Capitulo 8 - Herança

2713 Words
Não comemoramos o natal, fomos a Itália em Janeiro, fizemos uma homenagem para meu pai em Veneza, e fomos para casa dos meus avós em Milão, ainda é muito doloroso a morte dele, minha vó fala que ele queria que ficássemos felizes, que a missão dele na terra já foi concluído. Minha vó paterna se chama Giuseppina Berlusconi, tem uns 76 anos, mas é cheia de vida, gosta de fazer sua caminhada, yoga, pilates, ela não era alta, cabelos brancos como a neve, olhos verdes muito vaidosa e fashion, só usa roupas de grife, casada com meu vô, Alfredo Berlusconi há 58 anos, eles se conheceram na infância, começaram a namorar na adolescência. Meu pai era o caçula da família, tinha mais 5 irmãos, o irmão do meio, Vito que é CEO da empresa engenharia da Itália, dois dos irmãos decidiram seguir a profissão de médico, do pai e trabalham hospital que ele fundou, uma fez administração para tomar conta da empresa de seu pai, sendo a CEO do hospital. Um decidiu abrir uma advocacia. No começo a família Berlusconi, não gostava da minha mãe e nem aprovava o relacionamento, por que ela era uma estudante de moda bolsista e não vinha de uma família rica, que não era amor e sim interesse. Eles lutaram muito para ficarem juntos, mesmo sem a aprovação casaram escondido quando minha mãe conseguiu emprego faltando um ano para se formar como estilista na De Lucca, a empresa mais famosa da Itália e dois anos depois abriu sua empresa sem ajuda de meu pai que super deu certo, aceitaram minha mãe, a senhora Giuseppina até usa roupas que minha mãe faz, hoje são BFF's. O Atelier da minha mãe hoje está entre os 5 empresas mais famosas do mundo. Minha vó, não aceitou que ficássemos em um hotel, que na casa dela era melhor, moravam em uma mansão, que dava para se perder fácil ali dentro. Apenas dois tios meus, o Vito que nunca casou e muito galã, conquistava qualquer uma, e o Afonso que era divorciado há 5 anos, porém toda a família vivia aqui, principalmente meus 7 primos, cada um tinha um quarto, pela Giuseppina todos morariam lá. Eu até conversava com meus primos, só não gostava de um o Giochino que era filho mais velho do meu tio mais velho Pasquale, ele era muito metido e vivia tentando me colocar para baixo, ele se achava o mais inteligente, por que entrou na faculdade com 16 anos e era o médico efetivo mais novo do hospital Berlusconi com 21 anos, e está terminando a especialização de neurocirurgia. Eu era mais próxima dos que tem a mesma faixa etária que a minha, Angelo, 15 anos, filho do meu tio Afonso o quinto filho dos meus avós, Attilio, 16 anos e Barbara, 18 anos , filhos da Tia Graziella que é 3 anos mais velha que Afonso. Minha família é gigantesca e sim bem confusa, as vezes até eu me perco. Eu e meus primos estávamos na área da piscina coberta, já que fazia -10ºC lá fora, eu e a Barbara estávamos deitadas nas divãs, enquanto os outros dois estavam na piscina aquecida encostados na borda: - Alice, já escolheu qual faculdade irá fazer? - Pergunta Attilio em italiano. - Eu não me decidi. Uma coisa tenho certeza, não quero ser médica. - Disse em italiano - Pensa eu médica e sabendo que não salvaria pacientes ? - Pensei para Charlie que acabou dando um sorriso. - Não pensa em seguir a carreira dos seus pais? - Fala Barbara. -Sim, são duas áreas que eu amo. É difícil escolher, eu sei que agora a empresa do meu pai precisa de alguém para cuidar, tenho que ajudar minha mãe. Mas a moda é incrível. - É complicado, prima. Siga seu coração, ainda tem um tempo para pensar. Apenas concordei com ela, eu realmente não sabia o que escolher. no futuro serão duas empresas para herdar. Ficamos ali a tarde toda conversando, e por um momento fiquei bem, depois de dois meses que meu pai morreu: - Alice, querida. - Minha mãe me chama. - Si, mamma. - Fui até minha mãe. -Filhota, amanhã você terá que participar da leitura do testamento, o advogado falou que é obrigatório você lá. -Sabe por que mãe? -Não tenho nem ideia, melhor ir para o seu quarto e descansar, amanhã levantaremos bem cedo. Concordei, me despedi dos meus primos e fui para meu quarto, era uma suíte, meu banheiro era muito grande, tem banheira retangular com hidromassagem e cromoterapia com um desk em madeira purple heart, o chuveiro do outro lado do banheiro é quadrado grande com cromoterapia também, o vidro do box não dava para ver o lado de dentro, porém quem tá dentro vê o lado de fora, a bancada onde ficava a pia têm uns quatro metros de largura toda de mármore Travertino, a pia ficava no meio também em mármore a queda da água é em diagonal, a torneira em formato de C dourada cascata, a água era quente ou fria, tinha o espelho tinha a mesma largura que a bancada, em baixo tinha uns nichos e gavetas na mesma madeira do desk, dava para morar dentro do banheiro. Primeiro preparei a banheira com sais de banho para relaxar, coloquei um livro ao lado, tomei uma ducha para relaxar e fui para a banheira, a água não esfriava dava para controlar a temperatura da água, devo ter ficado lá umas três horas, até minha mãe bater na porta do banheiro: -Filha? Tá tudo bem? -Está sim, eu só perdi a noção do tempo. -Está a hora do jantar. Sai da banheira coloquei o roupão e fui para o quarto escolher alguma roupa, Charlie estava do lado de fora do quarto ao lado da porta igual um segurança, terminei de me arrumar e fui até a sala de jantar, onde estava todos reunidos, sim minha família inteira, dezenove pessoas, a mesa era redonda com giratória onde ficava a comida de mármore cinza suporte da mesa era em titânio, as cadeiras possui assento e encosto estofado em camurça branca, com acabamento em capitonê no encosto. Tivemos um jantar agradável, ficamos um tempo conversando, quando começaram a falar de negócios referente ao hospital, cada filho tinha 5% das ações, meu avô tinha 40% das ações e os outros 30% das ações era dos investidores, estavam conversando como ficaria as ações do meu pai se ele tinha falecido, eu não quis escutar, pedi licença e sai e fui direto para o meu quarto, deitei e acabei dormindo. Acordo assustada, quando minha mãe me chamou para levantar, já tinha clareado o dia e tínhamos que ir para a sala de reunião, eu peguei meu vestido preto básico um Scarpin preto de 8cm, terminei de me arrumar e fui com a minha mãe, demoramos uns 10 minutos andando pela casa, meu quarto ficava no segundo andar ao sul na ponta, era a única neta que tinha um quarto com sacada, a sala de reunião era no primeiro andar ao norte, atravessamos a mansão inteira. Chegando lá, todos os meus tios, apenas os irmãos do meu pai e meus avós: -Bom dia, mia principessa. - Bom dia, Nonna. -Como todos já estão presentes, começarei a ler o testamento. - Diz o advogado no idioma natal. Eu e minha mãe sentamos à mesa de reunião. - Se vocês estiverem lendo isso, já terei partido, não fiquem tristes, minha missão foi cumprida na terra e saibam que amo todos vocês e filha não fique chorando tudo bem? Quero ver você alegre, sempre estarei cuidando de você. Cuide bem da sua mãe e caso tiver um irmão ou irmão cuide dele também. Todas as minhas ações, tanto do hospital, que são 5%, e da construtora que são 55% e as outras que tenho em hotéis, exportadora e afins, deixarei para minha filha Alice, quem irá te ajudar a entender como funciona será Vito e meu secretário, todos os bens que estão em meu nome e, como casa de praia em Maldivas, apartamento no Brasil, Japão e Paris, todos meus carros que estão no Brasil e todas minhas contas bancárias, para minha amada esposa. Meu Bugatti que está na casa dos meus pais, para meu irmão Vito, sei que gosta muito dele, Minha adega de vinhos raros para Pasquale que também está na casa dos meus pais, Lamborghini para Graziella, todas minhas roupas de marca para Afonso, tanto do Brasil, como da Itália, faça um bom aproveito e para minha querida Eleonora, deixo minha casa em Dubai, sei que ama ir para lá. Para meu pai deixo o Rolls-Royce e minha coleção de relógios e para minha amada mãe, minha casa em Bahamas. Vito eu espero que cuide bem da nossa empresa e procure um CEO de confiança para a filial do Brasil, e se possível, visite mais vezes minha filha para ajuda-la a herdar a empresa, cuide bem da minha pequena. Magnus será secretário da minha família e auxiliará na empresa, dê um bom aumento para ele. - O advogado faz uma pausa. - Meu amor, o Magnus cuidará de tudo, para passar as coisas para o seu nome, ele é a pessoa de maior confiança que tenho, ele colocará a Alice em aulas de finanças, tudo bem? Quero que seja feliz, não fique sozinha para sempre. Peço que respeitem meu testamento. - Ele continuou Estava aos prantos abraçada a minha mãe, ela passando a mão na minha cabeça para me acalmar: - Ele lembrou de todos nós e deixou algo que gostamos. - Disse Eleonora. - Ele só nos deu o que já usávamos. - Falou Afonso cruzando os braços. - Pelo menos deixou algo para vocês, não sejam ingratos. - Diz minha vó levantando. - Bom o testamento foi lido, nosso advogado cuidará de transferir as coisas para o nosso nome, enquanto Magnus cuidará da mia principessa e dá Aurora. - Podemos ir tomar café? - levanta Graziella. Ficamos apenas eu, minha mãe e o advogado na sala de reunião, estava tentando me acalmar: - Sra. Berlusconi? Minha mãe levanta a cabeça e olha para o advogado: - Magnus já cuidou te todas as questões do Brasil, encaminhou tudo que foi dado no testamento para cá, pedi para deixar algumas roupas mais importantes do seu marido, ele virá para a Itália, para acompanhar vocês, seu marido comprou um apartamento para ele próximo a casa de vocês, seu bebê não entrou no testamento, pois foi feito antes de saber que estava grávida, Alice tinha 8 anos na época que pediu para escrever, o que não tiver no testamento que ele teve a mais, será seu. - Obrigada, Sr. Calloni. - E senhorita Berlusconi. Olhei para cima secando as lágrimas. - Seu pai deixou uma coisa para você, está com Magnus, ele te amava muito e não quer ver você triste, tudo bem? Apenas concordei: - Pode ser difícil no começo, mas fique bem. Cuide bem do seu irmãozinho ou irmãzinha que está para chegar e da sua mãe, e respeite a decisão dela se ela quiser outra pessoa ao seu lado, tá bom? -Eu sempre apoiarei minha mãe e vou aceitar o pedido do meu pai em herdar a empresa e estudar finanças. O Sr. Calloni vai embora, e fica apenas eu e minha mãe: - Desculpa mãe por não seguir a sua carreia. - Comecei a chorar de novo. -Oh minha filha, está tudo bem, você decide o que quer fazer. - Disse minha mãe secando minhas lágrimas. - Vamos ficar bem, tá bom? Uma apoiará e cuidará da outra, ok? Concordei com ela: - Vamos, minha pequena? - Ela terminou de secar minhas lágrimas e beijou minha testa. - Vamos, mamãe. - Dei um sorriso um pouco forçado. Levantamos e fomos para a varanda, onde foi servido o café da manhã, o clima estava agradável, fazendo 11ºC, estava ensolarado: - Eu e seus tios conversamos e decidimos que você Alice precisa relaxar um pouco. Então eu Stella Berlusconi, levarei você, Attilio e Angelo para esquiarem ficaremos em um hotel por lá uma semana, o que acha? - Stella, como fica a escola, se formos? -Já conversei com a diretora e ela entendeu. - Mãe? Posso ir? -Claro, pequena. É para te fazer bem. Eu aceitei ir para Vêneto com meus primos, fomos com o jatinho particular da família, ficaram em um hotel de luxo estrelas, cada um tinha seu quarto. Quando fui para meu quarto, eu e Charlie ficamos conversando, fazia um tempo que não fazíamos isso, desde que cheguei na Itália, ele ficou um pouco distante, ele ainda se sente m*l com a morte do meu pai, eu pedi para ele me levar ao seu mundo para ficarem mais a vontade. chegando na casa de Charlie eu rapidamente abracei ele, colo ele era bem alto minha cabeça ficava um pouco abaixo do seu peito, ele retribuiu e beijou minha cabeça: - Como estava com saudade de te abraçar. -Charlie, não fique longe de mim, como estava, já disse que está tudo bem e a culpa não foi sua. - Não ficarei mais longe. Nos beijamos intensamente, e por muito tempo. Depois ficamos ali conversando, sobre nós deitados de frente um para o outro numa cama que ele tinha lá, por que ele gostava de ficar deitado olhando o teto, até eu adormecer. Acordei assustada e estava no quarto de hotel, Charlie estava encostado na parede ao lado da porta do banheiro com as asas escondidas: -Bom dia! -Bom dia Charlie. - Levantei e fui ao banheiro, me arrumar e comecei a ficar tonta, até que ficou tudo preto. Tive uma visão tenebrosa, teria muitos mortos, e minha prima poderia ser um dos corpos. Na montanha de esqui, acontece um terremoto de magnitude 3,5 graus na escala Richter, fazendo acontecer uma avalanche em uma montanha que é extremamente perigosa, somente mais para o pico, do meio para baixo o risco é moderado, porem era muito raro acontecer. Onde cerca de 50 pessoas estavam esquiando, como a queda da neve foi muito forte no pico foi acontecendo outras, logo foi acumulando, até chegar na base, ou seja, ninguém sobreviveria neste desastre, Stella estaria esquiando nessa hora, não consegui ver o dia ou as horas que acontecia. Acordei assustada com Charlie me segurando no colo preocupado, ele me salvou, eu quase bati minha cabeça na pia que poderia causar minha morte: - Você tá bem?! - Eu.... - Calma... Antes do Charlie terminar de falar, corri para o vaso sanitário vomitar: - Acho que essa foi a maior visão que teve, vai ficar bem enjoada. - Charlie ficou acariciando minhas costas. - Você pode salvar sua prima. -Co-como? - Voltei a vomitar o bile do fígado. - Ela está com o cheiro entre a vida e a morte, como teve essa visão repentina, acredito que seja hoje. Como terá o terremoto, terá avalanche em todas as montanhas, você viu só uma que foi a de maior tragédia. as outras terão mais feridos que mortos. - Como vou salvar ela? -Ao invés de esquiar vão patinar no gelo, que fica distante das montanhas, fazer um tour na cidade. -Boa, Charlie! Escutei alguém batendo na porta: - Já vai. - Levantei fraca com ajuda do Charlie, lavei a boca ainda um pouco enjoada e fui abrir a porta, era a minha prima: - Bom dia prima, vamos esquiar hoje? - Ela estava com dois equipamentos de esqui. -Stella, eu queria patinar no gelo com você primeiro e conhecer a cidade, o que acha? - Você que manda, os seus primos querem conhecer a cidade também, nem iam esquiar comigo. Foi por isso que não vi os dois, e eu? Será que fiquei no quarto do hotel passando m*l? -Charlie, você tem algo par enjoo? - Falei em meu pensamento, ele ainda estava me segurando. -Tenho algo que vai te fazer melhor. - Ele respondeu. -Alice, você está bem? Tá pálida. - Stella continuou. - Estou bem, acho que foi algo que comi ontem, que não me fez bem, mas logo eu melhoro. Vamos esquecer o esqui hoje, tudo bem? -Claro. Prometo, sem esqui hoje! Vamos ter um dia só de meninas! O cheiro que estava nela sumiu.

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