Capítulo 23

1009 Words
Brenda narrando - - Como foi o trabalho? - Questionei enquanto jantávamos, Albert permaneceu encarando seu prato e mexendo em sua comida. - Bem, deu tudo certo. - Ele Respondeu ainda sem me encarar. - Que bom. - Meu sorriso congelou em meu rosto quando percebi que ele não tinha a intenção de me olhar. Albert costumava ser quieto, mas dessa vez ele estava particularmente monossilábico. Quase não falou comigo durante a viagem de carro até sua casa, preparou o jantar em silêncio e mesmo agora enquanto tento iniciar uma conversa ele parecia estar me evitando, suspirei internamente, não entendia o motivo dele ter me chamado pera acompanhá-lo se fosse para ser assim, por qual motivo havia me chamado até aqui se não pretendia nem mesmo olhar para mim? Encarei o homem em minha frente, sua testa estava franzida e ele parecia absorto em seus próprios pensamentos, se bem que eu poderia estar o interpretando m*l, pode ter sido uma missão difícil e ele precise apenas de tempo. - A comida está muito boa. - Disse tentando mais uma vez iniciar uma conversa, coloquei o melhor sorriso em meu rosto. - Pode pegar mais se quiser. - Albert respondeu, e então se levantou colocando o prato na pia. - Vou tomar um banho, fique a vontade. Eu já havia me levado enquanto ele preparava o jantar, Albert saiu me deixando sozinha com uma expressão perplexa, me levantei sem terminar de comer, meu apetite havia acabado. Coloquei a louça suja na máquina, organizei a cozinha e sentei na sala esperando que ele voltasse. Albert estava estranho e uma ansiedade começou a me dominar, eu queria ir embora, sentia que o clima estava desconfortável, com toda certeza pediria para que ele me levasse para casa assim que voltasse. Ou foi o que imaginei que aconteceria, Albert saiu do banho e me pegou desprevenida, beijou meu pescoço enquanto eu ainda estava perdida em pensamentos, não pude deixar de soltar um gemido abafado. Então sua mão alcançou meus s***s, ele ainda esteva parado atrás de mim no sofá, Albert rapidamente passou para frente e começamos a nos beijar, quando dei por mim, nossos corpos estavam entrelaçados ali mesmo, no tapete da sala, eu estava mais uma vez completamente entregue a ele enquanto nos uníamos um ao outro. - Tudo bem ? - Ele perguntou enquanto ainda estávamos ofegantes no chão. - Sim. - Respondi olhando para o teto. - Vem. - Ele levantou e me puxou com ele, achei que iríamos para o quarto quando ele começou a recolher nossas roupas do chão, então ele entregou as minhas em minha mão. - Vista-se, vou te levar para casa. - Meu rosto caiu naquele momento, o encarei incrédula mas ele parecia nem perceber, apenas encarava o celular como se esperasse algo. Não disse nada, apenas me troquei rapidamente e seguimos para a porta. - Vamos. - Chamei quando percebi que ele estava distraído de mais em seu próprio mundo para me acompanhar. - Vamos! - Albert respondeu passando por mim e abrindo a porta. Eu estava confusa, chateada e me sentindo usada, fizemos o caminho todo do apartamento de Albert até o meu e de Alicia em completo silêncio e ele nem mesmo parecia se importar. Quando o carro parou em frente ao prédio me virei para encarar ele, que mais uma vez estava com o celular na mão e se quer se virou para mim. - Até mais Be, qualquer coisa me mande mensagem. - Antes que ele terminasse de falar sai do carro batendo a porta atrás de mim, andei sem olhar parar trás com os olhos marejados, não conseguia parar de me perguntar o que foi que eu fiz!? Albert narrando - Achei que estar com Brenda poderia aplacar o estado dos meus nervos, mas a verdade é que eu nem mesmo conseguia encarar ela, e o pior é que eu não sabia o porque. Quando a vi sentada no sofá com o cabelo jogado de lado e seu lindo pescoço à mostra, exalando aquele cheiro delicioso de morango, não consegui me conter. Eu sabia que ela havia ficado chateada quando a deixei em seu apartamento, e eu poderia imaginar o motivo. Mas hoje era minha vez de fazer a guarda de Beatriz e não conseguiria mantê-la comigo. Fui direto para a delegacia trocar de carro, assim que cheguei Jeremy já me aguardava. - Está pronto? - Ele perguntou assim que entrei, sem gracinhas e sem risadinha, minha expressão deveria estar muito dura para Jeremy não me importunar como sempre fazia. - Sim, vamos. - Respondi colocando as chaves do meu carro em minha gaveta e pegando as chaves da viatura. Chegamos no prédio depois de quase uma hora inteira entre fazer rotas sem sentido e trocar de veículos, tudo para ter certeza de que não estávamos sendo seguidos. - Chefe! - Henry cumprimentou assim que me viu. - Sem intercorrências. - Respondeu de forma profissional, apenas acenei com a cabeça. A verdade é que eles estavam muito estranhos. Assim que entrei na sala, o ambiente estava inundado por risadas de criança e uma música suave infantil, Beatriz estava sentada no chão com o bebê no colo enquanto uma menininha com o braço engessado sentava ao lado sobre suas pernas. Assim que me viu o semblante da garotinha mudou para medo, ela se encolheu e Beatriz seguiu seu olhar encontrando o meu. - Tudo bem querida, ele é bom, está aqui para nos proteger. - A menina acenou com a cabeça mas ainda parecia desconfortável, fico imaginando tudo o que aquele maldito fazia com elas, para uma criança tão pequena temer tanto uma figura masculina. - Ficaremos com vocês na próximas 48 horas, se precisarem de algo nos avise. - Jeremy disse em seu tom sério. - Obrigada. - Beatriz disse, e ele então se virou indo em direção a sala de vigilância. Não consegui acompanhá-lo, fiquei ali contemplando tudo o que poderia ter sido meu, se todos os planos e promessas que tínhamos feito um ao outro tivessem se concretizado.
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