O meu nome é Alice e tenho quatorze anos, moro em Brasília em um prédio de vinte andares, meu apartamento ficava no último andar era um dúplex e tinha uma área aberta. Como eu sou? Sou alegre e sociável, pequena, meu peso é ideal a minha altura, cabelos curtos, loiro escuro e liso, olhos verdes, nasci no dia 8 de julho de 1999, na Itália e vim para o Brasil com dois anos, minha mãe Aurora Souza é brasileira, um pouco alta e magra, tinha belos cabelos lisos escuros como o céu em noites de tempestades, os seus olhos castanhos claros, tinham a nebulosidade do tempo sempre indecifráveis, sua voz era suave, mas quando ficava brava mudava totalmente parecia uma voz de vilã, morro de medo, fez faculdade na Itália que conheceu o meu pai, Matteo Berlusconi, deve ter quase dois metros de altura um corpo atlético, loiro com olhos azuis, a voz dele é um mistério nunca sei quando está bravo ou não, sabe me pergunto como consegui olhos verdes, talvez da minha vó. Minha mãe é estilista e o meu pai arquiteto e engenheiro. Sou muito apegada aos meus padrinhos.
Eu tenho alguns hobbies, como dançar e tocar piano. Sou uma ótima aluna, minhas notas são até altas, minha melhor amiga Ana Carolina que ama mitologia grega diz que sou filha de Atenas com bênção de Afrodite. Temos um mini grupo de amigas, Andressa e Camila, temos bastante coisa em comum em gostos, tirando que eu sou a única que gosta da Coreia do Sul.
Gosto de Kpop, Rock, música Italiana e Clássica. Sou apaixonada pela leitura, meu quarto tem uma estante grande e a parede parece até uma biblioteca, com livros de todos os tipos praticamente. Minha cama é grande cheia de bichinhos de pelúcia, meu guarda-roupa é de casal branco, tenho. Estudo no Le Blanc, uma das escolas mais caras daqui, mas minha mãe não gosta do método de ensino, acha fraco e sempre tenta-me mudar de escola, mas ela tem pena de me separar dos meus amigos.
Ultimamente tenho sentindo um cheiro estranho, r**m e desagradável, não sei como explicar. Tenho sensações estranhas, sentindo pressentimento de morte uma coisa assim, que só eu sinto. Como conto tudo para minha mãe, ela disse que pode ser que leio muitos livros, não é nada de mais.
Num dia de quarta-feira dia, 5 de maio de 2013, eu comecei a sentir esse cheiro muito forte, tinha uma festa aqui no salão de festa e a minha família materna estava toda aqui, perguntava para eles se sentiam esse cheiro mais sempre respondiam não, falei para minha mãe sobre isso, para eu esquecer isso, que acabou-me fazendo dançar uma das coreografias que fiz, balé misturado com Street jazz, adoro misturar os estilos de dança. No meio da minha apresentação, cheguei perto do meu padrinho o cheiro ficou tão forte que me fez desmaiar e tive um sonho dele morrendo em um acidente de carro, acordei gritando, quando percebi estava no hospital, logo a minha mãe correu para me ver e disse-me que só foi o cansaço que era para ficar em repouso, eu comecei a chorar falando que constatei o meu padrinho morrendo, não falei como, ela olhou-me pálida com medo e disse ser apenas um sonho.
Fui para casa somente no dia seguinte e as minhas amigas decidiram fazer uma surpresa para mim para me animar um pouco, então decidimos maratonar uma série. O cheiro estava voltando até sentir angustiada e uma vontade de chorar, sentia que algo r**m estava para acontecer, tinha certeza disso.
Por volta das dez da noite elas foram embora, decidi relaxar na banheira e depois ir direto para cama. De madrugada o telefone toca, me fazendo acordar, porém, foi minha mãe logo atendeu e desligou e veio rapidamente para meu quarto com cara de choro e muito pálida dizendo que o meu padrinho sofrera um acidente de carro que no meio do caminho indo para Minas Gerais, estava sozinho, o carro perdeu o controle e desceu o morro abaixo, meu olho encheu de lágrimas e ela continuou:
— A caminho do hospital ele teve uma parada cardíaca.
Quando ela disse isso comecei a chorar e não parava mais, não conseguia parar, o cheiro estava ainda ali e quando fechei os olhos nos braços da minha mãe me negando o que acontecera eu vi a cena como foi e um sofrimento dele até ele morrer. Foi a primeira vez que não contei para minha mãe o que vira, ela ficou-me abraçando até eu dormir.
No dia seguinte, acordei muito triste com choro preso, e meu pai falou-me que o velório seria às cinco da tarde e o sepultamento às sete da manhã. Meus pais me levaram e quando vi minha madrinha, Helena, corri para abraçá-la e comecei a chorar muito, ficamos assim por muito tempo, não sentia fome, frio, sede ou sono, estava totalmente arrasada, eu amava ainda amo o meu padrinho e não acreditava o que acontecia não disse adeus, não pude impedir eu sabia o que ia acontecer podia ter evitado. Aurora deixou-me ficar com minha madrinha a noite toda até o observar a ser enterrado.
Quando acabou o velório, estava pálida com olho fundo, fiquei chorando a noite toda, nesse mesmo dia ela levou-me ao psicólogo e falou estar com indício de depressão, que o choque de perder um familiar foi muito forte e abalou-me muito emocionalmente, me vez tomar remédios, depois de cinco meses fazendo tratamento, mesmo com a dosagem alta dos remédios, cheguei ao ponto que a minha mãe me levou para um hospital psiquiátrico para me internar estava com medo de me m***r, pois, a medicação não parecia fazer efeito. Continuaria tendo aula, poderia ler os meus livros, só não sairia de lá até melhorar.
Todo o fim de semana tenho visita, minhas amigas e família, minha madrinha vem quase todo o dia, e ficávamos horas conversando, e sempre chorava e dizendo que a culpa era minha, que podia ter evitado isso, mas ela sempre me dizia a mesma coisa, que não tinha nada a ver comigo, o problema foi o carro.