Capítulo 1 - A Dor

974 Words
Maria Gabriella Santos sempre foi uma menina feliz.  Seus pais a educaram e ensinaram valores que ela tinha planos de passar também para os seus filhos. Aos 19 anos de idade,  ela estava a cursar o segundo ano do curso de Gestão de Recursos Humanos e tinha muitos planos. Levantou cedo para tomar o pequeno almoço, e encontrou os seus pais na mesa.. - Bom dia pai.  Bom dia mãe. - Bom dia filha... Eles responderam em uníssono. - Gabby... Você  se importa de dormir na sua madrinha hoje?  Nós temos que ir para a Baía Branca e voltamos só amanhã á tarde. - Claro que não  mamãe.  Eu vou lá depois das aulas. - Obrigado filha.... Seu pai disse.  Não  te esqueças do celular. - Está bem pai.  Eu não esqueço. Gabriella levantou e se despediu de seus pais. - Até amanhã filha.... - Até amanhã mamãe. Gabriella saiu, e de repente teve um pressentimento estranho.  Voltou a entrar, abraçou a mãe e disse: Te amo muito mãe. - Também te amo minha filha. Sara observou Gabriella a sair de casa.  Com 19 anos de idade, a sua menina era bastante independente, mas será que a perdoaria se soubesse a verdade sobre a sua origem? Uma hora depois Sara e Adão saíram de casa para a sua viagem de trabalho. Seriam apenas 24 horas e estariam de volta no dia seguinte. Gabriella pegou Luísa no caminho da faculdade.  Era a sua melhor amiga e também filha doa seus padrinhos. - Bom dia Lu. - Bom dia Gabby. Pronta para o teste? - Claro amiga.  Estudei bastante e se obter uma boa nota vou poder estagiar. - Que óptimo.  Eu também tenho planos de fazer um estágio lá no Banco com o meu pai. - Que óptima notícia Lu.  Afinal tudo aquilo já é teu. - Verdade.  O papai disse que assim que me formar, ele vai e preparar para ocupar a presidência do banco. Gabriella estacionou o carro,  se despediu para da amiga e foi cada uma para a sua sala. Meia - hora depois de terminar a prova,  o seu celular tocou e viu pelo visor que era Adão o seu pai. - Alô pai. - Oi querida.  Liguei apenas para dizer que já pegamos o ônibus e voltamos amanhã de manhã mesmo. - Está bem pai.  Façam uma boa viagem. - Obrigada querida. Se cuida.  Te amo filha. Saiba que sempre serás minha filha e nada vai mudar isso. - Também te amo pai.  Do que o senhor está a falar? - Nada querida.  Até amanhã e se cuida. - Tchau pai.  Se cuidem também. O dia de Gabriella foi apertado entre uma aula e outra.  Por causa disso, o seu celular ficou sem carga, e ela só percebeu quando ia para casa com Luísa. - Nossa!  Tenho mais de 20 ligações perdidas da minha mãe. - O quê?... Gabriella perguntou sorrindo.  Bem! É melhor retornares. Luísa retornou para a mãe que atendeu no segundo toque. - Maria Luísa.. O que aconteceu para não me atenderes? - Boa noite para você também mãe.  Eu tive alguns testes hoje e me desliguei do celular. O que aconteceu? - Oh minha filha.  Aconteceu algo muito grave.  A Gabby está com você? - Está sim mãe.  Estás  a me preocupar. O que houve? - Quando vocês chegarem eu falo. - Está bem.  Chegamos em 15 minutos. - O que houve Luísa? - Não sei.  Mas quando a mamãe me chama de Maria Luísa é porque na coisa é bem séria. Gabriella continuou a dirigir e chegaram logo em casa.. Havia um movimento estranho,  e Luísa viu o carro do pai parado na entrada. - O papai em casa a essa hora? - Vamos entrar Lu. Assim que entraram,  viram Isabel sentada num canto a chorar muito e um agente da polícia estava num canto a falar com Paulo. - Madrinha? Madrinha o que aconteceu? - Oh meu amor.  É... É muito difícil te dizer isso. - Fala mãe.  Por favor fala logo. - Houve um acidente na rodovia este da Vila Santiago com o autocarro onde estavam o Adão e a Sara. - O quê ?...Gabriella sentou no chão.  Eles estão bem madrinha? - Não houve sobreviventes querida. O ónibus pegou fogo. - Não pode ser... Luísa disse já com lágrimas nos olhos. - Não.  Eu quero os meus pais de volta.....Gabriella caiu em lágrimas. Paulo acompanhou o agente até a porta e foi consolar as três. Abraçou Gabriella e falou: - Minha linda... Vai ficar tudo bem. - Dói muito padrinho.  Dói muito mesmo. - Eu sei querida. Mas você não está sozinha. Eu e a Isa vamos cuidar de ti. - Claro que vamos.  Somos e seremos uma família. - Obrigada aos dois.  Eu... eu amo muito vocês. - E saiba que nunca te vou abandonar Gabby.. Disse Luísa. - Obrigada irmã.  Padrinho. O que fazemos agora? - Deixa que eu cuido de tudo.  O Adão e a Sara eram os meus melhores amigos e terão a homenagem que merecem. - Pai... Será que amanhã podemos ir á casa deles para pegar as coisas da Gabriella e organizar as do tio Adão e da tia Sara?....Luísa perguntou. - Claro que sim filha.  O Carlos vai vos dar apoio com o carro. - Eu vou ligar para avisar na faculdade. - Obrigada madrinha... Gabriella falou quando as lágrimas voltavam  a cair. Luísa abraçou a sua amiga/irmã e chorou com ela. Algumas horas mais tarde,  Gabriella dormia abraçada a Luísa, e sua madrinha Isabel ligou á faculdade para avisar. O Director ofereceu o seu apoio,  e garantiu que Gabriella podia voltar quando se sentisse melhor. Seria ela forte o suficiente para superar a dor da perda dos seus pais? E o que Adão quis dizer quando falou que a veria sempre como uma filha? 
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