Fiquei sentada por um tempo no sofá, enquanto o Ricardo olhava a casa, canto por canto, com a arma na mão. Mesmo sabendo que se alguém estivesse ali, já estaríamos mortos, eu tremia muito. Quando ele desceu as escadas eu respirei um pouco mais aliviada. - Tudo limpo. - Ele foi até a porta e ficou parado ali. - O Cobra deve chegar a qualquer momento. - Até quando isso vai acontecer? - Eu sentia no meu corpo um gelo imenso. Eu me movimentei para frente e para trás, abraçando as pernas. Ele percebeu que eu estava a beira de outra crise de pânico e veio até mim. - Princesa, olhe para mim. - Forcei o olhar nele. - Respire. - Puxei o ar e soltei em seguida, sentindo os meus nervos vacilarem. Fizemos esse movimento algumas vezes até que consegui pensar melhor. - Ricardo… - Comecei. - Eu