Capítulo 8

922 Words
*Brenda narrando * Albert pediu vinho branco e escolheu nossos pratos, eu não conseguia parar de admirar o lugar, era um restaurante lindo e aconchegante, a comida era deliciosa e parecia ser muito, muito caro. - Está gostando da comida? - Albert perguntou tomando um gole do seu vinho. - Está divina. - Respondi sorrindo para ele. - Me fale mais sobre você. - Ele pediu se recostando em sua cadeira ainda com a taça em suas mãos. - Não tem muito o que dizer. O que você quer saber? - Respondi limpando os lábios com o guardanapo e olhando para ele em seguida. - Me diga o que considerar importante. - Ele levou a taça aos lábios sem desviar os olhos dos meus, abaixei a cabeça, eu podia ver intensidade em seu olhar e por algum motivo me senti tímida e incomodada, me mexi desconfortavelmente na cadeira. - É, hm. Eu tenho vinte e dois anos, sou formada em economia com foco em finanças. Bem, eu não tenho nada muito incrível para falar, trabalho na empresa de Emma agora, como sua assistente. - Eu percebi o quão chata e sem graça era minha vida apenas naquele instante. - Está gostando da cidade, Brenda. - Meu nome dançou em seus lábios, ele parecia testar as palavras que saiam de sua boca, mordi os lábios olhando para baixo. - É bonita, e legal, as pessoas são bem receptivas, não tive problemas com adaptação. - Coloquei minhas mãos embaixo da coxa as pressionando para baixo como sempre fazia quando estava desconfortável. - Me fale sobre você. - O encarei finalmente. - O que quer saber de mim? - Ele questionou depositando a taça sobre a mesa. - Não sei, o que estiver disposto a me contar. - Ele sorriu. - Sou quase dez anos mais velho que você. - Sua voz era rouca e profunda, parecia trovão em dia de tempestade. - Sou um homem treinado e calejado, não sou alguém com quem você possa brincar. - Olhei para ele confusa, brincar? Do que ele estava falando. Albert notou a confusão em meu rosto mas não parecia disposto a me esclarecer muita coisa. - Quer sobremesa? - Perguntou mudando o tom. Neguei com a cabeça. Ele era bipolar, tinha um humor volátil. - Não obrigada. - Respondi ainda digerindo suas palavras. - Vamos! - Ele se colocou de pé, peguei minha bolsa e o acompanhei. - Não precisamos pagar a conta? - Perguntei enquanto deixávamos o restaurante. - Hoje não baby, hoje não. - Entramos no carro e Albert parecia em conflito, não sei dizer a batalha interna que ele havia travado, mas parecia intensa, sua expressão mudava de séria, para careta e sorriso zombeteiro em instantes. Estávamos quase chegando em frente ao prédio em que eu morava e agora eu estava em conflito, o jantar foi, estranho, não um estranho bom, um estranho, estranho, parecia mais uma entrevista de emprego ou um interrogatório, tudo, menos um encontro. Ele foi extremamente cordial e só se aproximou de mim quando estávamos entrando no restaurante, talvez eu não fosse aquilo que ele esperava, mas ele também não era tudo isso. Bufei internamente com meus pensamentos. Quando dei por mim o carro já havia parado em frente ao prédio, olhei pela janela e me voltei para Albert. - Hm, obrigada pelo jantar, adorei o restaurante, a comida estava ótima. - Dei a ele meu melhor sorriso, Albert arqueou a sobrancelha. - Só a comida? Vou ter que lhe dar algo a mais para recordar essa noite então. - Quando dei por mim ele já havia soltado seu sinto. Suas mãos seguraram uma de cada lado do meu rosto nos grudando em um beijo, profundo e duro, Albert aprofundou cada vez mais o beijo me deixando quase sem ar, eu já estava completamente entregue quando senti uma de suas mãos deixar meu rosto e ir direto para minha coxa onde estava a f***a enorme, o empurrei acordando do transe. - Desculpe. - Ele disse retirando a mão e voltando para seu acento. - Boa noite Albert, adorei nossa noite. - Terminei de dizer e abri a porta disparando para dentro do prédio, sentia meus lábios formigarem mas não consegui esconder o enorme sorriso de satisfação que surgiu neles. *Albert narrando * - Brenda Gusmon - Eram os dizeres dos papéis que estavam em minhas mãos. Vinte e dois anos, formada em economia, seu pai tem uma corretora de imóveis que vai muito bem, sua mãe é dona de casa e seu irmão veterinário. Ótimas notas na faculdade, ótimas notas na escolha, olha só, ela era líder de torcida. - Criou fetiche por adolescentes agora Simons? - Sarah perguntou. Eu nem havia visto ela entrar, recolhi todos os documentos sobre a mesa imediatamente, ela tinha uma foto de Brenda em suas mãos, a que acompanhou o início do dossiê, a garota estava sentada com o cotovelo apoiado nas pernas, peguei a Foto de sua mão. - Você gostou mesmo da ruiva hein, logo você, que preferia mulheres ao invés de meninas. - A última frase foi dita com ironia. - Eu preciso te lembrar o seu lugar aqui dentro dessa corporação Sarah? Entrou em minha sala sem bater e pegou meus documentos sem autorização, é uma medida disciplinar que lhe falta? - Questionei em um tom firme. - Não senhor, me desculpe, não irá se repetir. - Ou podia sentir a mágoa em seu tom, mas não me importei, precisava estabelecer limites mesmo que Sarah fosse impossível as vezes.
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