*Brenda narrando *
Todos foram muito simpáticos e me cumprimentaram assim que cheguei. Jeremy, Henry, Peter, Tyler e Sarah, eram a equipe de operações especiais de Albert.
Nos sentamos próximos a churrasqueira em um sofá grande, Albert me puxou para ele e me ofereceu uma cerveja, mas recusei.
- Está gostando da cidade Brenda? - Henry perguntou e me virei para ele.
- Sim, é bem legal, tem lugares incríveis e as pessoas são muito receptivas. - Expliquei sorrindo para eles.
- Ainda mais quando você tem um par de s***s e gosta de mostrá-los. - Sarah murmurou, percebi que ela era hostil a mim desde quando cheguei aqui, talvez fosse uma das fãs de Albert, ou sua ex-namorada imaginei pela forma como se dirigia à mim a todo o momento, Albert enrijeceu ao meu lado com as palavras dela e parecia preparado para responder mas fui mais rápida.
- Na verdade no meu caso é a educação mesmo, se você costuma usar os s***s para obter isso deveria tentar algo novo, aprendi a respeitar as pessoas e tratá-las como gostaríamos de sermos tratados, funciona bem, tente. - Jeremy cuspiu toda a cerveja que estava em sua boca e gesticulou um obrigada para mim.
Sarah me lançou um olhar que queimou sobre mim, mas não me encolhi diante dele, o fato de eu ser boa não me fazia boba, bom, não nessas situações ao menos.
- Sarah se você quiser continuar de m*l-humor destilando seu veneno é melhor ir embora! Ninguém é obrigado a aturar suas grosserias gratuitas. - Albert respondeu a ela de forma ríspida que terminou de beber sua cerveja e entrou para dentro da casa, Jeremy a seguiu dizendo algo que não consegui ouvir mas ele parecia ainda mais furiosa.
Peter havia providenciado tequila e gin, ele fazia drinks maravilhosos e eu já havia tomado alguns, eram tão docinhos, começou uma música country e Henry berrou.
- AOU! Essa é minha, vamos dançar. - Puxou os amigos que correram, veio em minha direção e eu tentei me esquivar.
- Ah não! Por favor, sou péssima. - Falei rindo e fechando os olhos.
- Pare com isso, eu vou te ensinar. - Me levantei e Henry começou a me apresentar os passos.
- Isso Brenda, pé direito na frente, pé esquerdo a trás, mão na cintura.
- Ela está se saindo melhor que você, isso deve ser muito fácil! - Jeremy colocou sua cerveja sobre a mesinha e se juntou a nós.
- Você é péssimo sabia, muito r**m mesmo. - Falei rindo, a música se tornou um pouco mais lenta e Henry se virou para mim.
- Agora vamos dançar a dois, coloque as mãos no meu ombro. - Coloquei a mão em seus ombros e quando ele estava prestes a pousar a mão em minha cintura seu braço foi agarrado e ele cambaleou para trás, o soltei.
- Já chega por hoje! - A voz de Albert soou como um trovão, ele encarava Henry com as narinas dilatada e parecia estar bufando.
- Calma aí amigo, é só uma dança. - Henry ergueu as mãos em forma de rendição.
- Albert! - Chamei quase como um sussurro. - O que aconteceu? - Questionei. Ele passou a mão pelos cabelos, fechou os olhos e respirou fundo.
- Nada, me desculpe. - Ele tentou se aproximar mas dei um passo para trás.
- Preciso ir ao banheiro. - Menti, eu queria apenas por uma distância entre nós, ele parecia realmente transtornado, do nada.
- Fica lá dentro, a porta em frente à escada, quer que eu vá com você? - Jeremy perguntou e eu neguei com a cabeça.
- Tudo bem, eu vou sozinha. - Me virei e quase corri para dentro.
Entrei no banheiro e passei um pouco de água em minha nuca, joguei água em meu rosto e o sequei. Me peguei pensando, será que aquilo era ciúme? Sai do banheiro um pouco mais calma, avistei a cozinha e um bebedouro, parei tomando um gole de água quando senti alguém atrás de mim.
- Você é bonita Barbie. - Me virei para ver Sarah. - Assim como todas as outras também eram. - Encarei ela com a sobrancelha erguida.
- Não sei qual o seu problema comigo, mas guarde ele para você. - Sarah riu.
- Meu problema não é com você em específico, são com todas vocês que pensam que Albert lhes dará uma chance, vai ser mais uma entre tantas outras que passará por sua cama e amanhã ele nem lembrará seu nome. - Bati o copo na pia.
- O seu ele ainda lembra só porque trabalham juntos, não é mesmo? - Eu podia senti-la queimar de raiva, essa mulher era treinada, uma agente de operações especiais treinada! Se ela quisesse poderia me dar uma surra, mas eu não estava em meu juízo perfeito para não provocá-la.
- Quando ele se cansar de você Barbie, não diga que eu não avisei. - Virei as costas deixando ela sozinha na cozinha, pensei que ela havia ido embora aquela hora, mas na verdade essa mulher era uma parasita. Bufei.
Assim que cheguei ao jardim avistei Albert sentado no sofá com uma cerveja na mão mexendo no celular, Jeremy ainda tentando aprender a dançar com Henry, Tyler estava na churrasqueira e ria dos amigos.
- Gostou de se enturmar? - Uma voz veio de trás de mim, levei a mão ao peito, caramba essas pessoas tiraram o dia para se esconder.
- Sim, vocês são legais. - Respondi a Peter sorrindo sem mostrar os dentes.
- Menos a Sarah. - Ele concluiu.
- Menos a Sarah. - Meu sorriso aumentou.
- Não leve o que ela diz muito a sério, Sarah é, Sarah! Ela nunca está feliz com nada e gosta de atacar as pessoas. - Ele parou ao meu lado. - Você parece uma garota legal Brenda, é jovem, só cuidado pra não se machucar. - Olhei para ele confusa.
- Me machucar? - Questionei.
- Sei que Albert disse para todos que vocês são apenas amigos, mas eu vejo que ele tem interesse em você, todo mundo vê, só não se machuque. - Ele disse a todos que éramos apenas amigos? Acenei com a cabeça para Peter, realmente éramos apenas amigos, mas por que isso me incomodou então?
Voltei para junto dos outros, eu sabia que Albert estava nos observando enquanto conversávamos, sentei na poltrona distante do sofá e fiquei ali encarando Jeremy e Henry dançarem, o que aconteceria depois que Albert se cansasse de mim? Eu me machucaria, óbvio.
- Tudo bem? - Ele perguntou se aproximando e eu não sei que momento isso aconteceu, eu nem mesmo o vi se levantar.
- Sim. - Dei a ele meu melhor sorriso, ele torceu o nariz, eu era uma péssima mentirosa.
- Não parece, o que Peter te disse? - Ele questionou se sentando no braço da poltrona, recuei para o outro lado.
- Nada que eu já não soubesse. - Acho que essa era a pior resposta que eu poderia ter dado, sua careta piorou, peguei a cerveja que estava em sua mão e virei em um único gole, ele estava bravo e eu estava tensa.