Juan Luís
Antes de descer do meu carro, faço a busca pela minha mochila no banco do passageiro e após travar o veículo, sigo pelo enorme corredor. Graças as minhas visitas frequentes no clube, passo pelos seguranças sem ser abordado. Vou diretamente para o espaço esportivo e mesmo antes de chegar consigo ver os rapazes batendo uma bola.
Fernando está encarando de frente os gêmeos, dribla os dois com facilidade e consegue marcar um gol. Logo começam a rir de alguma coisa que o Nando falou, que de onde eu estava não deu pra escutar, mas o conhecendo o suficiente já dá pra saber que é uma de suas piadas cabeludas. Os meninos ainda não tinham me visto, assim que abro o portão de entrada eles giram em minha direção.
— As maricas estão prontas para levar goleadas? — cumprimento os rapazes de forma humorada, e o Kayan revira os olhos para minha pergunta, perguntando se eu queria apostar no jogo de hoje — Então o "KayKay" tá afim de perder dinheiro hoje?
— Pela a sua ousadia eu dobro a aposta — Kayan lança o desafio, e os outros começam a arregar.
— Quem perder banca a festinha do Nando — retruco, enquanto abro minha mochila para pegar meu uniforme e chuteira.
— Só vamos — Victor e Kaléx respondem quase em uníssonos, e os rapazes concordam. Mas como era de se esperar, Fernando tinha que soltar uma de suas pérolas, exigindo que a aposta fosse paga com uma stripper. O que desencadeou uma series de gritos entusiasmado dos demais.
Sem nenhum resquício de acanhamento, tiro minha camisa e desabotoou a bermuda tirando-a logo em seguida e visto roupas adequadas para a prática de esportes. Mas como nenhuma mulher me passa despercebido, noto uma morena escultural me encarar sem inibição alguma, o que com certeza é um sinal de que terei um prêmio hoje pela a manhã, pois ela é exatamente o tipo de mulher que eu gosto de ter em minha cama.
— O Juan ficou no meu time — Kaléx me tirou do transe e olho para ele franzindo a testa, pois tentava entender o que ele estava falando. Então, me dou conta que era a divisão da equipe, por um momento havia esquecido o porquê de estar aqui. Não sei se agradeço ou se o insulto por me fazer perder a moça de vista — Juan?
— Oi?! tudo bem então — concordo com ele, ainda esperançoso de ver a moça novamente.
E assim se passou a manhã.
O jogo foi uma merda total. Deve ser pelo simples detalhe de que estávamos levando uma surra das grandes. Eu não estava conseguindo me concentrar de forma alguma, as vezes sentia uma leve dor no pé da barriga e até uma certa tontura, sinal de que o álcool está sendo eliminado do meu corpo. Levamos goleadas em homenagem ao fatídico jogo do Brasil x Alemanha, para variar.
Os rapazes já tinham ido embora, ficando apenas Nicholas e eu, como de costume, após o jogo, fomos a caminho do vestiário. Quando estávamos prestes a entrar, noto um movimento diferente na área da piscina e reconheço entre as pessoas a morena que me encarou mais cedo.
O meu subconsciente suplica inúmeras vezes para não ir importuná-la. Porém eu estava decidido ir atrás de minha recompensa, em meio a paraíso de mulheres que estavam alo, eu sou decidido, estava em busca de uma única, pelo menos dessa vez.
Me pego admirando seu maravilhoso corpo feito a medida certa, sem conseguir impedir que meus olhos percorram por todo a extensão das curvas fatais que estava posto ali em minha frente. Com óculos escuros da Versace impossibilitando de ver seus olhos, foco em seus lábios atraentes e carnudos, onde eu consigo até imaginar o gosto que certamente teria se estivessem colados a minha boca. Um pouco mais abaixo do nível do pescoço, a parte de cima do seu biquini segurava de forma devassadoramente perfeita os seus belos s***s, que pela a pouca quantidade de tecido deixavam grande quantidade à mostra, assim como a sua marquinha do bronzeado. Na parte de baixo usava um short florido discreto, algo que não dei muita atenção, já que de cintura para cima que me interessava.
— Se quiser eu peço um balde... — ela fala me assustando, e a sua voz maravilhosa faz um arrepio surgir na minha espinha e subir mandando vibrações intensas a todo o meu corpo. Consigo sentir o sorriso esticando em meus lábios, e um movimento discreto um pouco mais em baixo. Culpe a sua bela voz por isso.
— O que disse?
— Se voce quiser eu peço um balde, pois se continuar a me olhando desta forma, vai precisar!
Rapidamente me recomponho, pois estou acostumado a levar a mulher que eu quero para cama, não posso parecer um homem pedante e que tem que implorar por sexo.
— Um balde seria inútil, pois desejo babar em outra parte mais específica de seu corpo, se é que me entende! — Digo sugestivamente.
Percebo ela então retirar seus enormes óculos de sol, e revelar lindos olhos castanho-esverdeados, mas eles demonstravam apenas irritação, e ao que tudo indicava, àquela mulher exigiria mais de mim, mas eu gosto de desafios, nem que demorasse mais tempo, mas ela estaria em minha cama com certeza.
— Pode se afastar por favor? Está encobrindo o sol! -- ela deixa escapar entre sua respiração irregular, demonstrando toda a sua indignação em seu tom autoritário.
— E se eu não quiser? — eu até que poderia deixá-la em paz, mas está na cara que ela se sente afetada por mim, tenho experiencia suficiente com o sexo oposto para afirmar isso. Embora ela esteja bravinha, sei que é apenas seu charme, é um jogo de provocação, se eu bobear perco a partida.
— E se eu não quiser? — Pergunto em tom desafiador.
— Não tem que querer nada, apenas saia, pois está me incomodando!
— Estou mesmo, ou é só um joguinho seu? Pois saiba que gosto de joguinhos!
— Será que terei que ser m*l educada com você? Apesar de eu ser muito bem educada, é o que você está merecendo! — Diz já se levantando da espreguiçadeira.
— O que acha de sairmos daqui? Posso te pagar alguma bebida?
— Você não se manca, não é? Vai se f***r!
— É exatamente no que estou pensando! — retruquei baixinho, pois mais hora, menos hora, ela cederia, afinal, sou um homem experiente, e todas acabam cedendo.
Ela estremece com o que eu disse, dando alguns passos firmes em minha direção, não consigo evitar o misto de satisfação e adrenalina que estou sentindo no momento. Seu jeito petulante e feroz me incita a provocá-la ao máximo.
— Vou te ensinar a tratar bem as mulheres — ela pega a jarra de suco que estava em cima da mesa do quiosque e despeja aquele líquido gelado em minha cabeça, quando penso que já tinha sido ridicularizado o suficiente, ela me empurra com força para dentro da piscina, depois disso, a vejo desaparecer na linha tênue da minha visão. Não consigo evitar que um enorme sorriso desponte em meus lábios. Não sei explicar, mas ela despertou algo incomum em mim.
— Vejo que você irritou a sobrinha de Alexandre. Ela é a nova proprietária do Del Petra. — Diz Nicholas, meu irmão que tinha retornado ao clube, pois esquecera alguma coisa. — Ao que parece, encontramos uma mulher que é imune a você, meu irmão!
Ignoro o seu doce comentário infame, ainda tentando assimilar o que aconteceu agora. Foi sexy para o c*****o.
— Poderia me ajudar aqui? — pergunto a ele, estendendo minha mão. Quando consigo segurar a sua com firmeza, o puxo para dentro da piscina trazendo-o junto a mim. Fazendo assim ele desferir inúmeros insultos — A água está boa maninho?
E naquele instante, acabo percebendo que estava disposto a tudo, somente para ter aquela mulher em minha cama, faria o que estivesse ao meu alcance, mas ela não me escaparia, pois a vontade de t*****r com ela a noite toda, só aumentava, eu a teria, ou não me chamava Juan Luís.