4 | Retaliação Do Cafajeste

921 Words
Anne Brandt Ouço algumas vozes alteradas do lado de fora da minha sala e de repente minha porta é aberta violentamente sem nenhuma cerimônia, e um Juan Luís irritado, seguido por dois seguranças nada felizes entram em minha sala, com o babaca me fuzilando com os olhos. — O que você está pensando — ele pergunta demonstrando sua irritação — Você não tem o direito de cancelar meu cartão de acesso e muito menos que mande me enxotar para fora do clube como um animal. Tudo isso por quê? Por que xavequei você na piscina? Dessa vez pude observa-lo com mais atenção, e ainda me pergunto, como um homem tão bonito — Sim, Juan Luís é bem atraente e másculo, algo que não anula o fato dele ser um completo babaca, mas não posso mentir dizendo que ele é feio — e bem-sucedido pode ter uma atitude escrota como a que ele teve e ainda normalizar, como se não tivesse feito nada ofensivo?, é muito claro nesta situação que caráter e educação não se vem de berço e nem é o dinheiro que poderia fazer alguma diferença, não é mesmo?. Peço que os seguranças nos deixem a sós e me controlo o máximo para ficar calma com tudo isso, me conheço bem, sou bem explosiva as vezes. Faço um sinal para que ele se sente, mas ele recusa com um gesto rude. Não irei oferecer novamente, para pessoas sem educação devemos fazer desta maneira. Seu jeito petulante misturado com sua arrogância me ofende pelo simples fato dele estar aqui em pé em minha frente, claramente querendo me vencer na base da intimidação, mas não cheguei até aqui para abaixar a cabeça para um macho es*tupido. Decido sair do meu assento e levantar para que não tenha voz passiva neste evidente confronto. — Então, vai me dizer por que fez isso? — ele exige uma resposta impaciente. — Ah, você quer mesmo uma explicação? Não acho que lhe devo qualquer tipo de satisfação sobre isso Senhor Di Lucca — dou de ombros a sua pergunta sem logica, ele sabe muito bem porque fiz isso, faço um gesto simples que irei me sentar e em seguida volto a digitar no computador — Se era isso, pode se retirar agora. Um estrondo na mesa me assusta por alguns instantes e rapidamente meus olhos encontram os dele. Não sei qual era o seu objetivo com esse circo todo, mas sua tentativa de me intimidar falhou miseravelmente. — Quer saber, f@da-se. Irei contactar meus advogados, sou cliente VIP deste clube desde sempre e temos o contrato de fidelidade…— Ele enumera seus argumentos de forma convincente enquanto caminha em direção da porta. — Faça como quiser, mas sugiro que se prepare para os processos que entrarei contra sua pessoa… — carrego essa frase com bastante ironia e percebo que minha ameaça o impediu de sair. Ele se volta na minha direção bruscamente, me olhando incrédulo como se tivesse crescido um chifre enorme em minha testa ou algo do tipo. Ele estava esperando que eu voltasse atrás ou me amedrontasse com sua ameaça tosca? Errou feio comigo amigão. — De que merda você está falando? Giro a tela do computador apenas o suficiente para que ele consiga ver e mostro um mosaico de imagens das câmeras de segurança no momento exato que ele troca de roupa no campo de futebol e também, as imagens de quando ele foi onde eu estava na piscina. Ele respira fundo e balança a cabeça em negativa, sem conseguir conter um sorriso de deboche. — Você só pode estar brincando! — ele solta uma risada histérica — grande coisa eu vestir o uniforme para jogar. Percebe que ele nem mesmo considera o acontecimento da piscina como assédio? Ele se preocupou mais com as imagens do campo enquanto as outras foram ignoradas com sucesso. Mordo meu lábio inferior, tentando prever sua próxima reação estupida. É sempre assim, agora ele está tentando reverter a situação, tratando a minha acusação como algo invalido, aprendam mulherada, sempre tentarão invalidar o que vocês têm a dizer, para lhe tirar como doida, mas por nada abaixem a cabeça. — Para você pode até parecer pouca coisa e na verdade isso só confirma o que penso ao seu respeito, já que nem ao menos leu o contrato do clube onde deixa frisado sobre os desrespeitos ao pudor — noto suas feições mudando de raiva para surpresa, está vendo? Agora ele sabe que não estou brincando — Minha irmã que é minha advogada adoraria entrar com um processo contra você, fora que também teve o assédio da piscina. Você conhece bem as leis senhor Di Lucca? — Você não ousaria… — ele murmura. — Ah é? Teste minha paciência então, meu caro. Ele pragueja algumas coisas inaudíveis e abre a porta irritado, mas antes de sair, deixa uma mera advertência para mim: “Isso não vai ficar assim…”. Essa foi de fechar com chave de ouro mesmo, um sorriso presunçoso desabrocha em meus lábios e pergunto cinicamente em tom de provocação: — Será necessário adicionar “ameaças” no processo? — esse foi com toda certeza era o “bum” que estava faltando, serviu para desarmá-lo por completo, ele me olha tentando pensar em uma resposta rápida, mas nada sai de sua boca, então decide sair do meu escritório batendo a porta atrás de si como um menino birrento, se eu fosse a mãe dele teria dado algumas palmadas para que ele deixe de ser tão id*iota.
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