querendo fazer nenhum barulho, acho que acordei ela mexendo nas coisas para poder fazer o meu café da manhã Não consegui olhar em seus olhos, não queria dar o braço a torcer e fazer a Emma perceber que estava preocupado com ela, não queria mesmo, era mais fácil eu me fazer de desentendido Na real, naquele momento, sem nem mesmo ter vivido uma semana com a mina, comecei a considerar que eu não queria me aproximar muito da Emma para não correr o risco de encontrar dificuldade na hora de ir embora Como no primeiro dia, ela foi lá na casa do pai e eu, sai com os meus amigos. A Renatinha como sempre, já sabendo o que tinha acontecido, me ajudou, deixou meu dia mais leve junto com o Aquiles e acho que foi isso também que me ajudou a chegar em casa e olhar aquele rostinho da Emma, todo dengoso, seus olhos brilhantes e não conseguir parar de sorrir, tudo porque eu sabia que o motivo vinha da entrega que eu mandei para ela Emma – Não precisava me mandar nada Ítalo – Precisava sim, teus olhos inchados me provam que precisava horrores Ela cheirou a flor na minha frente, fechando os olhos no mesmo tempo, não sei por que. Mas eu achei aquilo muito lindo, ela muito linda Emma – Por que a gente não pode viver como se isso fosse verdade, Ítalo? Ítalo – Simplesmente porque não é Aquele olhar de felicidade desapareceu no mesmo momento em que eu calei a minha boca, como eu disse, não consegui deixar de ser cuzão Emma – Meu pai quer te ver amanhã, disse que tem que te levar para conhecer o movimento do morro, que não quer partir sem deixar as pontas todas amarradas E como uma bomba, eu me lembrei do motivo de estar ali, de minha vida ter virado de cabeça pra baixo em questão de dias Ítalo – Eu não preciso aprender nada, não quero nada que venha daqui Emma – Eu sei disso, sei muito bem... Acho que ela levou pra outro lado Emma – Só que você também sabe que o meu pai não tem ciência disso. Por favor, Ítalo, faz esse agrado, é por pouco tempo Ela estava certa, era por pouco tempo e .eu pai não esperava menos de mim. Vi a Emma carregando o buque de flores e a caixa de bombom para o seu quarto, mesmo tudo em mim mostrando que aquilo foi só um agrado bobo, ela tinha se agarrado novamente à sua tristeza e eu não diz nada para mudar Depois de umas horas, eu fui para o meu quarto também, não tinha mais visto ela, que entrou no seu quarto e não saiu mais. O sino fugiu de mim, adentrei a madrugada sabendo até quantas florzinhas tinha no papel de parede do meu quarto e sem aguentar mais, decidi ir para a cozinha, fazer um lanche Só que me peguei parando na frente da porta do quarto da Emma, colocando o meu ouvido ali, para tentar escutar alguma coisa, mesmo sabendo que a noite já estava densa e que, provavelmente, ela já estava dormindo Abri a porta de agorinha e encontrei a Emma deitada, enrolada no lençol e cheguei perto. Não há ia nenhum barulho, mas era nítida as marcas de choro em seu rosto Me recriminei naquele momento, pela minha falta de capacidade de deixar aquela mulher, pelo menos bem e o que eu fiz? A mesma coisa da outra noite, respirei fundo, dei a volta na cama, me aconcheguei do seu lado e curti a chegada milagrosa do meu sono, aquele que, quando eu estava sozinho, não vinha nem por reza Eu disse, não consegui deixar de ser cuzão
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