O começo

1342 Words
* Elizabeth Narrando Estou jogada no chão de um beco escuro, fui drogada na saída da universidade. Um colega me comprou um milkshake que vende na barraca de frente para a universidade, e eu bebi, bebi porque eu o conhecia, era Gabe, conheço ele desde o ginásio. Eu e ele tínhamos acabado de fazer um trabalho em dupla, tiramos nota máxima, e para comemorar ele me comprou um milkshake, e eu amo milkshake, mas eu nunca imaginei que esse milkshake estaria batizado, com apenas duas goladas eu comecei a ficar tonta, meu corpo fraco. Eu estava fraca, corpo mole, tonta, mas eu conseguia ver o que estava acontecendo, eu vi Gabe me pegar no colo e me colocar dentro de um carro, eu tentava falar, pedir socorro, mas eu não tinha força o suficiente para isso. Fui abusada não só pelo Gabe, mas por seus outros três amigos, Luigi, Antoni e Pietro. Eu não conseguia nem me mexer, meu corpo estava paralisado, não conseguia falar, a única coisa que eu conseguia fazer era chorar, e perguntar para Deus, o que eu fiz de errado para merecer aquilo. Enquanto eu chorava, escutava eles falando. - Eu sempre fui louco para comer essa garota. – Disse Luigi enquanto colocava seu m****o em minha boca. - Sabia que ela era gostosa, mas a v***a nem era mais virgem. – Foi a vez do Pietro falar enquanto me penetrava. - p*****a como todas as outras. Sai Pietro, que agora é a minha vez, eu vou acabar com essa v***a que se faz de santa. – Diz Antony. - Geme, p*****a. – Falavam dando tapas em meu rosto. Eles riam enquanto abusavam de cada parte do meu corpo se revezando, eu também vi Gabe em cima de mim, mas ele foi o único que não disse nada. Me largaram lá como se eu fosse um lixo, minhas roupas rasgadas, meu corpo todo machucado, se antes eu não tinha forças, depois de tudo isso, muito menos, eu só sabia chorar, e antes de eu apagar de vez, fiz um pedido a Deus, que não me deixasse sobreviver. Pois minha vida tinha acabado ali, naquele momento em que eu fui usada e humilhada. * DOIS ANOS DEPOIS Faz uma semana que me mudei para a cidade grande, eu morava no interior com meus pais e minha irmã Helena. Passei dois anos da minha vida trancada dentro do sítio dos meus pais, abandonei a universidade, não tinha coragem de olhar na cara de ninguém, cidade pequena, todos sabiam o que tinha acontecido comigo. Eu perdi dois anos da minha vida, e eles? Eles, não perderam exatamente nada. Eu dei parte deles, mas pelo fato de Antoni, ser filho do prefeito, o caso foi arquivado. Fizeram meu depoimento, acusando os quatro ser anulado, pelo simples fato de eu estar drogada, afirmaram que eu estava alucinando. Passei dois anos da minha vida vivendo um inferno, tentei me matar três vezes, e na última eu quase consegui, fiz um corte bem profundo em meu pulso, mas minha irmã chegou na hora e pediu ajuda. Comecei fazer terapia, e percebi que, para eu conseguir seguir minha vida, tinha que ser longe de tudo isso aqui, e infelizmente longe dos meus pais e minha irmã. Meus pais trabalham em um pequeno sítio, e bom, aquele sítio é a casa deles, meus pais não se habituariam na cidade grande, como eles mesmo dizem, a cidade do barulho. Já minha irmã está louca para sair do sítio, prometi a ela que assim que eu conseguisse um lugar fixo e uma escola boa eu a buscaria para morar comigo, Helena só tem quinze anos, mas o sonho dela é sair daquele lugar. Fiz uma entrevista ontem para ser secretária na San’Tech, e graças a Deus eu fui aprovada. Hoje é meu primeiro dia, e como não quero chegar atrasada no meu primeiro dia, acordei bem cedo, e tomei um banho para me ajudar a acordar. Saio do banho e começo a me arrumar. Escolhi um terninho, saia na cor azul lápis e a blusa social branca, o blazer na mesma cor que a saia, coloquei um saltinho não tão alto, pois eu sou um pouco alta, e se eu usar um salto enorme fico parecendo uma girafa. Termino de me arrumar e tomo um café bem rápido, e corro para o ponto de ônibus, ainda não posso, me dá ao luxo de ir de taxi. Estou sentada na minha mesa, eu sou secretária da Layla Willians, ela me apresentou por toda a empresa, só não conseguiu me apresentar ao seu irmão, Tom, que junto com ela, comanda essa empresa. - Bom dia, Elizabeth. – Diz Layla assim que chega. - Bom dia, senhora Willians. – A cumprimento. - Sem formalidades, não sou essas chefes chatas e irritantes, pode me chamar só de Layla. - Certo, senhora.... Desculpa, Layla. – Me corrijo. - Assim é bem melhor, Elizabeth. – Fala sorrindo. - Pode me chamar só de Liz. – Falo. - Adorei. Liz, você viu se meu irmão já chegou? – Questiona. - Eu ainda não o conheci, mas não vi ninguém chegar desde a hora que eu cheguei. - Ele com certeza vai se atrasar novamente. Coitado do meu irmão, está em uma luta para conseguir a guarda do meu sobrinho, mas aquela vagabunda não gosta do menino e não ajuda, ela que extorquir meu irmão. Mas, vamos começar os trabalhos, depois que ele chegar eu falo com ele, tenho muitas coisas para te passar, pega seu caderno e uma caneta para você fazer suas anotações e vamos para minha sala, vai ser melhor, será muitas coisas. – Disse. Passei a manhã toda na sala de Layla, e como ela disse, eram muitas coisas, reuniões, agenda, visitas, gráficos, agendamentos de visitas nas lojas físicas, e tudo isso tem dias específicos. Depois de me passar tudo, ela me chamou para ir almoçar com ela, aceitei por educação, porque na verdade eu não tenho dinheiro suficiente para ir aos restaurantes que ela frequenta, mas eu tenho meu cartão de crédito, e vou ter que usar ele, não queria, mas vou ter que usar. Assim que saímos da sala dela ouvimos gritarias vindo da sala ao lado, Layla corre até lá, e eu fui atrás. - Tom, o que está acontecendo aqui? – Layla o questiona. - Tira essa vagabunda da minha frente, ou eu vou enforcar ela com minhas próprias mãos. – Disse. - Luiza, some daqui, por favor. – Layla fala apontando para a saída. - Eu vou, mas já te deixo avisado, Tom, se não me der o que eu quero, você nunca mais verá o Luan. – Ela fala e sai. Eu não sei o que ela falou para ele, mas foi algo bem sério, pois ele estava transtornado, dá para ver o ódio em seus olhos, parece estar pegado fogo. - Pode me dizer o que aconteceu aqui? – Layla pergunta para ele. - Não. – Responde seco. - Mas vai. Anda logo, Tom, o que ela te falou para te deixar desse jeito? – Layla volta a perguntar. - Ela quer um milhão de euros para me entregar a guarda do Luan. – Disse. - Tom, com todas as provas que você tem ela perde a guarda do Luan para você, fora que a Luiza é instável, nenhum Juiz em sã consciência, vai querer dar a guarda para ela. – Layla diz. - Aí que está, se ela abrir a boca para o Juiz, eu perco meu filho de vez. – Diz com tristeza. - Eu não estou entendendo. – Layla fala olhando para ele sem entender nada. - Layla, essa vagabunda acabou de esfregar na minha cara, que o Luan, não é meu filho de verdade. A Luiza me traiu. – Fala se jogando em sua cadeira. - Que desgraçada. – Layla diz chocada. - Meus problemas só estão começando, essa vagabunda está tirando minha paciência. – Ele disse. Eu fiquei parada sem reação alguma, só olhando para eles dois, me sentindo uma intrusa.
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