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Ele mordia a própria boca, tentando controlar a ira que ele sentia.
- Eu não consigo negar! - Respondi, sabendo o que aquilo significava. O que eu estava dizendo para ele. Suas pupilas dilataram e eu continuei. - Eu não posso negar que estou tão envolvida quanto você. Ele puxou meu corpo para mais perto e eu sabia que eu iria pular naquele mar de emoções e perigos. Que eu me afogaria grata em medo, culpa e amor. Que eu renegaria tudo o que eu conhecia, queria e era por ele.
- Eu gosto… - Comecei, e pareceu tão pouco perto do que meu coração estava gritando. - Não. - Parei, tentando colocar em palavras o que eu estava sentindo. - Por mais desesperador que seja. Por mais assustada que eu esteja. Mesmo com tudo. Mesmo eu
