Capítulo 02

1229 Words
Lá vou eu, literalmente desprevenida, depois de fazer a minha bendita ficha, aguardar por mais essa humilhação em minha vida, afinal, é só a p***a de um check up ginecológico, o que pode dar errado? Já se passaram 45 minutos e ainda não me chamaram, minha mãe está agendada para as 09:45, já são 09:38, p***a, se chamarem ela, que se f**a essa p***a de check up, vou com ela. Foi só pensar que já escutei a assistente do médico chamar meu nome. — Alysson Gilbert. – Disse olhando para minha ficha. — Sou eu! – Gritei, me virando para falar com minha mãe. — Mãe, vou pedir pra me deixar por último, vai que te chamem enquanto tô lá dentro ? – Disse. — Hoa!! Tu me deixa viu, Aly? Adianta teu lado filha. Qualquer coisa, quando tu sair, se eu não estiver mais aqui, você se informa com as meninas da recepção. Vai logo! – Disse minha mãe, me enxotando dali. Entre no consultório médico e o vi sentado preparando os exames anteriores para serem entregue, ele me mandou ir até o banheiro e vestir a camisão com a a******a para frente, me dirigi ao banheiro e fiz com me foi pedido. Quando voltei, o médico me pediu para deitar na maca com as pernas abertas. Minha nossa, mesmo já tendo feito transvaginal várias e várias vezes, de algumas forma ainda me sinto estranha, não pelo que parece, não, apesar de ser uma mulher de 1,64 de altura, branca, com os cabelos negros medindo no ombro, alguns fios brancos desde a adolescência (bendito sinal de família), sem contar ser uma mulher plus size, não tenho problemas em mostrar minha i********e para o médico, mas a questão aqui é outras... Ainda aos 10 anos de idade, fui diagnosticada com S.O.P, também conhecido por nós que temos- - e odiamos- como Síndrome do Ovário Policístico. Sempre sonho com o dia em que vou chegar aqui e ouvir: — Olá senhorita, Alysson, é com imenso prazer que te digo, ACABOU! Sua síndrome se extinguiu, não haverá mais, crescimento desacerbado de pelos pelo seu rosto, nem em qualquer parte de seu corpo, além é claro da cabeça, não haverá mais atraso menstrual, nem tão pouco as dores infernais que você sentia para menstruarão descer e a bandida nunca desce. Meus parabéns! Nossa, que sonho, seria pedir demais, meu bom Deus? Olha que nem falei dos outros sintomas, viu? Ai, ai... Cansativo! Voltando para realidade, depois de me da conta que o Dr. Marcos já havia falo comigo e eu não fazia ideia do que ele tinha perguntado, mordi o lábio inferior, uma mania que tinha sempre que estava perdida, ou ansiosa, ou nervosa, c*****o, é uma mania Ele me pergunta mais uma vez. — A senhorita é casada, já tem filhos? – Perguntou — Não. – Respondi — Tem alguma alteração, menstrua regularmente, já é diagnosticada com algo que deveria saber? – Perguntou e eu já me vi pensando “não é hoje que receberei minha carta de alforria do S.O.P.”. — Tenho ovário policístico desde os 10 anos, e não, não menstruo regularmente, na realidade já faz uns 10 meses que não menstruo. – Respondi pensando “ que merda em?” Ele então se vira para mim, com uma cara de surpresa e diz? — Isso é bem comum para quem sofre com essa síndrome, você tem fez acompanhamento regularmente? – Perguntou o DR. Marcos, que, diga-se de passagem, só agora reparei o quanto é gato, com aqueles óculos redondos, ombros largos e os cabelos lisos caídos ao meio, meu Deus, o Dr, nerd é um pedaço de mau caminho. Antes que eu pudesse responder, ele me pede para abrir mais as pernas que já começaríamos o exame. Apreensiva como sempre, não pude deixar de notar uma careta que se instalou na cara lindo do Dr. nerd ,e acabei perguntando: — Algum problema, Dr? – Ele levou alguns segundos encarando mais o monitor e sem olhar para mim disse: — A senhorita disse que não é casada? – Disse ainda olhando para o monitor, meu coração começou a bater mais forte no peito. — Sim, sou separada há seis anos. – Ele finalmente se virou para me, e então voltou a encarar o monitor. A essa altura minha paciência, na qual já não era muita, vou de arrasta. — Qual o problema? Eu tenho que retirar meu útero? Meus ovários já eram? O que aconteceu ai? – Indaguei. — Senhorita, você está grávida! – Disse olhando eu meus olhos. Não pude me conter, dei uma gargalhada que nem sabia que poderia existir em mim, veio do fundo, mas logo começou a morrer em minha garganta, quando me dei conta de que ele ,e olhava como se eu fosse uma louca. — Desculpa, mas isso é impossível, eu não só não sou casada, como não tenho relação s****l há mais de um ano, sou batizada na igreja, não é permitido formicação, não teria a menor possibilidade. – Cuspi, já em meio ao nervoso que não me permitia se calar. — Não há erro algum, senhorita, temos deis embriões se desenvolvendo a aproximadamente 12 semanas de gestação aqui. – Disse. — Sempre a uma possibilidade de uma gravidez indesejada, quando não houver uma prevenção, ainda mais para quem acredita que não ira acontecer devido a síndromes, como a que a senhorita tem. – Disse, claramente não acreditando no que eu havia dito. — Dr. como é possível que eu esteja grávida sem ter tido relação? p***a eu nem saio de casa. – Há essa altura o desespero já estava quase instalado em mim. Ele me olhava como se eu tivesse com uma segunda cabeça, claramente duvidando de mim, e me achando louca no processo. — Como a senhorita... Senhora conseguiu ficar grávida é algo que já não esta em minha alçada, mas sugiro que inicie com o acompanhamento pré- natal, 12 semanas é oque vale a 3 meses de gestação, é necessários começar com os exames de acompanhamento logo, já que a senhora espera dois bebês. – Disse o filho da p**a, como se não estivesse me ouvindo, nem o meu desespero com a bendita situação. — O senhor é médico, pelo amor de Deus, me diz como, como com a graça de Deus eu estou grávida, SEM TER FEITO SEXO? – Eu gritei enlouquecida. — Talvez seja isso, a senhora é “serva de Deus” não é? – Falou o filho da p**a, nerd do c*****o fazendo aspas, como se eu fosse algum tipo de alienada religiosa. — Deus fez o milagre da concepção. – Ironizou com minha cara. Não tive mais o que falar com esse filho de uma bacante de merda, apenas o encarei, depois de alguns segundos, que pareceram, horas para me, perguntei: — Acabou com o exame? – Perguntei. — Só mais uns minutos e acabamos. – Respondeu, voltando-se para o monitor. Depois de mais 20 minutos naquela sala, finalmente fui liberada, sai do consultório sem dizer mais nem uma palavra com aquele nerd de uma figa, ainda precisei aguardar mais uns 5 minutos para me entregarem o resultado do exame, depois de receber, me dirigi para a ala em que minha mãe estraria, e por todo o caminho, não pude deixar me pensar, no quanto estou ferrada. Merda, meu pai vai me matar!
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