Terror

1321 Words
São 7 anos meu parceiro, 7 anos que eu tô esquecido dentro desse buraco. Me pegaram de marola com minha n**a e nosso filho na na praia e eu so me entreguei por isso, por causa do moleque e dela que tava ali. Mas o que tem de X9 safado, mas já tá morto já. Foi fácil descobrir na época e foi pra vala em menos de 3hrs. Meus dias de visita são segunda e quinta, só que eu falo pra Letícia só vir na segunda por que na quinta é dia das que tem carteirinha de amiga, não tem como não por que eu preciso ver outras mulheres. Como ela já vem na segunda e trás tudo que eu preciso, fica pesado pra ela vir 2x na semana, mas se eu não falo nada ela vem mano. Mas não dá não, eu preciso comer b****a diferente também se não eu fico maluco, eu pego no contato e mando vir, p**o esses filhos da p**a daqui e fé. As vezes falo pro Coringa mandar um malote direto pra eles e depois mando a Letícia devolver dizendo que é de carga mas é só pra molhar a mão pra minhas putas entrarem de boa e no silêncio. Eu preciso gastar pra isso, se não cai no ouvido da Letícia e aí fudeu pra mim, ela larga tudo e me abandona aqui dentro na mesma hora e não tem como, eu preciso dela também pô, ela é minha mulher a 15 anos, só a 7 ela me fortalece aqui dentro e lá fora ela faz por mim cois que eu sei que nenhuma mulher faria, não posso perder por isso. Apesar das nossas brigas eu amo pô, só que eu sou homem e preciso de mulher na rua também. Ela já me pegou no vacilo antigamente, agora eu prometi que ia mudar. Eu vou mudar pô, é só eu sair aqui e ir pra casa e vou ficar no sapato com ela. Quer dizer, eu vou tentar. Hoje é quinta feira mano, dia de receber a p**a que o Coringa mandou vir, eu pedi loira dessa vez e ele mandou direitinho. Loira, baixinha, rabão, peitão, chegou não teve nem muito assunto, é só pra me dá. Entrou aqui tem que me dá gostoso e ir embora. Foi bom pô, peguei gostoso, enchi de tapa e dei leite na boca. Fiquei levinho e ainda fui jogar bola com os parceiros aqui dentro que tem em dia de visita. Voltei pra minha cela, tomei um banho e botei a roupa e peguei o celular que tava intocado, liguei pra Letícia que demorou a me atender, não sei por que pô, sabe que eu ligo e odeio essa p***a, se ligou pras amantes elas atendem na mesma hora. Eu liguei novamente e ela atendeu - oi amor - demorou pra atender por que? tá onde ? - eu falo puto - tava fazendo as unhas, tô andando aqui indo pra casa. - aceita a chamada de vídeo aí - eu olho o celular e mudo a chamada olhando ela - vira as unhas pô -olho ela me mostrar - hmmmmm ficou bonita em - em, tu tá sendo 100% transparente comigo? tem certeza Rafael? - claro que tô preta, que houve ? - não, nada. tava pensando se realmente você merece tudo que eu faço por você - ela fala suspirando enquanto anda pelo morro indo pra casa - tá doida? eu te falei que mudei amor, pode confiar em mim pô. A gente vai viver o casamento que você sempre quis e eu não dei valor antes, mas agora tô dando vida. Não tô entendendo esse papo torto seu não pô - uhummm.. como foi a visita hoje ? - ela sorri de lado - que visita? - eu engulo seco e começo a ficar nervoso - ué, você não desceu pra pátio hoje ? - desci ue, mas foi pra jogar bola pô. Que foi Letícia? - nada não, só umas coisas que ando pensando. - ela fala - qual foi? tá com alguém aí você? Letícia, não brinca comigo não, você sabe que eu te mato né? tô nem entendendo - aí para Rafael, me poupe! vou desligar - ela fala olhando pra frente e nem me olhava - não, não vai não. vai pra casa então que eu quero te ver dentro de casa, não desfilando na rua - não vou não, hoje eu vou beber com minhas amigas no pagodinho aqui no morro - vai sim - eu gargalho - já tá até lá. Quero você dentro de casa, se eu souber que tu tá na rua, tu tá fodida - vai fazer oq? vai sair da cadeia pela janela pra me pegar? eu em chato - ela fala rindo - hmmmmm sabia que tava brincando, sua b***a - falo sorrindo - te amo tá preta? vai pra casa pra me mostrar aí, tô com saudades já - eu falo me referindo ao corpo dela e mordo lábio - tô indo já, daqui a pouco te ligo então. te amo, beijo - eu fico olhando e ela desliga e eu respiro fundo Tá estranho, do nada ela veio falar se eu desci pra visita, ela nunca perguntou isso. Será que ela sabe e tá fingindo que não sabe pra agir pelas costas? Eu ligo pro coringa - Coe irmão - ele atende - E aí mano, aí, a Letícia me ligou agora - eu falo e ele fica em silêncio - ela falou de visita, perguntou como tinha sido, se eu desci e pô, ela nunca perguntou nada disso, sabe se ela tá desconfiando de algo? - Po terror, sei não parceiro. Meu contato cm ela é só sobre a boca mesmo - pô viado, tem como descobrir não? da uma sondada pra mim? tu consegue que eu sei - terror, papo reto? por que tu não para com essas paradas? a mulher te fortalece pra c*****o pô. São 7 anos já mano, se é outra mulher tu tá fodido que já tinha te largado aí dentro e tava com outro aqui fora mano, se ela pegar alguma coisa, ela te larga de bucha aí dentro, melhor tu parar em. Tu sabe que não é impossível ela descobrir se quiser - Eu vou parar pô, quando eu tiver na rua vou ficar tranquilo pô, já prometi pra ela já. - eu suspiro - eu cheguei ficar gelado quando ela perguntou, ainda falou que ia pra pagode - eu não sei de nada não, nem fui la na penha hoje. Mas vou ver se mais tarde chego lá e te aciono, já é? - já é parceiro! - eu desligo e respiro fundo Se ela me abandona aqui eu to fodido pra c*****o, ela não pode me deixar não mano. Eu mando matar ela só dela pensar em me largar, papo só. Eu deito pra trás e fico pensando na minha liberdade. Só existe uma coisa em que preso passa dia e noite pensando, na liberdade dele. Eu tô sonhado com a minha brabo, tá chegado e nunca chega. Eu vou botar pra fuder quando eu sair daqui, vou ficar de boa com minha dona papo reto. Meu advogado ficou de me falar o dia que eu vou descer de transferência pô, meu alvará vai cantar c*****o, oh lili!! Aí eu retorno pro morrão e encontro aqueles manos de questão, os amigos de questão que saudades do morrão. Aqui eles calam a nossa voz, neguinho é maior m******e em cima de nós. Mas já já chega a liberdade, saio sem dever nada a sociedade, encontro a dignidade, c*****o eu tô morrendo de saudade do meu morro, da rua, eu não tô aguentando mais não. Parece que minha ansiedade aumentou, papo reto parceiro. Eu e os parceiros de cela ficamos conversando até altas horas da madrugada, aqui ninguém dorme a gente só cochila.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD